Municípios
LRF
Servidores santanenses apoiam decreto municipal que estabeleceu novas medidas administrativas
Entre as medidas estão demissão de servidores contratados e redução salarial para comissionados
Da Redação - 05/12/2017
Foto/ ASCOM
Orientadora social, Maura Moura

O decreto municipal que instituiu novas medidas administrativas na Prefeitura de Santana do Piauí, entre elas, a demissão de servidores contratados e redução salarial para comissionados não “revoltou” os funcionários da Administração, nem tão pouco causou surpresa.

A prefeita Maria José agiu em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e em consonância com outros gestores da macrorregião, como de Picos, Paquetá do Piauí, Bocaina, Santo Antônio de Lisboa, entre outros. Mas, em Santana do Piauí, consciente da necessidade do ato, e tendo como intencionalidade diminuir os gastos com pessoal e adequar-se à LRF, a prefeita Maria José tem visitado pessoalmente as secretarias municipais e conversado com os servidores que atuam nas devidas condições de trabalho.

“Tenho conversado com os servidores, explicado a motivação do decreto, estritamente influenciado pelo nível com despesas de pessoal em que nosso município se encontra. As medidas foram para todos, inclusive para a chefe do Executivo, a prefeita. O que tenho reforçado é que dentro das nossas possibilidades estamos fazendo o possível para que os prejuízos sejam os menores possíveis para o servidor, porque meu compromisso é este”, disse a prefeita.

No tocante à “revolta”, este não é o sentimento que toma a servidora contratada que exercia a função de professora na Escolinha Josefa Maria dos Santos e na Pascoal Borges, Maria Neide Rodrigues. Ela explicou que há três semanas foi comunicada das exonerações e que mesmo assim se colocou à disposição para continuar trabalhando por entender que o município necessita e que no momento de dificuldade todos precisam se unir.

“Há três semanas fui comunicada pela direção da Escola sobre as demissões. Também fomos informados que a prefeita uma reunião com os servidores. Conversei também com a prefeita Maria José e me coloquei a disposição para continuar trabalhando, aplicando as provas de recuperação dos meus alunos, pois entendo que o momento de dificuldade todos precisam se ajudar. Entendo a atitude dela como necessária”, afirmou a servidora.

Quem compactua do mesmo pensamento é a orientadora social, lotada na Secretaria de Assistência Social, Maura Moura. A servidora destaca que a atitude da prefeita em explicar a situação e motivação das exonerações dos servidores, demonstra responsabilidade com o município e valorização e respeito para com os trabalhadores municipais.

“Fiquei surpresa com a atitude da prefeita em se preocupar em marcar uma reunião nos informando dos acontecimentos. Nunca tinha visto isso antes. No nosso caso, como os programas sociais precisam ser mantidos teremos redução de carga horária de trabalho, bem como de salários”, frisou Maura Moura.

O servidor contratado que atua na Secretaria de Obras, Luciano Rocha, disse que durante a conversa com a gestora, as explicações não só foram aceitas como indicam responsabilidade administrativa.

“Ela explicou que durante 60 dias é preciso enxugar a Folha, mas que ao sinal de recuperação da crise os servidores serão readmitidos. Entendemos que existem dificuldades, entendemos porque o decreto foi preciso de ser adotado”, enfatizou Luciano Rocha.

O decreto ainda determina a redução salarial em 20% sobre a remuneração da prefeita municipal, que era de R$ 15 mil e passa a ser agora R$ 12 mil.

O vencimento de R$ 15mil foi aprovado pela Câmara Municipal de Vereadores em 2013, ainda na gestão do prefeito Ricardo Gonçalves, valor este que remunerou o ex-gestor durante todo seu mandato.

Folha Atual

Facebook
Publicidade