Foto/ Facebook Sport Fino
No ano passado o craque foi homenageado com uma bandeira

Lá se foram cinco anos desde o fatídico dia 01º de março de 2016. Naquela data a família picoense, Pereira da Silva, foi acometida pela perda prematura de alguém que ainda na adolescência, no início de sua carreira como jogador de futebol no começo da década de 90, saiu de Picos “só” porque queria tirar a mãe do aluguel. Muito mais que conseguir dar três casas para dona Maria da Paz, sua genitora, e ajudar toda a família, Leonardo alçou voos mais altos e alcançou patamares de status no futebol brasileiro.

Pouca gente de Picos sabe, mas em março do ano passado a própria torcida do Sport Club do Recife, em uma votação democrática, escolheu Leonardo como o maior ídolo da história do time. A escolha foi feita através de um desafio feito nas redes sociais pela equipe pernambucana. E o craque picoense obteve 35,97% dos votos, deixando para trás o zagueiro, Durval (35,91%), o goleiro Magrão (26,73%) e o atacante Ademir Menezes (1,39%).

No mês de setembro de 2020 a homenagem da torcida do Leão veio através de uma bandeira com os dizeres “Leonardo Eterno Camisa 7” e uma caricatura do craque na habitual maneira como comemorava os seus gols. E para os mais atentos que acompanham dos jogos do Sport, em todas as partidas na Ilha do retiro a bandeira é colocada no alambrado rente com a minha que divide o gramado. “Toda e qualquer homenagem a Leonardo é mais do que justa. Linda bandeira”, destacou a página no Facebook, Sport Fino, que é dedicada ao clube pernambucano.

O jogador também já ganhou uma camisa em homenagem a sua bela passagem pelo time. Nada mais justo pelos 136 gols marcados em 367 partidas, o que deixaram no posto de terceiro maior artilheiro do clube. Gols esses que ajudaram o Sport a garantir seis Campeonatos Pernambucanos e duas Copas do Nordeste.

No âmbito nacional, pelo Sport, Leonardo é lembrado por ter feito cinco gols em uma única partida. A proeza aconteceu no Campeonato Brasileiro de 2000, então chamado Copa João Havelange. Jogando contra o Atlético Mineiro, no Mineirão, ele fez cinco gols na vitória de 6 a 1.

(Foto/ CEDOC/ Atacante comemorando um dos seus 136 gols que fez com a camisa do rubro-negro)    

Leonardo morreu na cidade de Recife no dia 01º de março de 2016 aos 41 anos de idade. O óbito atestado pela equipe médica do Hospital da Restauração, na capital pernambucana, apontou que o jogador morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos. A causa da morte foram complicações decorrentes de um quadro de neurocisticercose, uma infecção do sistema nervoso central, provocada pela ingestão de alimentos contaminados pela larva da Taenia solium.

O corpo de Leonardo chegou a Picos no final da tarde do dia 02 de março de 2016. Um cortejo, com a presença de vários veículos, foi realizado do aeroporto até a Câmara de Vereadores onde foi velado no Plenário até a manhã do dia seguinte. Ele foi sepultado sob forte comoção no Cemitério São Pedro de Alcântara, no dia 03 de março, há exatos cinco anos.

Em tempo:

Leonardo também foi o maior ídolo da torcida e maior jogador da história da SEP (Sociedade Esportiva de Picos).

Leonardo:

O picoense é o terceiro maior artilheiro da história do Sport com 136 gols marcados em 367 partidas, atrás apenas de Traçaia, com 202 tentos, e Djalma Freitas, com 161. No rubro-negro pernambucano foram nove títulos, sete Campeonatos Pernambucanos (1992, 1994, 1997, 1998, 1999 e 2000) e duas Copas do Nordeste (1994 e 2000).

Além de Sport e SEP (onde foi campeão piauiense em 1991), Leonardo também teve passagens pela Selação Brasileira Sub20, Vasco, Corinthians, Palmeiras, Cruzeiro, América Mineiro, Vitória da Bahia, Belenenses (Portugal), Central, Cametá-PA (onde foi campeão paraense em 2021), Sete de Setembro e Afogadense. Ele “pendurou as chuteiras” em 2012. De 2014 até 2016 Leonardo trabalhou nas categorias de base do Sport.

(Foto/ Adelson Costa / Pernambuco Press/ Camisa comorativa em homenagem ao craque)