Geral
INSATISFAÇÃO COM A ADMINISTRAÇÃO
Servidores municipais paralisarão as atividades por 48 horas nos dias 27 e 28 de setembro
Posteriormente, uma greve geral não está descartada
João Paulo - 20/09/2017
Foto/ João Paulo
Protesto foi realizado nesta última terça-feira (19)

Durante a paralisação geral convocada pelo SINDSERM (Sindicato dos Servidores Municipais de Picos), nesta última terça-feira (19), os mais de 200 funcionários públicos presentes ao ato, realizado em frente a Prefeitura, aprovaram por unanimidade mais uma sanção contra a falta do cumprimento de acordos firmados com a administração municipal. 

"Nós temos uma paralisação de 48 horas marcada já para a próxima semana, quarta [dia 27] e quinta [dia 28], e posterior a essa data, se até lá a gente não conseguir [chegar a um consenso], nós temos sim a colocar greve geral de todos os serviços públicos aqui do município por tempo indeterminado", informou a presidente do SINDSERM, Edna Moura, em entrevista a rádio Grande FM.

Os protestos dos servidores municipais estão pautados em pelo menos seis pontos que, segundo o Sindicato, haviam sido acordados anteriormente e não foram colocados em prática pelo Palácio Coelho Rodrigues. São eles: os constantes atrasos salariais na Secretaria Municipal de Saúde, a ausência da mudança de nível dos professores, a inexistência de eleição direta para diretores escolares, a falta de atualização do Plano de Cargos e Salários da Administração Geral, a retirada da complementação no valor de R$ 534,00 reais dos salários dos motoristas da SMS e o recolhimento da contribuição previdenciária e o não repasse à Previdência Própria onde o município já acumularia uma dívida de 1.234.864,80 (um milhão duzentos e trinta e quatro mil oitocentos e sessenta em quatro reais e oitenta centavos).

Já o Procurador do Município, Maycon Luz, afirmou que desconhece que o município tenha firmado acordos com o SINDSERM. "Existiram propostas de acordo relacionadas, por exemplo, com pagamentos na Saúde. Houveram algumas audiências, algumas reuniões, mas em nenhum momento chegou a ser firmado um acordo. Então não existe uma quebra de acordo. Isso é um argumento totalmente falho que eles estão utilizando", disse o Procurador.

A presidente do SINDSERM rebateu Maycon Luz. "Se ele desconhece eu lamento profundamente porque nós temos em Ata inclusive no dia que nós tivemos reunidos na sala do prefeito, em uma mesa redonda com os secretários da administração municipal, quando o próprio prefeito colocou da necessidade de regulamentar os salários dos servidores da saúde pagando em dias, inclusive deixou claro se precisasse demitir era para demitir, se precisasse fazer qualquer alteração era pra ser feita desde que os servidores não ficassem com seus salários atrasados. Em relação a mudança de níveis e eleições para diretores ele deixou muito claro favorável a essa situação lá na reunião e a revisão do plano geral da Administração [também]. Então eu lamento profundamente que o Procurador tenha dado essa declaração porque ela é totalmente contrária aquilo que estava sendo discutido em uma mesa com vários outros servidores do município", concluiu Edna Moura.

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