A trombose ocorre quando um coágulo se forma dentro das veias e artérias do nosso corpo e bloqueiam a passagem do sangue. A mais comum é a Trombose Venosa Profunda (TVP), condição conhecida popularmente apenas por trombose, é a formação de um coágulo sanguíneo (trombo) em uma ou mais veias localizadas em qualquer parte do corpo, porém os membros inferiores, geralmente as pernas, estão mais susceptíveis a desenvolver a doença.

As causas para o desenvolvimento da trombose podem ser decorrentes da  estase venosa ( lentidão no fluxo do  sangue na veia), lesão endotelial da camada interna da veia (provocada por algum tipo de trauma físico), ou estados de hiper-coaguabilidade (deficiência em algum componente sanguíneo).

Segundo o cirurgião vascular, José Almeida, pessoas sedentárias, obesas, que tenham predisposição familiar ou problemas circulatórios, grávidas, fumantes e idosos tem maior probabilidade de desenvolver a doença.

“Pessoas que tenham varizes, por exemplo, já tem as veias mais tortuosas o que faz com que a passagem do sangue seja mais lenta também tem predisposição para desenvolver a doença, que em 90% dos casos atingem as veias das pernas que são mais forçadas”, disse o cirurgião.

Os sintomas da doença na maioria dois casos são silenciosos, porém, podem despertar alguns sinais como dor nas pernas, sensação de queimação na região afetada, mudanças na tonalidade da região afetada pela doença podendo ficar vermelha ou azul, além de inchaço.

Quando a trombose afeta outras partes do corpo os sintomas são diferentes como na cabeça, por exemplo, o paciente apresentará algum distúrbio neurológico.

“O fator mais agravante da doença é que o trombo formado na parte inferior do corpo, se não tratado, pode migrar pra o pulmão e lá obstruir a artéria pulmonar e a pessoa ter parada respiratória, o que chamamos de embolia pulmonar, que pode levar a morte e deixa sequelas”, disse José Almeida.

Para diagnosticar a doença o profissional de saúde realiza algumas perguntas sobre os sintomas e exames físicos, além disso, é realizado um ultrassom doppler venoso que mostra se a veia está ocluída.

O tratamento é baseado na ingestão remédios anticoagulantes por um período de três a seis meses, elevação do membro afetado com o intuito de diminuir o inchaço o mais rápido possível e utilizar meias elásticas.

“Quando mais rápida diagnosticada a doença, mais rápido o tratamento e menor será o número de sequelas, do contrário, a veia obstruída pelo trombo poderá ser danificada formando edemas crônicos, varizes, ulceras venosas. Após o tratamento o trombo pode desaparecer totalmente, parcialmente ou estagnar”, afirmou o médico.

Pessoas que se enquadrem nos fatores de risco devem buscar a prevenção como realizar consultas medicas regulares, praticar exercícios físicos, evitar permanecer muito tempo sem movimentar o corpo, não fumar, manter um dieta saudável, entre outros cuidados.