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SECA
Seca assola plantações na região de Picos e as perdas chegam a 100%
As chuvas que caíram não recuperaram os níveis de água suficientes para o desenvolvimento da lavoura irrigada com a água da Barragem.
Maria Santana - 18/04/2013

 No semiárido piauiense, precisamente na região de Picos, o homem do campo suplica a Deus um pouco de chuva na tentativa de salvar o rebanho, já que a safra de milho, arroz, feijão e mandioca está 100% perdida. De acordo com dados do Sindicato dos Trabalhadores Rurais no município de Picos as perdas nas lavouras foram totais.

Com a previsão de chuvas abaixo da média para a região, o sofrimento do sertanejo tende a piorar e a maior preocupação do agricultor é com a escassez de água para o rebanho. Até a Barragem de Bocaina está quase seca, o açude com capacidade para 106 milhões de metros cúbicos, está operando com apenas 24 milhões.

As chuvas que caíram não recuperaram os níveis de água suficientes para o desenvolvimento da lavoura irrigada com a água da Barragem. A farta água do açude que banhava as propriedades ao longo do Guaribas teve que ser cortada, agora a produção regada, também, está prejudicada e a garantia de renda dessas famílias comprometida.

De acordo com o diretor regional do Departamento Regional de Obras Contra a Seca (Dnocs), José Carvalho, as comportas da barragem foram fechadas por determinação da Agência Nacional de Águas. “A barragem está com água suficiente para o abastecimento humano e animal e temendo a necessidade de usar esse produto, a Agência Nacional de Águas achou por bem interromper a evasão destinada à atividade econômica”.

Os agricultores lamentam as perdas, tanto na lavoura comum quanto na irrigada. “Só temos que rezar e pedir a Deus para mudar nossa situação. Às vezes a gente desanima, já estamos em meados de abril e nada da água cair das nuvens, mas a esperança e a necessidade de continuar na luta fazem com que acreditamos que a qualquer momento Deus pode acabar com nosso sofrimento mandando chuvas. Perdi toda a plantação e temo perder meus animais”, disse emocionada a agricultora Maria do Socorro, da localidade Lagoa dos Félix-Picos.   

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