Passado o flagrante e após procurar a delegacia regional para se apresentar com intuito de responder o processo em liberdade, Martim Borges da Silva foi surpreendido na tarde desta sexta-feira (06) ao descobrir que já havia um mandato de prisão expedido contra ele. O acusado é o autor do tiro que tirou a vida do garoto Isaac José de Sousa Luz, de oito anos de idade, na última segunda, no bairro Pedrinhas.

Segundo o delegado regional, Madson Oliveira, Martim alegou que o disparo foi acidental, porém após o caso a policia buscou junto com a juíza da comarca de Picos Nilcimar Monteiro a prisão preventiva do acusado.

“Ele não sabia que havia o mandato de prisão preventiva ele. Após se apresentar foi ouvido e relatou em seu depoimento que por medo de represaria da família após o disparo fugiu para o Centro do município onde viajou para a cidade de Timom (MA) e veio para a cidade de Jaicós onde se encontrava foragida”, afirmou o delegado.

Ainda segundo Madson, o acusado afirmou que comprou a arma ainda na segunda- feira por R$ 700 a uma pessoa não identificada que segundo ele mora na cidade de Inhuma já a munição calibre 38 foi comprada a um cigano e ao chegar em casa no momento em que estava limpando a arma  a mesma disparou no momento em que estava sendo fechada. “Ele relatou que fugiu da cena do crime por medo de represaria da família da criança”, disse.

Segundo o advogado da família, Maicon Luz, após ser procurado pela família a mesma prestou depoimento e a partir disso o delegado buscou o mandato de prisão do acusado.

“O delegado e alguns policiais já estiveram no local, mas essa semana será realizada a reconstituição do crime para esclarecer como foi feito o disparo. Porém uma coisa precisa ser dita ele não se entregou ele veio em busca de responder o processo em liberdade”, relatou o advogado.

Familiares de Isaac estiveram presentes na delegacia muito abalados os mesmos clamavam por justiça. Segundo Ronilton Cesar de Sousa e Francisca Maria da Luz, pais da criança, esperam que a justiça seja feita para que o mesmo não destrua outras famílias.

“O que eu estou passando eu não quero que nenhuma outra mãe passe o meu filho não volta mais, ele tirou o meu filho dos meus braços ele o matou covardemente, eu só quero justiça.” Relatou emocionada a mãe.

Após o acusado ser levado a penitenciária José de Deus Barros onde se encontra detido a  polícia tem 10 dias para concluir o inquérito.