Dados do Ministério da Saúde revelam números alarmantes no Piauí quanto se fala em mortalidade infantil. Segundo o MS, entre 2000 e 2007
<div align="justify">Dados do Ministério da Saúde revelam números alarmantes no Piauí quanto se fala em mortalidade infantil. Segundo o MS, entre 2000 e 2007 morreram 9.354 crianças menores de um ano de idade. O maior número de ocorrências foi verificado na capital, Teresina (2.391 óbitos), Parnaíba (291), Picos (231), Piripiri (207) e Barras (171).</div>
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<div align="justify">Para tentar reverter essa realidade foi criado um pacto entre os estados do Nordeste e o ministério. Batizado de Pacto pela Redução das Desigualdades, a iniciativa alcançará 24 municípios no Piauí eleitos prioritários. São eles: Teresina, Parnaíba, Picos, Piripiri, Barras, Esperantina, Miguel Alves, Pedro II, União, Altos, Piracuruca, Bom Jesus, José de Freitas, Cocal, Castelo do Piauí, Batalha, Luzilândia, Floriano, Corrente, São João do Piauí, São Raimundo Nonato, Valença do Piauí, Oeiras e Paulistana.</div>
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<div align="justify">A meta do MS é diminuir, no mínimo, em 5% ao ano a mortalidade infantil. O critério de seleção dos municípios levou em conta o total de óbitos em número absolutos em cada um deles. De acordo com a área técnica do ministério, a meta é evitar em números absolutos a morte de bebês. Até o fim deste ano, o ministério deverá investir R$ 20 milhões para impedir que morram pelo menos 1.168 crianças com até 27 dias de nascidas e cerca de 1.700 com menos de um ano de idade.</div>
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<div align="justify">A maioria das mortes de recém-nascidos ocorre por causas evitáveis, entre elas falta de atenção adequada à mulher durante a gestão, no parto e também ao feto e ao bebê. Além desses fatores, a mortalidade infantil também está associada à educação, ao padrão de renda familiar, ao acesso aos serviços de saúde, à oferta água tratada e esgoto e ao grau de informação das mães. Essa constatação orientou toda a estratégia do Ministério da Saúde, construída em parceria com as secretarias estaduais de saúde, em encontro que durou uma semana, no início de março, em Brasília.</div>
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<div align="justify">O plano traçado para reduzir a mortalidade infantil no Nordeste tem seis eixos de ações: qualificação da atenção pré-natal, ao parto e ao recém-nascido; formação de recursos humanos; gestão do trabalho, gestão da informação; vigilância do óbito infantil e neonatal e fortalecimento do controle social, mobilização social e comunicação.</div>
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<div align="justify">Para qualificar a atenção ao pré-natal, ao parto e ao recém-nascido, a região contará com mais 301 equipes de Saúde da Família, que passarão de 4.430 para 4.731. Também haverá aumento do número de Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), que passará de 100 para 599 na região. O Piauí receberá 53 NASF, elevando para 58 o total de núcleos existentes.</div>
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<div align="justify">O que ganha o Piauí</div>
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<div align="justify">- Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) ? De 5 para 58 núcleos</div>
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<div align="justify">- Leitos de UTI ? Passa de 14 para 36 a oferta de leitos</div>
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<div align="justify">- Leitos de UCI ? A oferta passa 45 para 99 leitos</div>
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<div align="justify">- Mais leitos de UTI e cobertura de 100% do Samu</div>
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<div align="justify">Junto com o reforço à atenção básica, o Nordeste terá 357 novos leitos de unidade de terapia intensiva, elevando a oferta atual de 568 para 925. Deste total, o Piauí receberá 22 novos leitos de UTI, ampliando sua oferta para 36. Aumentará também o número de leitos das unidades de cuidados intermediários, que passará de 45 para 54, totalizando 99 UCIs.</div>
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<div align="justify">Os 192 municípios prioritários do Nordeste contarão com cobertura de 100% do Serviço Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Atualmente, o Samu cobre 53% da população brasileira, estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 193 milhões de pessoas. Com o pacto para acelerar a redução das desigualdades, a meta é ampliar essa cobertura para 75% da população brasileira — 144,7 milhões — até 2010, assegurando às gestantes e aos recém-nascidos, por meio da Central da Regulação Médica, acesso a esse serviço com melhor nível de atenção e transporte qualificado.</div>
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<div align="justify">Para atender em 100% a demanda por leite humano para os bebês nascidos com menos de 1,5 quilo nos 192 municípios prioritários, o Nordeste contará com 24 novos bancos de leite humano. Hoje, a oferta cobre apenas 58% da necessidade regional. Haverá também aumento do número de hospitais Amigo da Criança. Serão credenciados 50 hospitais que realizam mais de mil partos nos municípios prioritários, o que elevará para 102 o número de unidades com essa classificação.</div>
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<div align="justify">Mais 70 hospitais serão integrados à Rede Norte-Nordeste de Saúde Perinatal, elevando de 33 para 103 o número de maternidades credenciadas com mais de mil partos nos municípios prioritários. A rede conta com a participação de universidades das duas regiões que, por meio de consultoria não remunerada, vão realizar diagnósticos, apoiar e implementar protocolos técnico-científicos, qualificar profissionais de saúde, que atuam na atenção à parturiente e aos recém-nascidos, e os gestores das principais maternidades e unidades neonatais de médio e alto risco.</div>
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<div align="justify">Números - Entre 2000 e 2007, o Nordeste registrou 161.848 mortes de crianças menores de um ano de idade. Na soma do número de óbitos infantis registrados no Nordeste e na Amazônia Legal, a região nordestina detém 80% do total. Na comparação com o restante do Brasil, as duas regiões concentram 25% do total nacional de mortes de bebês menores de um ano de idade. Capitais como Salvador, Fortaleza, Recife, Maceió, São Luís, Teresina, Natal e Aracaju estão no topo do ranking entre os 192 municípios eleitos prioritários no Nordeste pelo elevado número de óbitos infantis.</div>
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<div align="justify">Com informações da Agência Saúde</div>
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