Geral
ATO DO DIA 15 DE MAIO EM PICOS
Multidão participa debaixo de chuva de manifestação contra Reforma da Previdência e bloqueios dos recursos da educação
Protesto percorreu várias ruas do Centro e terminou com um abraço simbólico da agência do INSS
João Paulo - 15/05/2019
Foto/ Portal O Povo
Centenas de manifestantes reunidos na Praça Felix Pacheco

“A nossa luta unificou, é estudante junto com o trabalhador”. “Tirem as mãos da nossa educação”. “A Uespi se nega morrer”.  “A nossa luta é todo dia, educação não é mercadoria”.

Vestidos na sua maioria com roupas de cor preta, em sinal de luto, e com cartazes, faixas e gritos de ordem com esses dizeres acima, centenas de pessoas entre diretores, estudantes, professores, técnicos administrativos, além de outras categorias da educação Municipal, Estadual e Federal, saíram as ruas de Picos, na manhã desta quarta-feira (15), para protestar contra a Reforma da Previdência Social e o bloqueio de verbas da educação imposto pelo Governo do Presidente, Jair Bolsonaro (PSL).

O ato, que é nacional, aconteceu em 22 Estados e no Distrito Federal e em Picos reuniu alunos e funcionários da Uespi (Universidade Estadual do Piauí), da UFPI (Universidade Federal do Piauí), do IFPI (Instituto Federal do Piauí) e de escolas das redes Municipal e Estadual, dos municípios de Dom Expedito Lopes, Geminiano, Picos e Sussuapara.

Nem mesmo a forte chuva que pegou todos de surpresa, no município picoense, foi empecilho para os manifestantes que se concentraram na Avenida Getúlio Vargas, nas imediações da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, a Igrejinha.

Por volta das 08h00min, com muita disposição, a multidão saiu em marcha pela Avenida Getúlio Vargas, entoando gritos de ordem, e fez uma parada na Praça Felix Pacheco, oportunidade que representantes dos estudantes, professores e membros de sindicatos se revezaram no microfone explanando as insatisfações das categorias com as pautas propostas pelo Palácio do Planalto.

Entre outras coisas os manifestantes alegam que o bloqueio nas verbas da educação reduzirá os investimentos em pesquisa, acabará com as bolsas, acarretará a demissão de motoristas, zeladores, seguranças e impossibilitará que as instituições de ensino cumpram os contratos celebrados com os fornecedores.

“A nossa pauta hoje é dizer que não concordamos com os cortes na educação porque precisamos é de mais investimentos, onde 10% do PIB têm de ser investidos na educação porque nós sabemos que as escolas e as universidades passam por dificuldades de toda ordem e eles não sabem o quanto os estudantes que estudam nas públicas batalham para chegar até a universidade,”, disse um professor, Romildo, da UFPI, ao fazer o uso da palavra.

O protesto ainda percorreu a Rua Coronel Luís Santos, a Praça Josino Ferreira, um trecho da Avenida Nossa Senhora de Fátima e Rua Coronel Francisco Santos, onde aconteceu um ato em frente a agência do INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social) e terminou com um abraço simbólico do prédio da instituição.

Durante o término do protesto os organizadores convocaram os manifestantes para participar da Greve Geral que está prevista para acontecer no próximo dia 14 de junho.

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