Geral
ROCK
Roqueiro picoense argumenta porque ir ao show de Alanis Morissette
Ele que já tem na bagagem shows de Frank Sinatra e Nivarna,
Wallysson Bernardes - 23/01/2009

<div align="justify"> <p>Ainda n&atilde;o comprou seu ingresso para assistir o show da canadense Alanis Nadine Morissette que estar&aacute; pela primeira vez no Piau&iacute;, dia 28 de janeiro no Atlantic City? Quero ir ao show, porque certamente ser&aacute; algo inesquec&iacute;vel? Pois bem, o l&iacute;der da banda de rock picoense D&acirc;ndi uma das mais conceituadas do circuito regional, Derico, d&aacute; dicas e argumenta porque voc&ecirc; n&atilde;o pode perder.</p> <p>&ldquo;H&aacute; tempos que n&atilde;o assisto a um show internacional, mas me recordo plenamente de cada momento dos que tive oportunidade de ver. Para quem for participar pela primeira vez, leva um susto: a produ&ccedil;&atilde;o esmerada e o profissionalismo, n&atilde;o s&oacute; do artista, mas de toda a equipe, est&atilde;o muito al&eacute;m dos nossos espet&aacute;culos. Certo que hoje j&aacute; temos boas produ&ccedil;&otilde;es no Brasil, mas em termos de shows de rock a dist&acirc;ncia ainda &eacute; substancial. No caso do show de Alanis Morissette em Teresina, soma ainda o ineditismo de um evento dessa magnitude na nossa capital. A oportunidade &eacute; &uacute;nica para todos que gostam de boa m&uacute;sica - independente de ser rock ou n&atilde;o -, mas para quem gosta de rock &eacute; imperd&iacute;vel&rdquo;, diz Derico.</p> </div> <div align="justify"> <p>Ele que j&aacute; tem na bagagem shows de Frank Sinatra e Nivarna, explica que os shows internacionais geralmente s&atilde;o compactos, profissionais e instigados, atingindo essas premissas b&aacute;sicas e aparentemente simples, dando o recado aos f&atilde;s.</p> <p>&ldquo;Duas ocasi&otilde;es me marcaram profundamente: ao entrar no Maracan&atilde;, no show de Frank Sinatra, senti uma emo&ccedil;&atilde;o t&atilde;o forte, s&oacute; com o visual e o clima fraterno que envolvia mais de 200 mil pessoas ali sentadas, que tive de me segurar para n&atilde;o chorar; e quando Jo&atilde;o Gordo, numa penumbra profunda no palco s&oacute; com um facho de luz do canh&atilde;o no seu rosto, anunciou a entrada do Nirvana, e nesse momento as luzes se acenderam e a banda desceu a lenha no seu rock visceral, fazendo o Morumbi tremer como se fosse um terremoto. E nesse momento uma garota ao meu lado caiu em prantos e dessa forma permaneceu at&eacute; metade do show, porque n&atilde;o conseguia conter a emo&ccedil;&atilde;o. Espero que no show de Teresina essa cena seja corriqueira&rdquo;, disse.</p> </div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify"> <p><strong>ALANIS MORISSETTE</strong></p> <p>Uma d&uacute;zia de anos ap&oacute;s a incr&iacute;vel estr&eacute;ia de Jagged Little Pill, um &aacute;lbum que ganhou quatro pr&ecirc;mios Grammy e conquistou uma dedicada legi&atilde;o de f&atilde;s ao redor do mundo, Alanis Morissette continua n&atilde;o apenas uma eterna artista popular, mas algu&eacute;m cujo sucesso se sustenta em um compromisso com a autenticidade e, em igual extens&atilde;o, vulnerabilidade. Ambas qualidades a permitiram elevar-se a um novo patamar com seu novo &aacute;lbum, Flavors of Entanglement, a ser lan&ccedil;ado em 2008 pela Warner Music.</p> </div> <div align="justify"> <p>Servindo de seu mais novo guia, est&aacute; o produtor brit&acirc;nico de eletr&ocirc;nica, Guy Sigsworth (Bj&ouml;rk, Imogen Heap), que co-escreveu e produziu o &aacute;lbum com Morissette. Aproximadamente duas d&uacute;zias de m&uacute;sicas nasceram das sess&otilde;es de cria&ccedil;&atilde;o em Londres e Los Angeles, doze escolhidas foram trabalhadas para o repert&oacute;rio final de Flavors of Entanglement. Ao seguir esse processo familiar &ndash; a cria&ccedil;&atilde;o de m&uacute;sicas como amostras de sua vida &ndash; Morissette encontrou um apoio cat&aacute;rtico durante uma grande transi&ccedil;&atilde;o em sua vida. &ldquo;Normalmente escrevo como retrospectiva, mas dessa vez, tudo foi escrito em tempo real&rdquo;, ela conta. &ldquo;Este disco me ajudou em alguns momentos de fragilidade. Cada m&uacute;sica foi como um bote salva-vidas&rdquo;.</p> <p>Sua afinidade com o ecletismo, tanto musical, como espiritual, trouxe novos sons e estilos em seu mais novo trabalho, seu primeiro &aacute;lbum in&eacute;dito de est&uacute;dio em quatro anos. Percuss&atilde;o oriental e combina&ccedil;&atilde;o de cordas com nuances eletr&ocirc;nicas na faixa de abertura, &ldquo;Citizen of the Planet&rdquo;, uma narrativa po&eacute;tica de sua hist&oacute;ria de vida e perspectiva transnacional. A vis&atilde;o yin/yang de Alanis do ser microc&oacute;smico sendo evidenciada no mundo macroc&oacute;smico se estende ao primeiro single &ldquo;Underneath&rdquo;, que reflete a frase de Mahatma Gandhi: &ldquo;Voc&ecirc; tem que ser a mudan&ccedil;a que quer ver no mundo&rdquo;.</p> </div> <div align="justify"> <p>Enquanto desconstr&oacute;i o comportamento humano na barulhenta &ldquo;Versions of Violence&rdquo;, Alanis oferece um lado mais pessoal de estar no lado recebedor do comportamento louco com m&uacute;sicas como a pesada &ldquo;Straitjacket&rdquo;, o emocionante e lindo lamento de amor perdido &ldquo;Torch&rdquo;, a clara declara&ccedil;&atilde;o de &ldquo;Moratorium&rdquo;, o hipn&oacute;tico fluxo e refluxo de &ldquo;Tapes&rdquo; e a gratid&atilde;o na absorvente &ldquo;In Praise of the Vulnerable Man&rdquo;. Morissette explora a natureza c&iacute;clica de aprender em faixas como o rock reflexivo de &ldquo;Not As We&rdquo; e a liberdade euf&oacute;rica de &ldquo;Giggling Again for No Good Reason&rdquo;, antes de finalizar com &ldquo;Incomplete&rdquo;.</p> <p>&ldquo;N&atilde;o existe outro artista, homem ou mulher, que possa lev&aacute;-lo ao tipo de jornada emocional que Alanis consegue&rdquo;, diz Sigsworth. &ldquo;Ela tem esse enorme, supers&oacute;lido, planet&aacute;rio, alcance emocional. Ela segue todo o caminho &ndash; 10 na escala Richter &ndash; e ficamos no epicentro com ela, enquanto canta mundos inteiros da exist&ecirc;ncia. Ela consegue ser intensa e hostil, hist&eacute;rica e desoladamente machucada, brilhantemente nost&aacute;lgica, sensual, leve e opondo-se a si pr&oacute;pria, tudo em um&nbsp;mesmo &aacute;lbum&rdquo;.</p> </div> <div align="justify"> <p>Nascida e criada em Ottawa, Canad&aacute;, e na Alemanha, Alanis Morissette tocou piano, comp&ocirc;s m&uacute;sicas e descobriu um amor pelas palavras e pela dan&ccedil;a desde cedo. Aos dez anos ela entrou para o elenco de &ldquo;You Can&rsquo;t Do That On Television&rdquo;, um programa infantil de TV muito popular. Usou uma parte do dinheiro que ganhou no programa para come&ccedil;ar uma gravadora com um amigo e financiaram um single independente chamado &ldquo;Fate Stay With Me&rdquo;. Quando passou seu tempo no programa, Alanis assinou um contrato de edi&ccedil;&atilde;o e, logo um contrato de grava&ccedil;&atilde;o, com a MCA Canad&aacute;, lan&ccedil;ando o &aacute;lbum Alanis em 1991, com o qual ganhou o pr&ecirc;mio Juno Award, do Canad&aacute;, de Artista mais Promissora. Seu disco seguinte, Now Is The Time, foi lan&ccedil;ado no ano seguinte.</p> <p>Foi em 1994, quando foi para os EUA e come&ccedil;ou a trabalhar com o produtor Glen Ballard que Alanis encontrou sua pr&oacute;pria voz como cantora e compositora. &ldquo;Eu tinha 19 anos quando senti pela primeira vez que compor era uma experi&ecirc;ncia canalizada. Havia muito que fazer no ponto em que eu estava na &eacute;poca, tendo encontrado Glen, mudado do Canad&aacute; e me livrando de qualquer no&ccedil;&atilde;o pr&eacute;-concebida de como as m&uacute;sicas &lsquo;deveriam&rsquo; ser escritas. Foi o come&ccedil;o de uma nova forma de compor tudo junto&rdquo;, ela explica.</p> </div> <div align="justify"> <p>O resultado dessa parceria foi Jagged Little Pill (Maverick Records), uma sele&ccedil;&atilde;o emocionalmente crua de m&uacute;sicas que apresentou Alanis Morissette ao planeta e que vendeu mais de 30 milh&otilde;es de c&oacute;pias no mundo todo. Com singles de grande sucesso como &ldquo;You Oughta Know&rdquo;, &ldquo;Head Over Feat&rdquo;, &ldquo;Hand in My Pocket&rdquo; e &ldquo;Ironic&rdquo;, ele se tornou o &aacute;lbum de estr&eacute;ia mais vendido de uma artista mulher, nos EUA, e o &aacute;lbum de maior venda no mundo. Indicado a seis pr&ecirc;mios Grammy, incluindo os de Artista Revela&ccedil;&atilde;o e de M&uacute;sica do Ano (&ldquo;You Oughta Know&rdquo;), Jagged Little Pill ganhou quatro trof&eacute;us: &Aacute;lbum do Ano, Melhor &Aacute;lbum de Rock, Melhor M&uacute;sica de Rock e Melhor Performance Vocal de Rock Feminino (&ldquo;You Oughta Know&rdquo;). Em 1997, um quinto Grammy &ndash; de Melhor Vers&atilde;o Longa de V&iacute;deo Musical &ndash; foi concedido a Alanis, por Jagged Little Pill Live.</p> <p>Seu &aacute;lbum seguinte, Supposed Former Infatuation Junkie, estreou em na parada Billboard 200, estabelecendo recorde de vendas na primeira semana de quase 470.000 c&oacute;pias. Morissette conquistou mais dois Grammys: Melhor M&uacute;sica de Rock e Melhor Performance Vocal de Rock Feminina, pela balada rock &ldquo;Uninvited&rdquo;, que ficou em na parada Top 40 Mainstream da revista Billboard. O single &ldquo;Thank U&rdquo;, indicado ao Grammy, tamb&eacute;m chegou a parada Adult Top 40 e Top 40 Mainstream, da revista. A s&eacute;rie ac&uacute;stica da MTV, &ldquo;Unplugged&rdquo; se rendeu ao Alanis Unplugged em 1999.</p> </div> <div align="justify"> <p>Ao longo da primeira metade da nova d&eacute;cada, Alanis Morissette continuou mostrando que era uma artista com algo a dizer e que o faria com seu pr&oacute;prio e distinto jeito. Em 2002 Under Rug Swept estreou na parada Billboard 200, seu single &ldquo;Hands Clean&rdquo;, chegou ao terceiro lugar do Adult Top 40. Dois anos mais tarde, veio So-Called Chaos, cujo single &ldquo;Everything&rdquo; tornou-se um alicerce do Adult Top 40 e &ldquo;Eight Easy Steps&rdquo; se transformou em um sucesso de pistas, com a vers&atilde;o mixada. Alanis Morissette comemorou seus dez anos de carreira em 2005 com o impressionante &aacute;lbum Jagged Little Pill Accoustic. Em novembro daquele ano, The Collection, uma antologia de melhores momentos, reuniu 17 faixas entre as favoritas de &aacute;lbuns anteriores, assim como uma vers&atilde;o elogiada de &ldquo;Crazy&rdquo;, do Seal (uma vis&atilde;o interessante uma vez que ela foi originalmente co-escrita e produzida por seu, ent&atilde;o, futuro parceiro em Flavors of Entanglement, Guy Sigsworth).</p> <p>Alcan&ccedil;ando o sucesso como uma artista de est&uacute;dio e de palco, Alanis Morissette emprestou seus talentos a outros &aacute;lbuns e espa&ccedil;os. Ela &eacute; a vocalista convidada na vers&atilde;o de Ringo Starr para &ldquo;Draft Away&rdquo;, em seu &aacute;lbum Vertical Man, em &ldquo;Don&rsquo;t Drink the Water&rdquo; e &ldquo;Spoon&rdquo;, no &aacute;lbum Before These Crowded Streets, de Dave Matthews Band, e em outros CDs. Ela comp&ocirc;s &ldquo;Still&rdquo; para a trilha sonora do controverso filme Dogma e, ap&oacute;s insistentes convites do diretor Kevin Smith, concordou em atuar no papel de Deus.</p> </div> <div align="justify"> <p>Mais recentemente, Morissette apareceu na cinebiografia de Cole Porter De-Lovely e apresentou a cl&aacute;ssica &ldquo;Let&rsquo;s do It (Let&rsquo;s Fall in Love)&rdquo;, al&eacute;m da m&uacute;sica &ldquo;W&uuml;nderkind&rdquo;, para a trilha sonora de Cr&ocirc;nicas de N&aacute;rnia: O Le&atilde;o, a Feiticeira e o Guarda-roupa (pela qual foi indicada ao Globo de Ouro de Melhor Can&ccedil;&atilde;o Original). Suas m&uacute;sicas tamb&eacute;m t&ecirc;m freq&uuml;entado filmes como Cidade dos Anjos (que lhe valeu Grammys de Melhor M&uacute;sica de Rock e Melhor Performance Vocal de Rock Feminina), Jay and Silent Bob Strike Back, O Balconista II, Separados Pelo Casamento e O Diabo Veste Prada; na tela, seus outros trabalhos de atua&ccedil;&atilde;o incluem pap&eacute;is nas s&eacute;ries da HBO &ldquo;Sex and the City&rdquo; e &ldquo;Curb Your Enthusiasm&rdquo;, al&eacute;m de uma participa&ccedil;&atilde;o de tr&ecirc;s epis&oacute;dios da s&eacute;rie da FX, &ldquo;Nip/Tuck&rdquo;. No palco, Morissette estrelou Mon&oacute;logos da Vagina e na pe&ccedil;a off-Broadway, The Exonerated, como o condenado &agrave; morte Sunny Jacobs. Recentemente ela completou seu primeiro papel principal no cinema como &ldquo;Sylvia&rdquo;, na adapta&ccedil;&atilde;o do romance Radio Free Albemuth, de Philip K Dick.</p> <p>E claro, ela fez uma das performances mais memor&aacute;veis de sua carreira com a descontrolada par&oacute;dia do hit &ldquo;My Humps&rdquo;, de Black Eyed Peas. Segundo a Entertainment Weekly, a sensa&ccedil;&atilde;o do YouTube, que foi vista mais de 12 milh&otilde;es de vezes at&eacute; hoje, foi um dos v&iacute;deos mais vistos em 2007, parabenizando Alanis por &ldquo;revisitar a quest&atilde;o da idade, What you gonna do with all that ass, all that ass inside them jeans? (&lsquo;O que voc&ecirc; vai fazer com toda essa bunda, toda essa bunda dentro do jeans?&rsquo;)&rdquo;.</p> </div> <div align="justify"> <p>Em meio a um trabalho intensivo de caridade, Morissette, em especial encontra tempo para apoiar causas e organiza&ccedil;&otilde;es ambientais, como a Reverb, uma organiza&ccedil;&atilde;o sem fins lucrativos que ajuda m&uacute;sicos e f&atilde;s de m&uacute;sica a buscar sustentabilidade ambiental atrav&eacute;s de iniciativas de carbono-neutro. Alanis Morissette foi uma das primeiras artistas a ter seu material gr&aacute;fico de CD e DVD feito em papel reciclado. Inicialmente ela pagou de seu pr&oacute;prio bolso, mas atualmente, esse passou a ser o papel usado pela ind&uacute;stria. Suas paix&otilde;es incluem tamb&eacute;m quest&otilde;es femininas e direitos art&iacute;sticos, sobre o que ela tem escrito diversos artigos, assim como tem falado em congressos.</p> <p>Uma d&uacute;zia de anos depois que o mundo foi impactado pela primeira vez por Alanis Morissette, uma artista mais madura se mant&eacute;m comprometida com seu caminho criativo e um forte desejo de ajudar&nbsp;outros em seus caminhos. &ldquo;Vivo para CICATRIZAR rupturas e ligar aspectos da vida humanos e divinos, e espero que compartilhando minhas pr&oacute;prias experi&ecirc;ncias, eu possa ajudar pessoas em suas jornadas pessoais, onde quer que estejam&rdquo;, ela explica. &ldquo;Sen&atilde;o, eu deveria apenas cantar no chuveiro e fazer jardinagem&rdquo;.</p> </div> <div align="justify">&nbsp;</div>
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