Saúde
Parkinson
Após os 60 anos 1% dos idosos desenvolvem o Mal de Parkison
Apesar dos avanços na medicina ainda não se sabe o porquê da destruição dessas células”, afirmou o neurologista Elton Bezerra.
Jesika Mayara - 24/12/2014

Parkinson é uma doença progressiva do sistema neurológico que afeta principalmente o cérebro. É um dos principais e mais comuns distúrbios nervosos da terceira idade e é caracterizado, principalmente, por prejudicar a coordenação motora e provocar tremores e dificuldades para caminhar e se movimentar.

“As células nervosas usam uma substância química do cérebro chamada dopamina para ajudar a controlar os movimentos musculares. O Parkinson ocorre quando as células nervosas do cérebro que produzem dopamina são destruídas lenta e progressivamente. Apesar dos avanços na medicina ainda não se sabe o porquê da destruição dessas células”, afirmou o neurologista Elton Bezerra.

O Mal de Parkinson apresenta tremores bastante característicos, que afetam apenas um lado do corpo, pois os núcleos não degeneram dos dois lados e o grau de perda de funções causada pela doença pode variar dependendo do caso. Diminuição dos movimentos automáticos, comprometimento do equilíbrio e da locomoção, movimentos diminuídos e perda da mobilidade fina, são os principais sintomas da doença.

Alguns fatores podem ser considerados de risco para o desenvolvimento do Parkison como explicou Elton. “Esses fatores ainda não estão muito bem compreendidos, porém, se a família possui hereditariedade pode aumentar o risco de se desenvolver a doença, mas o que se sabe é que após os 60 anos 1% dos idosos desenvolvem o Mal de Parkison.”

O diagnostico da doença é clinico, ou seja, o paciente vai a um neurologista e baseado nos sintomas e em uma tomografia se pode chegar à definição da mesma.

Não existe cura para a doença, porém existe o tratamento para aliviar os sintomas e proporcionar uma melhor qualidade de vida, o mesmo é realizado através das formas medicamentosa e cirúrgica. As medicações buscam aumentar os níveis de dopamina no sistema extrapiramidal.

“Não havendo sucesso na terapêutica medicamentosa o tratamento pode ser cirúrgico. Nele é realizado que pode ser feito de duas maneiras: uma é o que chamamos estereotaxia, que é feita através de uma lesão microscópica em uma região do cérebro para alívio dos sintomas. Outro procedimento é chamado estimulação cerebral profunda que se faz através da colocação de eletrodos que vão emitir sinais elétricos para a região do cérebro responsável pelo controle dos sintomas motores e isto ajuda aquela região funcionar melhor”, disse Elton.

Se não for tratada, a doença piora até a pessoa se tornar completamente inválida. O Parkinson pode levar à deterioração de todas as funções cerebrais e à morte prematura.

 

 

 

 

 

 

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