Esporte
SEMIFINAL
Brasil e Uruguai decidem o primeiro finalista da Copa das Confederações
Uma guerra tipicamente sul-americana, como tantas na história de uma das maiores rivalidades do futebol mundial. Sem gás, lacrimogênio ou pimenta, mas de nervos.
Redação - 26/06/2013

Cercada pela expectativa em relação ao comportamento do torcedor mineiro em meio ao clima de guerra instalado em Belo Horizonte com os protestos, a Seleção Brasileira provou nesta terça-feira um aperitivo do que encontrará a partir das 16h desta quarta, contra o Uruguai. Do lado de dentro do Mineirão, a batalha não terá gás lacrimogênio, mas será preciso nervos de aço para alcançar a final da Copa das Confederações.

O Uruguai fez tudo ao contrário do Brasil, deflagrando uma guerra psicológica. Enquanto Felipão abriu o treino integralmente no Mineirão, Oscar Tabárez armou uma operação de logística para fazer mistério. Exercitou seus jogadores em dois lugares diferentes. Exigiu o Independência, credenciado pela entidade, para trabalhar a portas fechadas. Foi ao Mineirão só por obrigação.

Os jogadores brasileiros são só elogios para o Uruguai. O goleiro Julio César diz que o chute de Forlán é terrível. Todos apontam o trio Suarez-Forlán-Cavani como mortal. Já o capitão do Uruguai, não. Depois de só caminhar de mãos no bolso no gramado do Mineirão com seus companheiros — Diego Perez tomou mate, Cavani ficou o tempo todo no celular — Lugano inflou o peito. Na véspera, dissera que achava ''muito bom o Brasil se achar favorito":

— Nós temos direito de sonhar. Temos futebol para isso. Não se trata de desrespeito ao Brasil, mas de respeito a nossa história.

Ninguém na Seleção falou em favoritismo, mas isso pouco importa numa guerra de nervos. Jornalistas uruguaios falam em um provável Mineirazo, alusão ao Maracanazo de 1950, esquecendo que desde 2001 o Brasil não perde para o Uruguai. Uma tática recorrente toda vez que os dois países se enfrentam, no futebol, no xadrez ou no tiro ao arco. Sobre isso, aliás, Felipão respondeu a um repórter inglês:

— Não tem nada de psicológico neste jogo. Eu mal era nascido (Felipão é de novembro de 1948). E os jogadores, então, nem se fala.

O técnico brasileiro confirmou o time, com Paulinho retornando após ausência por lesão contra a Itália. Já a escalação uruguaia ninguém sabe. A imprensa de Montevidéu aposta que Forlán sai jogando, mas ninguém crava. Será uma Celeste ofensiva, com três atacantes, ou defensiva, apostando no contra-ataque às costas de Marcelo? Enquanto isso, Fred revelou até a estratégia no Mineirão.

— O Felipão pediu marcação agressiva lá na frente. Claro que o tempo todo será impossível, mas o quanto der — revelou Fred, cuja estatística no Mineirão é um assombro: 41 gols em 45 jogos por América-MG, Cruzeiro e Fluminense.

Uma guerra tipicamente sul-americana, como tantas na história de uma das maiores rivalidades do futebol mundial. Sem gás, lacrimogênio ou pimenta, mas de nervos.

Copa das Confederações - Semifinal - 26/6/2013

BRASIL: Julio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar; Hulk, Neymar e Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

URUGUAI: Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Godín e Cáceres; Arévalo Rios, Álvaro González e Cristian Rodriguez; Forlán, Suárez e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez.

16h

Local: Mineirão, em Belo Horizonte.

Arbitragem: Enrique Osses (Chile), auxiliado por Carlos Astroza (Chile) e Sergio Román (Chile)

 

Fonte: Zero Hora esportes

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