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Cinco em cada 10 pessoas se declaram pretas ou pardas no Brasil
Nordeste apresentou a maior número de pessoas que se declaram pretas. Presidente quer reservar 20% das vagas para cotas nos concursos públicos.
Redação - 06/11/2013

Um estudo inédito realizado no país revela que, de cada dez brasileiros, cinco se declaram pretos e pardos. O mapa foi divulgado durante a Terceira Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial. Os dados do Censo feito pelo IBGE em 2010 foram reanalisados e assim foi possível saber como a população que se autodeclarou preta ou parda está distribuída no país.

A região nordeste apresentou a maior concentração de pessoas que se declararam preta – 9,5%. Em seguida, vem a região sudeste, com 7,9%. A região sul é a com menores percentuais de declarações, com 4,1%.

Entre os estados, o Pará é o que tem mais brasileiro autodeclarado pardo (69,5%) e a Bahia possui a maior parcela de pessoas que se consideram pretas – 17,1%. Do total de 190 milhões de brasileiros, 7,6% se declararam pretos e 43,1% pardos.

O mapa foi produzido em parceria com a Secretaria de Igualdade Racial e as informações devem ser usadas pelo governo. “É importante para as políticas públicas, formulação de políticas públicas e ações afirmativas. Enfim, conhecimento da realidade nacional, que vai servir para muitas polícias que podem surgir”, diz o geógrafo do IBGE José Antonio Sena do Nascimento.

Concurso público federal
Na abertura da conferência, a presidente Dilma Rousseff anunciou que o governo vai reservar 20% das vagas oferecidas em concursos públicos federais para essa faixa da população. São cargos efetivos na administração pública federal, autarquias, fundações, empresas e sociedades de economia mista controladas pela União.

Poderão concorrer todos os candidatos que se declararem pretos ou pardos no ato da inscrição do concurso público, conforme o quesito cor ou raça, utilizado pelo IBGE. Se for constatado que o candidato mentiu sobre a cor, será eliminado do concurso. Se ele já for servidor federal, a nomeação poderá ser anulada.

Fonte: Jornal Hoje

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