Um intestino saudável tem grande importância se pensarmos que é o órgão responsável pela absorção dos nutrientes e eliminação de toxina, porém ele pode ser acometido por as mais diferentes enfermidades que em sua maioria são desconhecidas pela população, como por exemplo, as doenças inflamatórias intestinais (DII).

Segundo a médica gastroenterologista e membro titular da Federação Brasileira de Gastroenterologia, Nadjla Andreya Macêdo, as (DII) são uma afecção na qual o intestino se torna vermelho, inchado e com feridas espalhadas por todo o seu prolongamento, podendo ser divididas em dois grupos principais, a Retocolite Ulcerativa (RCU) e a  Doença de Cronh(DC).

“A Doença de Crohn (DC) se caracteriza por uma inflamação que penetra toda a espessura da parede intestinal. Ela pode atacar qualquer parte do aparelho digestório, desde a boca até o ânus. Essa doença não pode ser curada através de cirurgia, pois pode ocorrer novamente em outras partes do trato digestivo.” Explica a médica.

Os sintomas da DC são variados, sendo a dor abdominal, sintoma mais comum, que pode estar associada à diarréia e/ou perda de apetite e perda de peso. Entretanto, alguns pacientes podem não apresentar tais sintomas. Eles podem ir ao médico por causa de febres de origem desconhecida, feridas em torno do ânus, dor ou inchaço nas juntas, anemia, ou baixa taxa de crescimento.

Já a Retocolite Ulcerativa (RCU) é uma doença que ataca o revestimento interno do intestino grosso causando inflamação, ulceração e sangramento. “A enfermidade é restrita exclusivamente ao intestino grosso, algumas vezes a doença pode ser controlada pela remoção de todo o cólon”, afirma a especialista.

“Durante uma crise, pacientes portadores da RCU quase sempre sofrem diarréia com sangue. Este sintoma pode estar associado a cólicas, cansaço, perda de apetite e perda de peso.” Aponta Nadjla.

Qualquer um pode desenvolver as doenças inflamatórias intestinais independente do sexo, raça, ou idade, porém as pessoas que são mais diagnosticadas estão na faixa etária de 15 a 25 e 45 a 55 anos, onde se tem uma incidência de 70% dos casos.

As formas de diagnóstico das (DII) são por meio de exame clínico, colonoscopia, exames radiológicos, como; O trânsito de intestino delgado, tomografia computadorizada, ressonância magnética, estudo anatomopatológico, exames de sangue com provas de atividade inflamatória.

As doenças crônicas as (DII) não podem ser curadas, o que se tem é um controle da mesma por meio de medicamentos e em casos de complicações se faz necessário o procedimento cirúrgico.

Alguns tratamentos para as enfermidades são ofertados pelo governo federal através da Farmácia de Medicamento Excepcionais gratuitamente, essa distribuição é feita através de algum laudo médico e da entrada de um protocolo junto a farmácia.