Jacinto Teles afirmou que a superlotação da Penitenciária Regional de Oeiras e da delegacia regional do município está criando uma situação de difícil solução
<p align="justify">O presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores Penitenciários do Estado do Piauí – Sinpoljuspi, Jacinto Teles afirmou que a superlotação da Penitenciária Regional de Oeiras e da delegacia regional daquele município está criando uma situação de difícil solução naquela cidade. A delegacia abriga atualmente 18 presos provisórios, ou seja, o dobro de sua capacidade, mas não pode transferi-los para a penitenciária, porque também está com mais detentos do que o permitido, pois tem capacidade para custodiar 30 detentos e conta com 45.</p>
<p align="justify">Recentemente a delegada regional de Oeiras, Janaína Nobre, solicitou ao Juiz de Execução Penal Edson Rogério que autorize a transferência dos detentos da penitenciária, para que esta possa receber os presos da delegacia, mas até ontem a decisão ainda não havia sido tomada.</p>
<p align="justify">Jacinto Teles afirmou que a situação em Oeiras não é localizada. “Em todo o Piauí, as penitenciárias estão lotadas, assim como nos distritos e o governo não constrói novos estabelecimentos penais”, critica o sindicalista.</p>
<p align="justify">Em maio do ano passado, Jacinto e o diretor de Defesa de Classe do sindicato, Osvaldo Neves, constataram as precárias condições em que se encontram a delegacia e a penitenciária de Oeiras.</p>
<p align="justify">Para ter acesso à Penitenciária Regional de Oeiras, por exemplo, o visitante é obrigado a passar pela delegacia, já que as duas ficam no mesmo prédio, contrariando totalmente as normas do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, que proíbe que fiquem no mesmo lugar. O conselho é o órgão ligado ao Ministério da Justiça que regulamenta as normas de construção e reforma dos estabelecimentos penais.</p>
<div align="justify">
<p>Além disso, nem a penitenciária nem a delegacia possuem alojamento para os agentes penitenciários nem para os policiais civis. A guarita que abriga os policiais militares é totalmente insegura inadequada, pois é feita apenas com armação de ferro, em vez de concreto.</p>
<p>Diário do Povo</p>
</div>