Diretora do H.R.J.L de Picos fala sobre denúncia de falta de anestesistas e ortopedistas
Valdecir Leite, confirma a deficiência e diz que a culpa não é do hospital e sim da falta de profissionais.
<div align="justify">Após inúmeras denúncias de que o Hospital de referência da cidade de Picos não possui médicos anestesistas e ortopedistas as segundas e quartas-feiras, a diretora do HRJL, Valdecir Leite, confirma a deficiência e diz que a culpa não é do hospital e sim da falta de profissionais.</div>
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<div align="justify">“Com referência a essas denúncias, elas são verdadeiras. Sobre os anestesistas, nós temos três profissionais para a cidade de Picos. Todos os dias nós temos esses profissionais na escala do hospital e mesmo que nós tenhamos algum prejuízo por isso, temos que ser compreensivos, não só eu, mas também a população, de que nós temos que abrir mão desses profissionais algumas vezes porque se nós só temos três anestesistas na cidade inteira, eu vou ter que conceder espaço para um outro hospital quando precisar dele,” diz a diretora.</div>
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<div align="justify">Quanto ao ortopedista, Valdecir Leite diz que não pode fazer milagre por que esse profissional já foi solicitado em outras cidades e até na capital, mas não foi possível contratar.</div>
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<div align="justify">Valdecir informa que mesmo com essas dificuldades, o Hospital Regional Justino Luz ainda é o que apresenta maior potencial de resolução dos problemas de ortopedia em todo o Estado, chegando a fazer até 128 cirurgias mensais de baixa complexidade, onde os pacientes esperam apenas 8 ou 10 dias para realizar a cirurgia.</div>
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<div align="justify">“O governo do Estado sabe, o secretário estadual de saúde sabe, mas os médicos ao tempo em que prestam serviço público, são também autônomos e quando esses passam em algum concurso público sempre escolhem grandes centros”, informa Valdecir.</div>
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<div align="justify">O Hospital Regional Justino Luz chega a realizar pelo menos 8.500 atendimentos mensais e desses, pelos menos 300 são atendimentos cirúrgicos atendendo a toda a população da macroregião de Picos, já que esse é o hospital de referência da região.</div>
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<div align="justify">“Se de 200 casos que são atendidos vindos de outros municípios, apenas 20 são casos de internação, isso significa que não estamos realizando urgência e emergência, mas sim atenção básica, o que é dever dos PSF’s dessas cidades”, denuncia a diretora.</div>
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<div align="justify">As verbas destinadas ao hospital fora reduzidas, segundo Valdecir. O hospital recebia do Governo do Estado cerca de R$ 600.000,00 e agora recebe apenas R$ 570.000,00, chegando a R$ 290.000,00. O restante foi dividido para outros hospitais da cidade.</div>
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<div align="justify">“Existem municípios que possuem médicos atendendo uma vez na semana e apenas por duas horas. Resultado: esse paciente, onde a verba está lá no município dele, vem ser atendido no Regional. O recurso ficou lá e o atendimento caiu para o Hospital Regional Justino Luz.”</div>
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<div align="justify">Como exemplo, a diretora cita a própria cidade de Picos, onde o Regional chega a registrar 3 mil casos mensais de atendimentos que seriam de responsabilidade da atenção básica do município.</div>
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<div align="justify">Mesmo com essas dificuldades, a diretora ressalta que recentemente foram feitas algumas reformas na parte física do prédio que abriga o Hospital Regional Justino Luz.</div>
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<div align="justify">Foi feita a reestruturação da parte física, hidráulica e elétrica do prédio, além da parte externa já ter sido pintada por duas vezes durante a atual gestão e a interna tem sido feita aos poucos devido ao grande número de pessoas que transitam diariamente do hospital. O centro de ortopedia foi retirado da urgência e emergência e foi levado para a lateral do hospital, já que a ortopedia necessita de mais espaço devido às cadeiras de rodas, moletas e macas.</div>
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<div align="justify">A semi-intensiva “José Antenor de Castro Neiva” com seis leitos foi inaugurada no último dia 08 de janeiro com recursos estaduais e do próprio hospital. O nome da mesma é uma homenagem ao médico José Antenor de Castro Neiva, que foi gestor do hospital por alguns anos. “Alguns casos de maior complexidade, como fraturas cranianas, ainda são levados à Teresina pela carência de médicos neurocirurgiões”, diz Valdecir. </div>
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<p>O próximo passo, segundo Valdecir, é a recuperação da urgência, emergência e corredores e a criação do berçário intermediário, que funcionaria como uma UTI neonatal.</p>
<p>Cidadeverde.com</p>
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