Geral
NÃO AO PRECONCEITO
Travestis de Picos querem inclusão do nome social nas matriculas
De acordo com a presidente do Grupo, Jovanna Baby, o fato de os travestis serem chamados com os nomes constantes nas certidões de nascimento e não com a identidade de gênero provoca constrangimentos
Claudia Bezerra - 13/01/2009

<div align="justify">A Secretaria Estadual da Educa&ccedil;&atilde;o e Cultura (Seduc) esteve reunida com o Grupo Astral do Piau&iacute;, nesta segunda-feira (12), tratando sobre a inclus&atilde;o do nome social dos travestis e transexuais nos registros de matr&iacute;culas e cadernetas das Unidades Escolares da Rede P&uacute;blica Estadual.</div> <div align="justify"> <p>De acordo com a presidente do Grupo, Jovanna Baby, o fato de os travestis serem chamados com os nomes constantes nas certid&otilde;es de nascimento e n&atilde;o com a identidade de g&ecirc;nero provoca constrangimentos e &eacute; a principal causa da evas&atilde;o escolar dos homossexuais nas institui&ccedil;&otilde;es de ensino p&uacute;blico do pa&iacute;s.</p> <p>&ldquo;Todo mundo usa nome social. O pr&oacute;prio presidente Lula n&atilde;o era Lula. Xuxa &eacute; Maria das Gra&ccedil;as, e assim muitas outras pessoas. Todas precisam ser respeitadas. Uma pessoa que n&atilde;o &eacute; identificada pelo nome que adotou e n&atilde;o se reconhece no seu nome de registro acaba tamb&eacute;m n&atilde;o se reconhecendo como parte do grupo e abandona a escola&rdquo;, analisa Jovanna Baby.</p> </div> <div align="justify"> <p>O grupo pretende que a Seduc siga os passos do Estado do Par&aacute;, que determinou em portaria publicada em abril do ano passado que, a partir de janeiro de 2009, todas as escolas paraenses incluam no ato da matr&iacute;cula dos alunos, o prenome social de travestis e transexuais. &ldquo;O Travesti tamb&eacute;m &eacute; cidad&atilde;o, vota e &eacute; eleito&rdquo;, defende K&aacute;tia Tapety, vice-prefeita do munic&iacute;pio de Col&ocirc;nia do Piau&iacute;.</p> <p>&ldquo;Tudo come&ccedil;a pela Educa&ccedil;&atilde;o e estamos pedindo que este processo no Piau&iacute;, tamb&eacute;m se inicie pela Educa&ccedil;&atilde;o. Aqui 90% dos travestis s&atilde;o semianalfabetos. Eu, por exemplo, sou uma pessoa conhecida pelos meios de comunica&ccedil;&atilde;o, mas os professores fazem quest&atilde;o de me chamar pelo nome anagr&aacute;fico&rdquo;, declara Safira Benguel.</p> </div> <div align="justify"> <p>&ldquo;N&oacute;s n&atilde;o queremos a mudan&ccedil;a do registro civil, essa &eacute; uma outra discuss&atilde;o. O que estamos reivindicando &eacute; que na lista de chamada e nos documentos escolares seja inclu&iacute;do entre par&ecirc;nteses o nome pelo qual o travesti &eacute; conhecido e se reconhece&rdquo;, completa Benguel.</p> <p>O secret&aacute;rio Ant&ocirc;nio Jos&eacute; informou que a solicita&ccedil;&atilde;o do Grupo Astral ser&aacute; analisada pela Assessoria Jur&iacute;dica da Secretaria de Educa&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Acho justa a reivindica&ccedil;&atilde;o. Sempre defendi estes direitos e aqui na Secretaria temos uma Ger&ecirc;ncia de Inclus&atilde;o e Diversidade para orientar as escolas no combate ao preconceito&rdquo;, diz.</p> </div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;</div>
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