Polícia
CRIME BÁRBARO
Mulher confessa ter assassinado neta recém-nascida em Padre Marcos e é transferida para o presídio
A dona de casa Maria Valdeni da Silva Alencar confessou à Polícia ter assassinado a própria neta antes de enterrá-la no quintal da casa onde mora, na cidade de Padre Marcos
CidadesnaNet - 23/11/2013

A dona de casa Maria Valdeni da Silva Alencar confessou à Polícia ter assassinado a própria neta antes de enterrá-la no quintal da casa onde mora, na cidade de Padre Marcos, a 384 km ao sul de Teresina. A informação foi repassada com exclusividade ao portal Cidades na Net pelo delegado de Polícia Civil, Dr. Antônio Nilton, que investiga o caso.
 
A mulher havia sido presa em flagrante na tarde de ontem, por ter ocultado o cadáver da recém-nascida. Nesta sexta-feira (22) o caso foi informado à Justiça. Diante das evidências, a juíza da Comarca de Padre Marcos, Maria do Socorro Rocha Cipriano, converteu a prisão de flagrante para preventiva. A magistrada determinou ainda a transferência da acusada para a Penitenciária Feminina da cidade de Picos.
 
Valdeni deixou a cela da Unidade de Polícia de Padre Marcos por volta das 16h, em uma viatura da Civil, com o apoio da Polícia Militar. Em Jaicós, ela foi submetida ao exame de corpo e delito, no Hospital Florisa, e em seguida levada para Picos.
 
A menor
Segundo informou o delegado, a menor E. da S. A., de 14 anos, mãe da criança morta,  vai responder a um procedimento policial - auto de investigação - em liberdade. “Ela também poderá responder pelo crime de ocultação de cadáver”, acrescentou Nilton.
 
A Declaração de Nascido Vivo, documento de identidade provisória expedido pelo Hospital Regional Justino Luz, revela que a criança assassinada pela avó era do sexo feminino, tinha, aproximadamente, nove meses, media 48 cm e pesava 3,1 kg.
 
Sobre a paternidade da criança, o delegado preferiu não se pronunciar. “Eu não posso falar nada. Seria necessário uma prova técnica, e nós ainda não dispomos dessa informação”, disse. A Polícia, porém, já tem a informação de quem seria o suposto pai. “Ela já falou que é o suposto pai, mas eu não posso falar sobre isso”, acrescentando apenas que o caso será investigado.
 
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Agricultor diz que não sabia da gravidez e que a neta tinha sido enterrada no quintal
 
 
O agricultor Edimar Augustinho, avô do recém nascido enterrado no quintal de uma residência na cidade de Padre Marcos, declarou a reportagem do portal Cidades na Net, que não sabia que sua filha estava grávida.
 
O caso foi revelado nesta quinta-feira (21), após a informação chegar ao Conselho Tutelar do município de Padre Marcos. A adolescente E. da S. A., de 14 anos, teve o filho em um parto normal na última sexta-feira (15), no Hospital Regional de Picos, após 8 meses de gravidez.
 
Segundo o agricultor, a gravidez da menor foi escondida pela sua esposa, a dona de casa Maria Valdeni da Silva Alencar, que está presa. A menor usava cintas e modelos de roupas que escondiam a barriga. Quando questionada sobre as mudanças físicas no corpo da adolescente, a mulher afirmava que a mesma estava doente e negava gravidez.
 
Um dia antes do nascimento da criança, a dona de casa acusou o marido de violência doméstica. O homem chegou a ser preso pela Polícia Militar com base na lei Maria da Penha. Com a descoberta do caso, acredita-se agora que o objetivo da mulher seria afastar o marido da casa onde moravam, para esconder a criança após o parto.
 
o agricultor foi liberado e está residindo na casa dos pais, na mesma cidade. Ele disse que só ficou sabendo dos rumores ontem pela manhã, quando saia para trabalhar. Ao meio dia, quando retornou para almoçar, foi informado da tragédia que chocou a população da cidade.
 
A esposa, Maria Valdeni da Silva Alencar, foi presa em flagrante por ocultação de cadáver e está sendo investigada por uma possível participação na morte do recém nascido. "A mãe da jovem disse que a neta morreu no sábado, mas depois confessou que matou a criança, porque a filha tinha vergonha de ter engravidado. ", disse o delegado.
 
O resultado apontará como a criança foi morta. Não acreditamos em morte natural pois dados do hospital apontam que a menina nasceu saudável. As causas da morte serão reveladas no prazo mínimo de 10 dias", finaliza o Delegado Regional de Jaicós. 
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