Para o corregedor-geral da Justiça do Trabalho, uma das principais falhas é a má distribuição dos servidores
<div align="justify">Tudo quase certo no Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região. A Correição ordinária realizada pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e corregedor-geral da Justiça do Trabalho, Carlos Alberto Reis de Paula, apontou apenas ajustes a serem feitos. "Temos alguns acertos a fazer, algumas questões formais, de documentos, de autuação, de despacho de juízes. São todas questões técnicas que vamos observando”, relatou o ministro.</div>
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<div align="justify">Uma das principais falhas detectadas é a má distribuição dos servidores. Para o juiz, há uma desproporcionalidade entre o número de trabalhadores lotados em Teresina e no interior.</div>
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<div align="justify">A sobrecarga de trabalho é evidente, por exemplo, no município de Oeiras (a 313 km de Teresina). A Ordem dos Advogados do Brasil denunciou, em relatório entregue ao corregedor, que o número de processos na Vara do município aumentou, mas o de servidores continua o mesmo. “Houve uma mudança de jurisdição onde sete municípios, antes sob a competência da Vara de Picos, foram para a Vara de Oeiras, ocasionando o aumento de processos. De janeiro até abril, temos 939 processos e somente quatro servidores”, apontou o documento da OAB.</div>
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<div align="justify">Pelo que analisou, o ministro Carlos Alberto acredita ser possível melhorar o atendimento nas varas trabalhistas de todo o Estado mesmo sem contratar novos servidores. “O quadro do Piauí é suficiente. O que parece é que há uma distribuição de servidores em que não se atenta para onde há uma concentração [de trabalho] e maiores desafios. É possível inicialmente, sem a realização de concurso, nós lotarmos servidores no interior adotando-se critérios impessoais, imparciais.”</div>
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<div align="justify">A concentração de servidores em Teresina deve-se, segundo o corregedor, a uma tal “vocação de querermos o melhor pra nós, o melhor conforto”. Diante disso, o que se pode fazer? Transferir os servidores e juízes, por bem ou por mal. “Devemos convencê-los a ir por bem. Se não quiserem ir por bem, vão em nome do serviço público. A TRT, como qualquer órgão público, não é estabelecido para atender a interesses particulares, principalmente de seus servidores”, enfatizou.</div>
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<div align="justify">Novas Varas</div>
<div align="justify">O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Carlos Alberto Reis de Paula, anunciou, em Teresina, que o Conselho Superior da Justiça do Trabalho aprovou a criação de três Varas do Trabalho no interior do Piauí – em Uruçuí, Valença e Bom Jesus. “O processo agora vai ser encaminhado ao Conselho Nacional de Justiça e eu espero que ele seja encaminhado ainda neste ano ao Congresso Nacional”, declarou.</div>
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