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PROJETO
Uespi conduz trabalho de revitalização da cultura do milho no semiárido piauiense
A proposta do projeto é resgatar a cultura na região e contribuir com o desenvolvimento local
Da Redação - 17/05/2018
Foto/ Beatriz Fortes

Professores e alunos do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) conduzem projeto de revitalização da cultura do milho nos municípios de Santa Rosa do Piauí e Cajazeiras do Piauí. O Projeto “Seleção e desenvolvimento de cultivares de milho (Zea mays L.) em sistema agrícola familiar para o semiárido piauiense”, objetiva contribuir com a revitalização da cultura do milho mediante a pesquisa e difusão de tecnologias promissoras, junto aos agricultores familiares locais.

A proposta do projeto, financiado pelo Banco do Nordeste, é revitalizar a cultura do milho na região, melhorar o nível de produtividade, aumentar a produção de milho e contribuir com o desenvolvimento local. O grupo de pesquisa, coordenado pelos professores Boanerges Siqueira e Francisco Machado, iniciou em 2017 e tem duração de três anos.

Participam dos trabalhos dois alunos da Uespi, sendo um de Agronomia e outro de Zootecnia, cinco alunos do Técnico em Agropecuária da Escola Família Agrícola de Cajazeiras e dois agrônomos bolsistas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Piauí (Fapepi). Além de órgãos parceiros, como a Prefeitura de Santa Rosa, Prefeitura de Cajazeiras, Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Coodevasf() e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Meio Norte).

“Na primeira etapa, nós realizamos um ensaio experimental em uma área irrigada, isso foi no fim de 2017 e inicio de 2018, e já colhemos resultados concretos. Atualmente, o grupo está conduzindo algumas pesquisas em regime de sequeiros, sem irrigação. Nessas pesquisas, nós vamos identificar entre 36 variedades de milho qual delas melhor se adapta à região de Santa Rosa e Cajazeiras”, explicou o professor coordenador do projeto, Francisco Machado.

Segundo o docente, o grupo está na fase de identificação do melhor consórcio, do manejo do milho com outras culturas, como o plantio de milho com mandioca, milho com feijão, milho com capim e milho com fava. Para verificar qual das plantas o milho se desenvolve mais. ”Vamos identificar a melhor variedade de milho e o melhor cultivo. A colheita vai ser realizada na próxima semana”, disse Francisco Machado.

As ações de difusão e tecnologia ocorrem simultaneamente com as pesquisas. Elas se dão nos dias de campo e na execução de um modelo de plantio chamada unidade demostrativa, que é um conjunto de medidas para os agricultores da região. Na unidade demostrativa, é repassado uma série de orientações para o produtor executar na sua propriedade, como como aplicação de produtos, aplicação de variedades de adubos e o espaçamento da plantação.

“A ideia é que o agricultor consiga comparar as mudanças utilizando as nossas tecnologias com as que ele usa”, comenta o professor Francisco. O projeto conta com oito agricultores com unidades demostrativa implantadas, são cerca de 24 hectares plantados em Santa Rosa seguindo o modelo do projeto.

Dia de campo

O dia de campo é feito na medida que o grupo obtém resultados da pesquisa. No dia  07 de maio, foi realizado, em Santa Rosa do Piauí, o dia de campo no campo agrícola da Cooperativa Agrícola Mista de Santa Rosa (Comisarol). Os coordenadores do projeto, Boanerges Siqueira e Francisco Machado, apresentaram os resultados iniciais para um público formado por representantes de entidades parceiras e para os agricultores locais.

Na programação do evento, foi  feito uma apresentação dos resultados obtidos com o projeto na primeira fase. Os 62  participantes do evento visitaram o campo da Comisarol, que revelaram aos produtores, entre 36 materiais avaliados, as variedades de milho mais adaptadas às condições de clima e solo locais e o melhor consórcio a ser utilizado nas mesmas condições, considerando para tanto o feijão-caupi, mandioca, fava e capim-massai.

Valéria Soares/ CCOM

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