Política
PARALISAÇÃO MUNICIPAL
Servidores municipais realizam protesto em frente a prefeitura de Picos
Sindicato não descarta a realização de uma greve caso as reivindicações não sejam atendidas
João Paulo - 19/09/2017
Foto/ João Paulo
Pelo menos quatro propostas fazem parte da pauta de reivindicações

Na manhã desta terça-feira (19), pouco mais de 200 funcionários públicos municipais participaram de um protesto em frente ao Palácio Coelho Rodrigues. A paralisação foi convocada pelo SINDSERM (Sindicato dos Servidores Municipais de Picos). O objetivo do ato foi reivindicar melhorias paras os servidores das Secretarias de Administração, Educação e Saúde.

No local foi armada uma tenda e disponibilizado um café da manhã e água mineral para os presentes. Faixas com um conteúdo em tom de indignação também foram expostas. “Nunca haverá serviço público de qualidade sem a valorização do servidor”, estava escrito em uma delas. A representante dos servidores da Educação no SINDSERM, professora Edna Regina, explicou os motivos da manifestação.

“Nós estamos mobilizados em virtude do desrespeito da administração de Picos com toda a categoria de servidores municipais, em especial da secretaria de Saúde por terem os salários atrasados. A Educação também reivindica a questão da mudança de nível que foi garantida no nosso Plano de Carreira, mas não está sendo respeitada, inclusive com uma proposta até mesmo indecente, quando se propôs implantar essa mudança de nível só em 2021. Foi feita uma proposta de implantar R$ 100 reais, mas esses R$ 100 reais divididos para 2018 e 2019 o que é um absurdo. Os R$ 100 reais, que seria o nível mínimo, seria implantado progressivamente e quanto mais direito tivesse o servidor mais se estenderia até 2021. O sindicato apresentou propostas trazendo um diálogo, mas foi totalmente ignorado. Por isso resolvemos nos mobilizar junto com a administração porque a Administração está com seu Plano de Cargos e Salários totalmente defasado e o gestor se nega a atualizar”, explicou a membro do SINDSERM.

Edna Regina acrescentou que também faz parte da pauta de reivindicações a retirada, desde o mês de junho, da complementação no valor de R$ 534,00 reais dos salários dos motoristas da Secretária Municipal de Saúde. Outra reivindicação, conforme a sindicalista, diz respeito ao recolhimento da contribuição previdenciária e o não repasse à Previdência Própria onde o município já acumularia uma dívida de 1.234.864,80 (um milhão duzentos e trinta e quatro mil oitocentos e sessenta em quatro reais e oitenta centavos).

“Mesmo com muitos Ofícios enviados, com muito pedidos de diálogo, com a intervenção da Câmara municipal, nós não chegamos a um consenso. Em virtude disso estamos nos mobilizando em uma paralisação e que se necessário for, se não conseguirmos nosso objetivo, que é o diálogo e nossos direitos assegurados, nós iremos decretar uma greve municipal”, arrematou a professora.

Durante o protesto nenhum representante do município se posicionou em relação às reivindicações dos servidores. Até o fechamento desta matéria ninguém da Prefeitura também não tinha se manifestado oficialmente a respeito da paralisação. Nossa reportagem foi informada por outros veículos de comunicação que as pessoas autorizadas a falar no assunto seriam o próprio prefeito Padre Walmir Lima (PT), e o Procurador do Município, Maycon Luz. No entanto, os mesmos não se encontravam no Palácio Coelho Rodrigues.

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