Nacionais
Grande São Paulo
Assassinatos em série de 13 homossexuais ganham destaque e assustam moradores
O jornal Folha de S. Paulo dedicou três páginas de sua edição desta segunda-feira, 8, para falar sobre um suposto serial killer de homossexuais que estaria atuando no parque do Patrius, em Carapicuíba, na Grande São Paulo.
Redação - 09/12/2008

<div align="justify"> <p>O jornal Folha de S. Paulo dedicou tr&ecirc;s p&aacute;ginas de sua edi&ccedil;&atilde;o desta segunda-feira, 8, para falar sobre um suposto serial killer de homossexuais que estaria atuando no parque do Patrius, em Carapicu&iacute;ba, na Grande S&atilde;o Paulo. Segundo a reportagem, o suspeito j&aacute; teria feito o alarmante n&uacute;mero de 13 v&iacute;timas que teriam sido atra&iacute;das por ele em uma emboscada pela promessa de sexo r&aacute;pido. O que se sabe sobre o suspeito &eacute; que ele tem de 1,65 a 1,70m, &eacute; de cor parda, usa roupas escuras, capuz e &eacute; considerado forte. A &aacute;rea &eacute; tipo um Autorama da regi&atilde;o e serve de ponto de encontro de gays &agrave; noite, atra&iacute;dos pela facilidade em encontrar um parceiro sexual.<br /> <br /> A semelhan&ccedil;a no modo como os 13 homens foram mortos e a precis&atilde;o do assassino (nenhuma muni&ccedil;&atilde;o foi encontrada sen&atilde;o nos corpos das v&iacute;timas) despertaram a aten&ccedil;&atilde;o dos policiais, que agora investigam de forma conjunta as 13 mortes ocorridas entre 4 de julho de 2007 e 19 de agosto deste ano. Al&eacute;m disso, todos eles foram encontrados na regi&atilde;o conhecida como &ldquo;fazendinha&rdquo; com as cal&ccedil;as abaixadas e de bru&ccedil;os. As investiga&ccedil;&otilde;es ainda n&atilde;o apontaram nenhum suspeito. Uma varredura nas liga&ccedil;&otilde;es recebidas pelas v&iacute;timas antes de morrerem tamb&eacute;m n&atilde;o identificou um n&uacute;mero em comum, o que leva a pol&iacute;cia a acreditar que o assassino escolhe suas v&iacute;timas de forma aleat&oacute;ria, ali na hora.<br /> <br /> Mas essas investiga&ccedil;&otilde;es parecem n&atilde;o estar sendo feitas do modo como deveriam. Mesmo encontrando s&ecirc;men em v&aacute;rias v&iacute;timas, segundo a Folha, nenhum teste de DNA ainda foi feito e as muni&ccedil;&otilde;es disparadas tamb&eacute;m n&atilde;o foram analisadas para se saber se partiram da mesma arma. A 500 metros da cena dos assustadores crimes, o 3&ordm; Distrito Policial de Carapicu&iacute;ba alega n&atilde;o ter estrutura para isso e argumenta que possui apenas cinco investigadores para uma popula&ccedil;&atilde;o em torno de 100 mil habitantes. A maioria das v&iacute;timas &eacute; de classe m&eacute;dia e m&eacute;dia baixa, sendo funcion&aacute;rios p&uacute;blicos, um detetive, um barman e um caminhoneiro.<br /> <br /> <strong>Colegas</strong></p> <p>Assustados com os constantes assassinatos, quase um por m&ecirc;s, os gays que freq&uuml;entam o Patrius de noite &agrave; procura de outros gays t&ecirc;m ficado espertos e j&aacute; combinaram todo um, digamos, c&oacute;digo de a&ccedil;&atilde;o para tentar se proteger. Quando ouvem algum barulho que seja ao menos parecido com um tiro &ndash; como fogos de artif&iacute;cio, por exemplo &ndash;, correm para as partes iluminadas do local como forma de tentar se proteger do que pode ser mais uma tentativa brutal de assassinato. <br /> <br /> Al&eacute;m disso, se um deles vai acuendar algu&eacute;m, trata logo de avisar um amigo para que fique alerta a qualquer demora ou movimento suspeitos. Escolher parceiros que j&aacute; sejam de alguma forma conhecidos &eacute; outra estrat&eacute;gia para fugir do homem que a pol&iacute;cia chama de &ldquo;man&iacute;aco do arco-&iacute;ris&rdquo;, refer&ecirc;ncia &agrave; bandeira do movimento.<br /> <br /> <strong>N&atilde;o se reprima</strong></p> <p>A reportagem da Folha ouviu o professor de psicologia da viol&ecirc;ncia da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP) S&eacute;rgio Kodato para entender a mente de um serial killer de homossexuais e descobriu que o que move as mortes &eacute; o velho recalque de desejos sexuais. Na entrevista, o professor declara que &ldquo;existe, vamos dizer assim, uma quest&atilde;o, um problema, um trauma sexual a ser resolvido na vida desse assassino. No fundo, no del&iacute;rio dele, ele est&aacute; fazendo uma esp&eacute;cie de limpeza&rdquo;.<br /> <br /> Kodato diz ainda que provavelmente o suspeito &ldquo;esteja querendo eliminar um desejo homossexual que n&atilde;o consegue aceitar nele. Ent&atilde;o, projeta esse desejo como se fosse algo pecaminoso, fora de qualquer norma. Para combat&ecirc;-lo, vai combater no outro. &Eacute; um mecanismo de proje&ccedil;&atilde;o: projetar no outro coisas que n&atilde;o consegue aceitar e reconhecer em voc&ecirc;&rdquo;.&nbsp;<br /> <br /> <span style="font-size: 10pt; color: black; font-family: &quot;Verdana&quot;,&quot;sans-serif&quot;;">Fonte: Grupo Astral LGBT de Picos e ABGLT<o:p></o:p></span></p> </div>
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