Geral
GREVE PREVENTIVA
Funcionários dos Correios paralisam as atividades por conta da ameaça de corte de benefícios
Em Picos, a greve por tempo indeterminado afetará principalmente as entregas de correspondências e encomendas
João Paulo - 20/09/2017
Foto/ João Paulo
Praticamente 100% dos carteiros cruzaram os braços

“Correios em Greve”. A frase está impressa em vários adesivos fixados nas paredes da fachada e lateral da agência dos Correios na cidade de Picos para informar a população que a partir desta quarta-feira (20) o órgão está em greve por tempo indeterminado. Dessa vez a pauta de reivindicações não girar em torno de aumento salarial.

O delegado sindical da Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FETECT), Daniel Gonzalez, informou que a paralisação foi decidida durante uma assembleia realizada na cidade de Teresina na noite de ontem (19). O sindicalista explicou que a greve tem o objetivo de garantir a continuidade de direitos adquiridos pelos funcionários dos Correios. Ele disse ainda que a ameaça de corte de benefícios partiu da Presidência dos Correios em Brasília.

“O motivo da nossa greve não é por conta de propostas de aumento salarial. Nós estamos em greve porque o presidente dos Correios, Guilherme Campos, está atacando a nossa empresa e querendo cortar vários benefícios como, por exemplo, ticket alimentação. Ele também quer cobrar mensalidades do plano de saúde, quer acabar com a entrega matutina, fechou várias agências do Banco Postal no Piauí, além de uma série de medidas maléficas contra os trabalhadores que ele quer impor", pontuou Daniel Gonzalez.

Em Picos, a greve por tempo indeterminado atingiu principalmente a Central de Distribuição Domiciliar (CDD). Dos 20 funcionários que trabalham nesse setor 19 aderiram a paralisação. Com isso a entrega de correspondências e encomendas estará bastante afetada. Na parte que compreende a administração da agência e o Banco Postal apenas dois servidores paralisaram as atividades.

“A entrega vai ser afetada porque praticamente todos os carteiros cruzaram os braços. A gente sente muito pela paralisação, mas a gente tem de defender nossos direitos. Nosso plano de saúde, nosso ticket alimentação, nossas férias, estão sendo atacadas e a gente queria muito que toda a sociedade picoense entendesse isso”, concluiu o delegado sindical da FETECT.

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