ARTIGO
Política, eleições e a terceira idade
Confira!
Manoel Vitório - 02/09/2008

É comum ouvirmos cidadãos brasileiros apresentando mil desculpas para afirmar que não gostam de política, afirmar que “todo político é ladrão ou corrupto”, ou ainda que através da política não se resolva nada, etc. e etc... Entendo até como natural esta reação, após assistirmos todos os escândalos dos últimos anos, em especial o chamado “mensalão” e os “anões do orçamento” além de todos os escândalos denunciados abertamente pelo Senhor Roberto Jéferson que assumiu suas culpas e resolveu mostrar a face e as atitudes de vários de seus ex-aliados.

Porém, como tive a oportunidade de assumir o mandato de Deputado Federal e militar vários anos na vida política ativamente, testemunhei a presença de algumas pessoas dignas e sérias ocupando cargos de Deputado, de Senador e outros cargos importantes em nossa República, pessoas dignas e que defendem ações programáticas e trabalham em cima de Projetos Sérios e voltados para a comunidade de fato.

Na verdade todos os cidadãos são políticos, na medida em que são através de nossos votos que os cargos eletivos são ocupados, das Câmaras Municipais, Prefeituras até o senado, a Câmara Federal e a Presidência da República, nós cidadãos temos o poder de votar, escolher e decidir que deverá ocupar estes cargos que determinarão o rumo de nossas leis, nossas cidades, nossos estados e até a nossa Pátria.

Acredito que os homens e mulheres mais idosos têm uma grande responsabilidade nesse processo, pela própria experiência de vida e por tudo que vivenciaram na vida. Os candidatos devem ser analisados pelo que defendeu em suas vidas antes de buscarem ocupar um cargo público, qual bandeira defenderam, em que organizações da sociedade civil atuaram e quais foram às causas que defenderam e que os habilitaram a buscar o voto dos cidadãos para representar a comunidade, o estado ou a nação.

Uma das grandes lições que temos é a nossa condição de vida, como vivem os trabalhadores, os aposentados, as crianças, como estão às atividades culturais, a educação, a saúde, os esportes, a Segurança pública.

Não adianta ficarmos a falar mal dos políticos ou das pessoas que ocupam cargos, pois será por nosso voto ou nossa omissão que ocuparão os cargos e terão o direito de legislar ou governar desde as pequenas cidades até a nação brasileira.

Não é a propagando do TSE que impedirá a compra de voto ou que permitirá ou não que pessoas desonestas ou falsas ocupem cargos eletivos, o que determinará isso será a nossa consciência coletiva de cidadãos.

Temos que nos perguntar se de fato queremos construir uma democracia e um país sério, ou se queremos ver o barco passar e ficar afirmando que não temos nada a ver com isso. Pois é o povo que decidirá o seu destino, com desatino ou com uma ação cidadã de fato. A nossa grande esperança é a juventude e a seriedade e capacidade moral de nossas pessoas experientes da terceira idade que ainda podem dar uma grande contribuição à construção de uma Pátria justa e Feliz de fato. Os meus aborrecimentos, desencantos e frustração com a atividade política são monstruosos, são grandes, no entanto, continuo me recusando a ser neutro ou virar cidadão-avestruz.

Manoel Vitório
Vice Presidente da AFAPDI
Publicado no Recanto das Letras em 01/09/2008

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