O jornal Folha de S. Paulo dedicou três páginas de sua edição desta segunda-feira, 8, para falar sobre um suposto serial killer de homossexuais que estaria atuando no parque do Patrius, em Carapicuíba, na Grande São Paulo.
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<p>O jornal Folha de S. Paulo dedicou três páginas de sua edição desta segunda-feira, 8, para falar sobre um suposto serial killer de homossexuais que estaria atuando no parque do Patrius, em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Segundo a reportagem, o suspeito já teria feito o alarmante número de 13 vítimas que teriam sido atraídas por ele em uma emboscada pela promessa de sexo rápido. O que se sabe sobre o suspeito é que ele tem de 1,65 a 1,70m, é de cor parda, usa roupas escuras, capuz e é considerado forte. A área é tipo um Autorama da região e serve de ponto de encontro de gays à noite, atraídos pela facilidade em encontrar um parceiro sexual.<br />
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A semelhança no modo como os 13 homens foram mortos e a precisão do assassino (nenhuma munição foi encontrada senão nos corpos das vítimas) despertaram a atenção dos policiais, que agora investigam de forma conjunta as 13 mortes ocorridas entre 4 de julho de 2007 e 19 de agosto deste ano. Além disso, todos eles foram encontrados na região conhecida como “fazendinha” com as calças abaixadas e de bruços. As investigações ainda não apontaram nenhum suspeito. Uma varredura nas ligações recebidas pelas vítimas antes de morrerem também não identificou um número em comum, o que leva a polícia a acreditar que o assassino escolhe suas vítimas de forma aleatória, ali na hora.<br />
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Mas essas investigações parecem não estar sendo feitas do modo como deveriam. Mesmo encontrando sêmen em várias vítimas, segundo a Folha, nenhum teste de DNA ainda foi feito e as munições disparadas também não foram analisadas para se saber se partiram da mesma arma. A 500 metros da cena dos assustadores crimes, o 3º Distrito Policial de Carapicuíba alega não ter estrutura para isso e argumenta que possui apenas cinco investigadores para uma população em torno de 100 mil habitantes. A maioria das vítimas é de classe média e média baixa, sendo funcionários públicos, um detetive, um barman e um caminhoneiro.<br />
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<strong>Colegas</strong></p>
<p>Assustados com os constantes assassinatos, quase um por mês, os gays que freqüentam o Patrius de noite à procura de outros gays têm ficado espertos e já combinaram todo um, digamos, código de ação para tentar se proteger. Quando ouvem algum barulho que seja ao menos parecido com um tiro – como fogos de artifício, por exemplo –, correm para as partes iluminadas do local como forma de tentar se proteger do que pode ser mais uma tentativa brutal de assassinato. <br />
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Além disso, se um deles vai acuendar alguém, trata logo de avisar um amigo para que fique alerta a qualquer demora ou movimento suspeitos. Escolher parceiros que já sejam de alguma forma conhecidos é outra estratégia para fugir do homem que a polícia chama de “maníaco do arco-íris”, referência à bandeira do movimento.<br />
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<strong>Não se reprima</strong></p>
<p>A reportagem da Folha ouviu o professor de psicologia da violência da Universidade de São Paulo (USP) Sérgio Kodato para entender a mente de um serial killer de homossexuais e descobriu que o que move as mortes é o velho recalque de desejos sexuais. Na entrevista, o professor declara que “existe, vamos dizer assim, uma questão, um problema, um trauma sexual a ser resolvido na vida desse assassino. No fundo, no delírio dele, ele está fazendo uma espécie de limpeza”.<br />
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Kodato diz ainda que provavelmente o suspeito “esteja querendo eliminar um desejo homossexual que não consegue aceitar nele. Então, projeta esse desejo como se fosse algo pecaminoso, fora de qualquer norma. Para combatê-lo, vai combater no outro. É um mecanismo de projeção: projetar no outro coisas que não consegue aceitar e reconhecer em você”. <br />
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<span style="font-size: 10pt; color: black; font-family: "Verdana","sans-serif";">Fonte: Grupo Astral LGBT de Picos e ABGLT<o:p></o:p></span></p>
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