Polícia
CRIME BÁRBARO
IML confirma que criança foi morta por estrangulamento em Padre Marcos
O corpo foi exumado e enviado para exame no Instituto Médico Legal de Teresina, onde foi constatado que a causa da morte foi por estrangulamento, encerrando com os rumores de que Maria Valdeni da Silva Alencar teria enterrado a própria neta ainda com vida.
Lana Krisna - 29/11/2013

Um caso bárbaro chocou a população do município de Padre Marcos, localizado na região centro-sul do estado do Piauí. O assassinato de uma recém-nascida com ocultação de cadáver foi descoberto pela polícia no dia 21 de novembro, ocasionando a prisão da senhora Maria Valdeni da Silva Alencar, identificada como avó da criança.
 
De acordo com Dr. Antônio Nilton, delegado da Polícia Civil que responde pelo município de Padre Marcos, uma denúncia anônima teria levado a polícia até a residência da família, descobrindo o corpo da criança enterrado no quintal já em estado avançado de decomposição.
 
O corpo foi exumado e enviado para exame no Instituto Médico Legal de Teresina, onde foi constatado que a causa da morte foi por estrangulamento, encerrando com os rumores de que Maria Valdeni da Silva Alencar teria enterrado a própria neta ainda com vida.
 
Entenda o caso:
Para ocultar a gravidez da própria filha, a menor E. da S. A., de 14 anos, Maria Valdeni da Silva Alencar fazia com que a menor usasse cintas modeladoras e roupas que ajudassem a esconder a gravidez. Mesmo levantando suspeitas nas pessoas mais próximas quanto às mudanças no corpo da adolescente, Maria Valdeni negava gravidez e afirmava que a filha estava doente. A adolescente continuou frequentando normalmente o ambiente escolar durante os 8 meses de gestação.
 
Um dia antes do parto, a acusada denunciou o próprio marido por agressão doméstica, o agricultor chegou a ser preso pela Polícia Militar com base na lei Maria da Penha. De acordo com o delegado Antônio Nilton, não foi confirmado se a denúncia foi uma estratégia para afastar o esposo da residência, mas em depoimento o agricultor afirmou não ter conhecimento sobre a gravidez da filha e que só ficou sabendo sobre o ocorrido no dia seguinte após a polícia encontrar o corpo no quintal da residência, pois após sair da prisão teria se mudado para a casa dos pais em Padre Marcos. 
 
O parto da menor aconteceu no dia 15 de novembro no Hospital Regional Justino Luz, em Picos. De acordo com informações da Polícia Militar, a mãe teria fretado um carro para se deslocar com a filha grávida até a cidade de Picos. Numa primeira versão informou à polícia que a criança nasceu prematura, vindo a falecer no dia 16 já na cidade de Padre Marcos, no entanto, a polícia constatou que Maria Valdeni estaria mentindo tendo em vista o laudo do Hospital Regional, onde afirmava que a criança havia nascido após 34 semanas de gestação, de parto normal, pesando 3,1 kg, com 48 cm e em condições saudável.  
 
Em depoimento a menor afirmou que não chegou a pegar a própria filha no colo e também falou sobre a paternidade da criança. O delegado ainda acrescentou que Maria Valdeni confessou o crime, sendo transferida para a Penitenciária Feminina de Picos no dia 22 de novembro. "A mãe da jovem disse que a neta morreu no sábado, mas depois confessou que matou a criança, porque a filha tinha vergonha de ter engravidado”, afirmou o delegado.
 
O corpo da recém-nascida retornou de Teresina no dia 23 de novembro, sendo sepultado na cidade de Padre Marcos. Após a prisão da mãe, a menor encontra-se aos cuidados da avó materna no município.
 
A equipe do Jornal O Povo tentou falar com Maria Valdeni na Penitenciária, mas esta se negou a conceder entrevistas. Na oportunidade foi informado que a família da acusada teria providenciado um advogado, mas até o fechamento desta edição ele ainda não havia visitado a prisão. 
Com informações do Cidadesnanet
Facebook
Publicidade