Salário será reajustado de R$ 415 para R$ 465 e valerá no país a partir de 1º de fevereiro
<div align="justify">O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu manter o reajuste do salário mínimo após uma reunião com representantes de seis centrais sindicais do país. Depois de uma reunião de três horas, o presidente aceitou manter a atualização do mínimo em 5,7% de aumento real (descontada a inflação), o que elevará o pagamento dos atuais R$ 415 para R$ 465 a partir de 1º de fevereiro.</div>
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<div align="justify">O presidente se encontrou com os sindicalistas para discutir medidas que evitem demissões por conta da crise. Na reunião, Lula se mostrou surpreso com os números do desemprego no país registrados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta segunda-feira (19).</div>
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<div align="justify">O Caged registrou o fechamento de 654 mil postos de trabalho em dezembro, mais que o dobro da média registrada para o mês e o pior resultado desde 1999 --início da série histórica do cadastro.</div>
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<div align="justify">"O presidente Lula não esperava um número tão alto. Ele se mostrou muito assustado", disse José Gabriel dos Santos, diretor da área industrial da NCTB (Nova Central de Trabalhadores do Brasil).</div>
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<div align="justify">De acordo com os líderes sindicais, Lula disse que deve anunciar nos próximos dias um novo pacote de medidas de isenção fiscal para o setor de construção civil, um dos que mais emprega no país.</div>
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<div align="justify">Os detalhes desse pacote não foram revelados pelo presidente durante a reunião, mas Lula disse considerar o setor estratégico para conter a onda de demissões devido a crise financeira internacional.</div>
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<div align="justify"><strong>Manutenção de empregos</strong></div>
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<div align="justify">Os sindicalistas voltaram a cobrar do governo um compromisso de manutenção dos empregos por parte das empresas que recebem financiamento público e benefícios fiscais.</div>
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<div align="justify">O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, já afirmou que as empresas não podem usar a crise econômica mundial para demitir e que não haverá mais liberação de recursos para empresas sem garantia de emprego.</div>
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<div align="justify">Lupi reiterou que as empresas que não derem garantia de que irão manter o emprego dos trabalhadores não terão mais acesso a empréstimos com novos recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).</div>
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<div align="justify">Fonte: Folha Online</div>