Geral
Eleições 2008
Você conhece Rose do Rock e Seu Madruga?
Rose do Rock aproveita fama entre roqueiros e Seu Madruga aposta na semelhança com personagem do seriado Chaves.
Carolina da Gama - 16/09/2008

<div align="justify">Com pouco tempo na propaganda eleitoral gratuita, alguns candidatos apelam a nomes bizarros ou de personalidades famosas para chamar a aten&ccedil;&atilde;o dos eleitores. Em S&atilde;o Paulo, por exemplo, candidataram-se a uma vaga na C&acirc;mara dos Vereadores: Tim Maia, Pell&egrave;, Seu Madruga e, at&eacute;, a Lacraia. J&aacute; Belo Horizonte pode eleger como vereador Tomaz Rola Bosta, um homem orgulhoso o suficiente da desentupidora que fundou para adotar o nome dela como apelido eleitoral. Os candidatos &agrave; C&acirc;mara paulistana tamb&eacute;m n&atilde;o economizam na criatividade. S&atilde;o bons exemplos disso: Rose do Rock (PC do B), Kid Bengala (PPS), Jo&atilde;o do Gesso (PRTB) e Billy Jackson (PRTB).</div> <div align="justify"> <p>Para adotar os nomes de personalidades, alguns candidatos aproveitam-se da semelhan&ccedil;a f&iacute;sica com elas, como &eacute; o caso do petista Professor Adalberto, que aparecer&aacute; nas urnas como Professor Adalberto-Tim Maia, e de Ant&ocirc;nio Nicanor Ribeiro, do PR, s&oacute;sia do ex-jogador Pel&eacute;, e que se candidatou como Pell&egrave;, assim mesmo, com dois &quot;eles&quot; e acento grave. A semelhan&ccedil;a com o personagem do seriado Chaves tamb&eacute;m foi a inspira&ccedil;&atilde;o para Jonas Fontoura Santana (PRP), que concorre &agrave; sua s&eacute;tima elei&ccedil;&atilde;o, candidatar-se como Seu Madruga.</p> </div> <div align="justify"> <p>Segundo Adalberto-Tim Maia, o apelido, que recebeu por causa de seu porte f&iacute;sico, o acompanha desde os anos 80. O &quot;Tim Maia&quot; foi mantido at&eacute; durante os quatro anos em que ocupou o cargo de subprefeito de S&atilde;o Miguel Paulista. &quot;Sou contra aqueles que usam nomes de artistas para enganar o eleitor. Eu n&atilde;o fa&ccedil;o isso. Quem vota em mim vota no Professor Adalberto, e n&atilde;o no cantor&quot;, garantiu o candidato &agrave; VEJA.com. J&aacute; Marco Aur&eacute;lio de Barros (PTB) candidatou-se como Lacraia, mas prefere esconder do eleitor que se trata de um s&oacute;sia, e n&atilde;o do dan&ccedil;arino de funk carioca Marco Aur&eacute;lio Silva da Rosa, que faz dupla com MC Serginho.</p> </div> <div align="justify">Como o lema &quot;heavy metal tamb&eacute;m &eacute; cultura&quot;, a candidata Rosa Maria da Silva decidiu lan&ccedil;ar candidatura para, segundo ela pr&oacute;pria, lutar em prol da cultura, uma &aacute;rea que considera pouco explorada no discurso de seus concorrentes. A candidata preferiu adotar o nome Rose do Rock para aproveitar a &quot;fama&quot; que possui entre os roqueiros &ndash; seu marido trabalha h&aacute; 20 anos na Galeria do Rock, em S&atilde;o Paulo. &quot;Minha candidatura n&atilde;o &eacute; voltada s&oacute; para quem gosta de rock, ela engloba os que se interessam por m&uacute;sica e arte&quot;, explicou a candidata &agrave; VEJA.com.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>Lei &ndash;</strong> A legisla&ccedil;&atilde;o eleitoral n&atilde;o impede que se registre uma candidatura sob um nome que pertence a outra pessoa, desde que o candidato prove que ele &eacute;, de fato, conhecido pelo apelido. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o nome que aparece na urna deve ter, no m&aacute;ximo, 30 caracteres e n&atilde;o pode ser rid&iacute;culo ou irreverente.&nbsp;&nbsp;</div> <div align="justify"> <p>Ainda assim, os ju&iacute;zes dos Tribunais Regionais Eleitorais deferiram as candidaturas de nomes como o mineiro Rola Bosta e dos cearenses Adriely Fatal, Airton Motoboy - O irm&atilde;o, Bode Z&eacute;, Coleguinha, Bozoka, Gostosinho, Loura 2008, al&eacute;m dos candidatos de Teresina: V&eacute;ia, Carne Assada, Pirulito e P&eacute; Quente.</p> <p><strong>Democracia &ndash;</strong> Para o cientista pol&iacute;tico Jairo Nicolau, esses candidatos s&atilde;o um &quot;efeito colateral&quot; da democracia. &quot;O problema &eacute; que o formato do hor&aacute;rio eleitoral gratuito estimula a bizarrice&quot;, afirmou Nicolau &agrave; VEJA.com.</p> </div> <div align="justify">Segundo ele, o pouco tempo a que os candidatos t&ecirc;m direito, al&eacute;m de estimular a criatividade dos que n&atilde;o medem esfor&ccedil;os para chamar aten&ccedil;&atilde;o, torna o hor&aacute;rio ineficiente para auxiliar o eleitor em sua escolha. Apesar disso, ele acredita que tais candidatos s&oacute; servem mesmo para divertir, e que os eleitos, geralmente, s&atilde;o os que possuem mais qualidade.</div> <div align="justify"> <p>Corrobora a afirma&ccedil;&atilde;o de Nicolau, o fato de Pell&egrave; ter conseguido apenas 600 votos em 2004, ano de sua primeira candidatura, e de Seu Madruga j&aacute; ter disputado seis elei&ccedil;&otilde;es sem sucesso. Al&eacute;m disso, nas &uacute;ltimas elei&ccedil;&otilde;es para deputado federal e estadual, em 2006, nomes como Super Zefa, Super Moura, Darci Chutando o Balde e Gilberto Broch&atilde;o n&atilde;o conseguiram ocupar uma vaga no Legislativo brasileiro.</p> <p>Veja.com</p> </div> <p>&nbsp;</p> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;</div>
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