Polícia
CALOTE
Estudantes prestam boletins de ocorrência após sofrerem calote
Acredita-se que mais de 50 pessoas tenham sido prejudicadas.
Jesika Mayara - 08/10/2013

Na tarde desta terça-feira (08) dezenas de alunos que haviam realizado suas matriculas em cursos profissionalizantes oferecidos por uma empresa do Ceará procuraram a delegacia regional para registrarem Boletins de Ocorrência. Segundo os alunos o responsável pelas inscrições havia desaparecido com o dinheiro.

Os alunos haviam pago a matricula no valor de R$ 30,00 ao representante da empresa que garantiu que voltaria nesta terça-feira para agendar o inicio das aulas e recolher o dinheiro do material que seria pago pelos discentes, porém após procurá-lo na casa paroquial da paroquia de Nossa Senhora dos Remédios, onde foram realizadas as inscrições os mesmos tiveram a informação que ele não havia aparecido.

Conceição Gonçalves, 40, estava na delegacia regional e afirma que pagou a quantia de R$ 90,00, referente a sua matricula e dois sobrinhos e que por pouco não perdeu mais dinheiro. “Ficou acordado que hoje ele estaria na secretaria da paroquia para pagarmos o valor de R$ 130,00 por meu material. Tomei conhecimento do curso através de anúncios na rádio, me interessei e me matriculei no curso de  segurança do trabalho.”

Conceição afirma ainda que após a matricula entrou no site da empresa e que lá não havia nenhuma foto ou contato de Daniel.

Segundo os alunos o homem que se identificou apenas como Daniel, é jovem, tem a pele clara e aparenta ter 30 anos e por seu sotaque parece ser mineiro.

Eram oferecidos cursos profissionalizantes como estética facial e corporal, cabelereiro, manicure e pedicure, corte e costura, assistente administrativo e financeiro, eletricista com NR 10, auxiliar de dentista, segurança do trabalho, atendente de farmácia, mecânica de motos todos com duração de 04 meses.

Edinalda Dantas afirma que achou estranho o tempo de duração do curso e questionou o responsável pelas inscrições. “Quando disse que quatro meses era muito pouco tempo para aprender algo, visto que as aulas iriam acontecer apenas uma vez na semana durante três horas, ele sorriu e ironicamente disse que eu não deveria me preocupar e a todo tempo afirmava que havia realizado uma parceria com a paroquia por isso as matriculas haviam ficado R$35,00.”

Os cursos foram divulgados por meio de anúncios em rádios e veículos de som, além da distribuição de panfletos em toda a cidade.

Grande parte dos prejudicados que estavam registrando seus Boletins de Ocorrência afirmaram a nossa reportagem que confiaram na empresa por Daniel sempre usar o nome da paroquia quando dizia que o curso, que era uma parceria com a instituição, funcionaria no salão paroquial.

Os funcionários da paroquia  afirmaram que não possuem informações precisas sobre o fato, pois apenas foi cedido ao representante um espaço para a realização das matriculas.

Ainda segundo funcionários o Padre Gregório Leal Lustosa estaria viajando e ao chegar a Picos dará a versão da paroquia.

O nome da empresa não foi divulgado por não saber se Daniel também usou de má fé ao utilizar o nome da mesma.

 

 

 

 

 

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