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Prefeito disse que deve levar de três a quatro meses para as finanças do município estarem sanadas

A administração do município de Patos do Piauí foi pega de surpresa ao consultar a primeira parcela do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), e constatar que o saldo da conta da Prefeitura patoense estava simplesmente zerado.

De acordo com o prefeito, Joaquim Neto (PSD), o motivo para a Receita Federal ter retido o valor integral do FPM do município, que entrou na última sexta-feira (08), foram dívidas previdenciárias com o INSS (Instituto de Nacional de Seguridade Social), deixadas em aberto pela administração que lhe antecedeu.

Com o bloqueio dos recursos a Prefeitura deixou de receber cerca de R$ 384.153,23 (trezentos e oitenta e quatro mil cento e cinquenta e três reais e vinte e três centavos), valor referente a primeira parcela do FPM do mês de janeiro, o que inviabilizou financeiramente esse início de gestão do novo prefeito.

“Nós encontramos uma grande dificuldade na questão do financeiro no município de Patos e isso está afetando a nossa gestão por conta desses débitos do INSS e nós estamos trabalhando para que nós possamos fazer uma gestão de boa qualidade para nossa gente, com uma cidade desenvolvida, uma cidade de um povo feliz e com muitas ações”, ponderou gestor.

Joaquim Neto explicou que as pendências deixadas pela administração passada dizem respeito ao não pagamento do INSS dos servidores municipais referentes aos meses de Novembro, Dezembro e o 13º salário, além de atrasos de declarações e um parcelamento que encontra-se em atraso junto a Receita Federal. 

Por conta das dívidas herdadas a administração municipal teme que também possa perder as outras duas parcelas do Fundo de Participação do Município correspondentes ao 2º e 3º decênio deste mês de janeiro.

Diante das dificuldades financeiras o prefeito frisou que teve que tomar algumas medidas de redução de despesas para contenção de gastos, enquanto o problema não é resolvido.

“Fizemos exonerações entre os funcionários comissionados e contratados, com os documentos legais, e convocamos alguns de imediato para atender algumas necessidades e prioridades, mas nós estamos no controle essencial, controle obrigatório da nossa finança de Patos do Piauí”, pontuou.

Tendo em vista as pendências financeiras encontradas, o prefeito prever que as medidas de contenção de gastos na Prefeitura de Patos deverão perdurar por mais alguns meses.

“Temos que fazer esse controle para que daqui uns três ou quatro meses nós possamos colocar a situação financeira de Patos em dias”, lamentou.

Joaquim Neto ressaltou que por conta dos débitos herdados pela sua administração alguns serviços como a coleta de lixo e a poda de árvores tiveram o número de servidores reduzido.

O prefeito colocou que nesse momento de dificuldades financeiras decidiu priorizar áreas essenciais como educação e saúde.

“E em alguns pontos nós paramos e estamos aguardando as definições da Justiça Federal, do INSS para que nós possamos ter um Fundo de participação livre para todos os patoenses. Todos sabem da dificuldade que estou enfrentando nessa gestão por pendências da outra gestão e com certeza acredito que breve os patoenses serão felizes. Nós já temos vários projetos para fortalecer a nossa população e fazer melhorias para o nosso povo e aos poucos nós chegaremos lá”, encerrou Joaquim Neto.