Saúde
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Piauí já soma 2.095 casos de chikungunya em 2017
Em um comparativo aos últimos dois anos, o crescimento foi de 34%, com o registro de um óbito pela doença.
Daniela Meneses - 12/07/2017

Doença é transmitida pela Aedes Aegypti

Apesar da redução dos casos de dengue no Estado, as notificações de febre chikungunya continuam aumentando, de acordo com o Boletim da 25ª Semana Epidemiológica fornecido pela Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi). Em 2017, foram registrados 2.095 casos contra 1.637, em 2016. Em um comparativo aos últimos dois anos, o crescimento foi de 34%, com o registro de um óbito pela doença.

O infectologista Kelson Veras explica que a redução do número de casos de dengue se deve ao fato de essa ser uma doença mais antiga, e muitas pessoas já adquiriram imunidade por terem se infectado pelo menos uma vez. “Já a chikungunya é uma doença nova, e encontrou um ambiente propício para se instalar. Além disso, quando uma pessoa está infectada por um vírus, nenhum outro consegue adentrar”, ele explica.

Uma vez doente, ao se curar, o paciente fica imune à chikungunya, pois apenas um vírus é responsável pela doença. Então, o sistema imunológico se fortalece contra ela. Mas, apesar de adoecer apenas uma vez, ela pode trazer sequelas. “A febre pode causar uma doença reumática de caráter autoimune, e 50% dos pacientes têm reumatismo como sequela. Ainda não temos estudos por tempo suficiente, mas é certo que a sequela pode permanecer até dois anos após a infecção”,aponta Veras.

Por se tratar de uma doença nova no Estado, ainda não há vacinas desenvolvidas para evitar a contaminação. Desta forma, a melhor maneira de se prevenir é o combate aos focos do vetor, o mosquito Aedes Aegypti, além do uso de telas em janelas e portas, mosquiteiros e repelentes. As recomendações são medidas simples: manter os ambientes limpos, sem acúmulo de água em pneus, garrafas, latas, caixas d’água descobertas, além de pratos sob vasos de plantas.

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