Saúde
PICOS EM COCAL
Profissionais de Picos atendem população de Cocal
Um grupo com 37 profissionais de saúde, enviados pela Prefeitura de Picos, tem ajudado significativamente os trabalhos das equipes de socorro e atendimento médico e assistência social
Sérgio Fontenelle - 10/06/2009

<div align="justify">Um grupo com 37 profissionais de sa&uacute;de, enviados pela Prefeitura de Picos, tem ajudado significativamente os trabalhos das equipes de socorro e atendimento m&eacute;dico e assist&ecirc;ncia social &agrave;s v&iacute;timas da enxurrada provocada pelo rompimento da Barragem Algod&otilde;es I no Munic&iacute;pio de Cocal. A Miss&atilde;o Picos Solid&aacute;rio a Cocal se integrou &agrave; for&ccedil;a-tarefa composta por uma s&eacute;rie de &oacute;rg&atilde;os municipais, estaduais e federais, cuja base &eacute; a sede da Prefeitura de Cocal.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Picos Solid&aacute;rio a Cocal, ao lado das equipes do Corpo de Bombeiros, Pol&iacute;cia Militar, Secretaria da Assist&ecirc;ncia Social e Cidadania (Sasc), Empresa de Gest&atilde;o de Recursos do Estado (Emgerpi), Secretaria da Defesa Civil e Prefeitura de Cocal, tem dado uma contribui&ccedil;&atilde;o efetiva ao atendimento das centenas de fam&iacute;lias vitimadas pelo desastre. A miss&atilde;o &eacute; formada por m&eacute;dicos, enfermeiros, psic&oacute;logos, pedagogos, assistentes sociais, t&eacute;cnicos de enfermagem e motoristas.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Os profissionais de Picos, desde que chegaram, na &uacute;ltima sexta-feira (5), t&ecirc;m trabalhado em m&eacute;dia ao longo de dois turnos di&aacute;rios, indo diretamente &agrave;s localidades arrasadas pelas &aacute;guas da Barragem Algod&otilde;es I, que rompeu h&aacute; 13 dias, no &uacute;ltimo dia 27 de maio. Cerca de 250 pessoas em m&eacute;dia est&atilde;o sendo atendidas diariamente por esses profissionais, desde que chegaram a Cocal. Por helic&oacute;ptero, em ve&iacute;culos tracionados, de moto ou at&eacute; mesmo a p&eacute; eles chegam &agrave;s comunidades atingidas.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Minimizando o sofrimento</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;N&oacute;s viemos nos integrar &agrave;s equipes que j&aacute; estavam atuando, nesta segunda fase da assist&ecirc;ncia &agrave; popula&ccedil;&atilde;o atingida&rdquo;, observou o m&eacute;dico Wianney Moura de Carvalho, que atendia, na manh&atilde; desta ter&ccedil;a-feira (9), a popula&ccedil;&atilde;o na localidade Jacarand&aacute;, nas proximidades da divisa com o Estado do Cear&aacute;. &ldquo;N&oacute;s viemos, visitamos as regi&otilde;es que foram mais atingidas, fizemos o atendimento m&eacute;dico&rdquo;, contou o profissional.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;Viemos tentar minimizar o sofrimento das pessoas&rdquo;, acrescentou Wianney Moura, contando a situa&ccedil;&atilde;o das pessoas que perderam tudo, inclusive suas casas, animais, planta&ccedil;&otilde;es, eletrodom&eacute;sticos, roupas, m&oacute;veis, etc. &ldquo;&Eacute; um trabalho muito cansativo e gratificante. As equipes que est&atilde;o atuando na regi&atilde;o, muito bem coordenadas - um trabalho muito organizado -, contam com muitos profissionais de todas as &aacute;reas que voc&ecirc; imaginar. Todos com a inten&ccedil;&atilde;o mesmo de ajudar.&rdquo;</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Continuou o profissional: &ldquo;Todo mundo vestiu a camisa e resolveu partir para o trabalho, sem distin&ccedil;&atilde;o de quest&otilde;es pol&iacute;ticas, locais ou de quaisquer outros interesses&rdquo;. &ldquo;O interesse &eacute; somente de ajudar&rdquo;, completou Wianney Moura de Carvalho, que relatou estar encontrando muitos casos de trauma psicol&oacute;gico. &ldquo;Por conta do trauma, muita gente ficou de certa forma com o estado emocional abalado e isso vai durar muito tempo&rdquo;, opinou.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>Contato com o trauma</strong></div> <div align="justify"> <p>&ldquo;Essas pessoas est&atilde;o ainda com aquele trauma inicial e &eacute; dif&iacute;cil conversar, muitas vezes &eacute; dif&iacute;cil at&eacute; interagir com algumas, que perderam familiares, tudo o que tinham&rdquo;, acrescentou. &ldquo;Outras n&atilde;o tiveram tanta perda, mas, por conta do sofrimento e do que viram, ficou aquele trauma emocional, psicol&oacute;gico.&rdquo; Al&eacute;m do trauma, o m&eacute;dico teve que lidar com gripes, parasitoses intestinais, problemas respirat&oacute;rios e de pele, e ainda ferimentos causados na tentativa de escapar da f&uacute;ria das &aacute;guas.</p> </div> <div align="justify"> <p>Na mesma comunidade Jacarand&aacute;, o m&eacute;dico da Secretaria Municipal de Picos contava com a companhia de uma psic&oacute;loga, uma enfermeira, uma t&eacute;cnica de enfermagem, uma assistente social e um psicopedagogo, que ministrava oficina para as crian&ccedil;as de cinco fam&iacute;lias, que perderam tudo, na localidade denominada Franco, uma das mais afetadas na enxurrada provocada pelo rompimento da Barragem Algod&otilde;es I. Ao mesmo tempo, a assistente social fazia o levantamento dos bens perdidos.&nbsp;</p> </div> <div align="justify">Essas cinco fam&iacute;lias est&atilde;o hoje vivendo ou na casa de amigos e parentes, em Jacarand&aacute;, ou abrigadas no pr&eacute;dio de uma escola p&uacute;blica municipal, onde acontecia o atendimento da equipe multidisciplinar na manh&atilde; desta ter&ccedil;a-feira (9). Antonia Maria da Silva, 26 anos, vivia com o marido e dois filhos em Franco, que ficou completamente destru&iacute;da. Assim como seu pai, que vivia em outra habita&ccedil;&atilde;o, foi obrigada a refugiar-se numa das salas de aula da escola p&uacute;blica localizada em Jacarand&aacute;.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>Esperada nova casa</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;O que a gente est&aacute; querendo &eacute; ir para uma outra &aacute;rea, porque l&aacute; (Franco) est&aacute; perigoso mesmo&rdquo;, declarou Antonia Maria, que agora espera receber uma nova casa em local mais alto, juntamente com o restante de seus bens materiais destru&iacute;dos, fora da &aacute;rea de risco da Barragem Algod&otilde;es I. Enquanto a nova casa n&atilde;o vem, ela e sua fam&iacute;lia ter&atilde;o que permanecer alojadas no atual abrigo, torcendo para reconstruir suas vidas o mais breve poss&iacute;vel.</div> <div align="justify">&nbsp;</div>
junior
11/06/2009 -15:35:

Não concordo com o comentário do josé! acho que a ação é nobre e a SMS de Picos tem trabalhado muito. Piconses ajudando nossos irmãos do Piauí.

José Adauto de Carvalho Pinto
11/06/2009 -10:36:

Não passa de demagogia barata, aliada a promoção pessoal, pois em Picos existem muitas pessoas necessitando de atendimento básico e os profissionais da saúde permanecem incessíveis ao clamor da população. Quem quer ajudar não precisa de publicidade e a ida desses profissinais para Cocal foi um festival de publicidade na imprensa local. Eles deviam era mostrar serviço em Picos, pois tem gente demais precisando de atendimento médico e social. Tá dado o orecado...

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