Geral
NA TELONA
Frank Aguiar vai estar nos cinemas de Teresina e nas locadoras de Picos
Começa a ser rodada no fim de janeiro a cinebiografia Os sonhos de um sonhador, sobre a trajetória do cantor de forró eletrônico
Portal O Povo - 23/12/2008

<div align="justify"> <p>Muita gente vai dizer: eu j&aacute; vi este filme. A hist&oacute;ria at&eacute; que &eacute; bem diferente, mas o argumento poderia ser o mesmo. Saga de representante de um g&ecirc;nero musical do interior do pa&iacute;s vai para S&atilde;o Paulo tentar a sorte na carreira. Passa o maior sufoco, conta com a ajuda dos amigos, desenvolve v&aacute;rias estrat&eacute;gias de autopromo&ccedil;&atilde;o, mas no fim d&aacute; tudo certo e ele se torna um artista famoso, vendedor de milh&otilde;es e milh&otilde;es de discos. S&oacute; que desta vez o filho de Francisco &eacute; outro.</p> <p>Come&ccedil;a a ser rodada no fim de janeiro a cinebiografia Os sonhos de um sonhador, sobre a trajet&oacute;ria do cantor de forr&oacute; eletr&ocirc;nico Frank Aguiar. Em fase adiantada de pr&eacute;-produ&ccedil;&atilde;o, o longa vai ser dirigido pelo estreante em cinema Caco Milano, com premiada carreira na publicidade (alguma semelhan&ccedil;a com Breno Silveira?) e projeto da BRB Produ&ccedil;&otilde;es Art&iacute;sticas, de Benedito Ruy Barbosa.</p> </div> <div align="justify"> <p>&quot;Minha motiva&ccedil;&atilde;o &eacute; defender a id&eacute;ia de que vale a pena sonhar. Mostrar que o brasileiro tem garra, for&ccedil;a de vontade. As pessoas est&atilde;o pessimistas, terminam antes de come&ccedil;ar. Tenho uma hist&oacute;ria bonita, quero mostr&aacute;-la ao pa&iacute;s inteiro&quot;, diz o cantor e vice-prefeito de S&atilde;o Bernardo do Campo (SP), que entra em cena na parte final do filme interpretando a si mesmo.</p> <p>A produ&ccedil;&atilde;o tem or&ccedil;amento estimado em pouco mais de R$ 4 milh&otilde;es. Ainda est&atilde;o sendo feitos testes para o elenco, nenhum contrato foi assinado, mas o diretor Caco Milano adianta que o ator escolhido para viver Frank Aguiar na juventude e que estar&aacute; na tela na maior parte do tempo &eacute; uma estrelinha global do tipo Malha&ccedil;&atilde;o. Para o cineasta, formado na USP e na Nazionale Scola di Roma, da It&aacute;lia, n&atilde;o h&aacute; paralelo com o sucesso Dois filhos de Francisco, embora ele saiba que compara&ccedil;&otilde;es ou refer&ecirc;ncias ser&atilde;o inevit&aacute;veis. Isso parece n&atilde;o incomodar:</p> </div> <div align="justify"> <p>&quot;Breno (Silveira) conseguiu fazer um filme lindo. Mas tenho objetivos diferentes. N&atilde;o &eacute; caracter&iacute;stica do cinema brasileiro criar her&oacute;is, o que l&aacute; fora &eacute; muito comum. &Eacute; isso que eu quero fazer.&quot;</p> <p>Filho do agricultor Francisco das Dores e de dona Zulmira, Frank Aguiar nasceu Francineto Luz Aguiar, em Itain&oacute;polis, interior do Piau&iacute;, em 1970. Vem do que pode ser considerada uma fam&iacute;lia de classe m&eacute;dia - dentro dos padr&otilde;es de um dos estados mais pobres do pa&iacute;s. Ganhou a primeira sanfona aos 6 anos. Aos 10 j&aacute; se apresentava em bailes e serestas. Diferentemente da hist&oacute;ria triste de Zez&eacute; di Camargo e Luciano, marcada pela mis&eacute;ria, Frank, apesar das dificuldades, estudou no melhor col&eacute;gio do estado. Pagava as mensalidades tocando em missas. Fez faculdade de m&uacute;sica na Universidade Federal do Piau&iacute;, mas seu neg&oacute;cio mesmo era tocar forr&oacute;. At&eacute; que, aos 19 anos, entrou num &ocirc;nibus da Itapemirim e, tr&ecirc;s dias depois, desembarcou em S&atilde;o Paulo.</p> </div> <div align="justify"> <p>&quot;A minha hist&oacute;ria &eacute; a de todo nordestino. Muita gente no cinema vai se emocionar. &Eacute; de chorar, sabe&quot;, acredita Frank. &quot;Subi no &ocirc;nibus com minha tigelinha de frito (mistura de farofa e frango), coisa que todo migrante faz para segurar a fome na estrada.&quot;</p> <p>Outras hist&oacute;rias marcantes tamb&eacute;m est&atilde;o no roteiro. No in&iacute;cio da carreira, transportando seu equipamento numa caminhonete, percebeu, ao chegar na cidade em que faria show, que os instrumentos haviam ficado no meio da estrada:</p> </div> <div align="justify"> <p>&quot;Voltei, mas quando achei o teclado e as caixas de som estava tudo despeda&ccedil;ado. Era como se fossem peda&ccedil;os da minha carne. N&atilde;o desisti. Peguei coisas emprestadas e subi ao palco com sorriso no rosto&quot;, conta o cantor, que quase morreu de pneumonia pois costumava colar, sozinho, na madrugada fria de S&atilde;o Paulo, os cartazes de seus shows.</p> <p>Frank Aguiar - eleito deputado federal por S&atilde;o Paulo em 2006 com 145 mil votos - diz que sempre sonhou fazer um filme sobre sua carreira. A id&eacute;ia tomou forma quando Caco Milano e Marcelo Barbosa, filho de Benedito, o procuraram interessados em lev&aacute;-la ao cinema. Mudou o forr&oacute; nos anos 90 adaptando m&uacute;sicas da MPB para o ritmo fren&eacute;tico de seu teclado. Adotou o instrumento, ali&aacute;s, por falta de grana para pagar a banda. Hoje tem 13 discos lan&ccedil;ados e contrato de distribui&ccedil;&atilde;o com a EMI.</p> </div> <div align="justify"> <p>F&atilde; de Luiz Gonzaga, comprou para o pai uma casa em que o Rei do Bai&atilde;o se hospedou. Em sua cidade natal, fez um museu com lembran&ccedil;as de sua carreira.</p> <p>Caco Milano antecipa que o tom do longa vai para o psicodrama, com toques de humor, mas diz que n&atilde;o pretende rodar um filme dram&aacute;tico. Vai gravar tr&ecirc;s shows do C&atilde;ozinho dos Teclados (por causa do bord&atilde;o &Aacute;uuuuuu) para inserir cenas no longa. A previs&atilde;o de estr&eacute;ia &eacute; 18 de setembro, dia do anivers&aacute;rio de Frank: &quot;Estamos fazendo um filme popular, para o povo&quot;, atesta o cineasta.</p> </div> <div align="justify">&nbsp;Terra</div> <div align="justify">&nbsp;</div>
Facebook
Publicidade