Cerca de 6,5 mil poços tubulares que foram perfurados estão abandonados.
<p align="justify">O uso inadequado do dinheiro dos impostos é um problema nacional. No Piauí, no Vale do Gurguéia, o subsolo mais rico em água de todo o Nordeste é tratado com descaso. Em Cristino Castro (PI), milhões de litros de água enchem piscinas e abastecem postos de lavagem de carros, mas centenas de poços não abastecem os sertanejos porque nunca foram equipados.</p>
<p align="justify">Segundo levantamento da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, quase 6,5 mil poços tubulares, que foram perfurados para diminuir o sofrimento com a seca, estão abandonados. Exemplos de mau uso do dinheiro público são encontrados na maioria dos municípios piauienses.</p>
<p align="justify">Na zona rural de Ipiranga do Piauí (PI), a 260 quilômetros de Teresina, um cano abandonado na caatinga desce a 650 metros de profundidade. O poço foi aberto há dois anos e custou cerca de R$ 300 mil. Se funcionasse, teria uma vazão de até 40 mil litros de água por hora, o suficiente para abastecer uma vila com 4 mil moradores.</p>
<p align="justify">Na cidade, nem os poços equipados são garantia de que os sertanejos deixarão de sofrer com a falta de água. Em algumas áreas não há energia elétrica para acionar o sistema de bombeamento. Segundo a prefeitura, não há previsão para a chegada de luz elétrica na região. Autoridades do Piauí afirmam que uma rede deverá ser instalada em até 40 dias em pelo menos um poço.</p>
<div align="justify"><a href="http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL843823-5598,00-PIAUI+VIVE+SECA+POR+FALTA+DE+EQUIPAMENTOS+EM+POCOS.html"> Confira o video</a></div>
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