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IMPOSTO
Governo decide aumentar impostos sobre combustível
Nos cálculos da área técnica do governo, cada R$ 0,01 de aumento na alíquota do PIS/Cofins sobre a gasolina resulta em uma arrecadação anual de R$ 440 milhões
Daniela Meneses - 20/07/2017

Apesar da baixa popularidade - reflexo da crise política e das delações - o presidente Michel Temer (PMDB) autorizou a alta nos impostos com a justificativa de que a medida é necessária para fechar as contas públicas e obter a meta fiscal.

Será elevada a alíquota do PIS/Cofins, que incide sobre os combustíveis e não depende do aval do Congresso para entrar em vigor. Agora, aguarda-se apenas a formalização, via decreto, para que o imposto seja, de fato, aumentado. 

Nos cálculos da área técnica do governo, cada R$ 0,01 de aumento na alíquota do PIS/Cofins sobre a gasolina resulta em uma arrecadação anual de R$ 440 milhões. No caso do diesel, a receita é de R$ 530 milhões.

A alta do imposto dos combustíveis acontece num momento em que o brasileiro vem comemorando as constantes quedas nos valores do diesel e da gasolina, reflexos da nova política de preços da Petrobras. José Couto, do Sindicato dos Donos dos Postos de Combustíveis, já havia dito à Coluna Economia & Negócios, do Cidadeverde.com, que se os impostos aumentarem é praticamente certo que a alta será repassada aos consumidores.

Rombo nas contas

Na última terça-feira o governo identificou um rombo de aproximadamente R$ 10 bilhões para cobrir o Orçamento. Desde o início já se estimava que esse buraco seria parcialmente coberto pelos impostos. Apesar da alta do combustível já ser certa, também não estão descartadas a alta da alíquota do IOF sobre o câmbio ou operações de crédito e ainda a elevação da Cide sobre combustíveis.

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