Nacionais
TECNOLOGIA
Depósitos bancários: adeus envelopes
O mecanismo promete dar fim aos envelopes utilizados nos depósitos bancários, diminuir os custos e economizar tempo
Thiago Borges - 15/04/2009

<div align="justify">Quem precisa depositar algum valor em conta corrente por meio dos caixas eletr&ocirc;nicos passa por uma ang&uacute;stia de horas, talvez dias. Isso porque, para fazer a opera&ccedil;&atilde;o, as c&eacute;dulas precisam ser colocadas em envelopes de papel &ndash; o que acaba dificultando todo o processo. Flamarion Pirtouscheg quer resolver essa quest&atilde;o e faturar em cima.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Ele &eacute; diretor-presidente da Giesecke &amp; Devrient Brasil, subsidi&aacute;ria de um grupo alem&atilde;o com mais de 150 anos de hist&oacute;ria. A empresa desenvolve solu&ccedil;&otilde;es tecnol&oacute;gicas para v&aacute;rios setores e, na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (14), apresentou a jornalistas em S&atilde;o Paulo um mecanismo que promete dar fim aos envelopes utilizados nos dep&oacute;sitos banc&aacute;rios.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;O atual sistema n&atilde;o combina com o n&iacute;vel de automa&ccedil;&atilde;o banc&aacute;ria do Brasil&rdquo;, observa Pirtouscheg. Ele aponta que o sistema banc&aacute;rio brasileiro investe em tecnologia de ponta, mas &eacute; arcaico quando o assunto s&atilde;o os dep&oacute;sitos em ATMs, que n&atilde;o evolu&iacute;ram com a mesma propor&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Isso dep&otilde;e contra nosso sistema. &Eacute; um custo-Brasil&rdquo;, assinala.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">No encontro, ele mostrou como funciona o GD Lobby 90, um aparelho instalado junto ao caixa eletr&ocirc;nico que &eacute; capaz de processar uma coleta de at&eacute; 100 notas por vez em no m&aacute;ximo 30 segundos.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">N&atilde;o h&aacute; necessidade dos envelopes. Funciona como uma m&aacute;quina de refrigerantes, mas com algumas funcionalidades a mais. Al&eacute;m de a nota poder ser colocada de qualquer jeito (dobrada, com o verso para cima ou para baixo, etc.), um sensor instalado dentro da m&aacute;quina identifica qual o valor da c&eacute;dula, calcula o dep&oacute;sito feito e reconhece notas falsificadas. Se a c&eacute;dula n&atilde;o for aut&ecirc;ntica, ela &eacute; devolvida ao usu&aacute;rio.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Utilizado por bancos dos Estados Unidos, Europa, China e R&uacute;ssia, com o total de 20 mil unidades instaladas desde 2003, o produto ainda n&atilde;o tem clientes no Brasil. Segundo Pirtouscheg, duas grandes institui&ccedil;&otilde;es financeiras do Pa&iacute;s est&atilde;o interessadas na tecnologia e devem iniciar os testes-piloto no segundo semestre.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Apesar da imaturidade do mercado, o executivo aposta que chegar&aacute; a 20 mil unidades nos pr&oacute;ximos dez anos em todo o Pa&iacute;s. Como compara&ccedil;&atilde;o, existem atualmente mais de 170 mil ATMs em todo o territ&oacute;rio nacional.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"> <p><strong>Dinheiro de volta</strong></p> <p>Os bancos devem ser os maiores beneficiados com o produto. Hoje, para garantir que o dep&oacute;sito feito por um usu&aacute;rio seja compensado no menor tempo poss&iacute;vel, as institui&ccedil;&otilde;es gastam com transportadora de valores, que buscam os envelopes nas ag&ecirc;ncias, levam &agrave; tesouraria e l&aacute; um grande n&uacute;mero de funcion&aacute;rios fica respons&aacute;vel por abrir os envelopes um a um, pegar as c&eacute;dulas e coloc&aacute;-las nas m&aacute;quinas de processamento. Cada um manuseia em m&eacute;dia 700 c&eacute;dulas por hora, algo que com a contagem autom&aacute;tica demoraria sete minutos, em m&eacute;dia.</p> </div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Pirtouscheg acredita que o investimento &eacute; vantajoso para os bancos, pois demandariam menos tempo gasto com esses procedimentos log&iacute;sticos e o investimento pode ser compensado em at&eacute; tr&ecirc;s anos.</div>
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