Robert Rios e delegada geral da Polícia Civil farão uma devassa nos processos existentes em Picos
<div align="justify">Considerando o grande número de estupros e agressões que tem ocorrido na cidade de Picos nos últimos meses, o Movimento de Mulheres juntamente com o Conselho Tutelar pediu uma apuração rigorosa do Governo do Estado na fiscalização de processos e punição de autores de crimes sexuais que vitimaram mulheres, crianças e adolescentes da macrorregião.</div>
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<p>A solicitação foi atendida pela primeira-dama do Estado, Rejane Dias, coordenadoria Estadual para Inclusão da Pessoa com deficiência (CEID), que determinou que fosse enviado a Picos uma força tarefa para fazer uma devassa nos processos e saber como anda o andamento de cada caso, denunciados pelas entidades picoense.</p>
<p>De acordo com a gerente adjunta da penitenciaria feminina de Picos, Maria José Alves do Nascimento (Nega Mazé), também militante do Movimento de Mulheres de Picos, o requerimento foi feito após um levantamento do Conselho Tutelar que constatou que nos cinco primeiros meses de 2009 pelo menos 20 crianças entre nove e quatorze anos foram vítimas de violência sexual no município. Os dados são considerados alarmantes tendo em vista que a maioria dos agressores são pessoas muito próximas como parentes ou vizinhos das vítimas e que segundo ela a sociedade não tem tomado conhecimento de como andam esses processos.</p>
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<p>“Não sabemos como andam essas questões e nem seus encaminhamentos. De janeiro para cá foi um grande número de agressão contra a mulher e crianças. A gente não sabe em que pé andam essas questões. O secretário Robert Rios nos avisou que tão logo acabe essa onda de greve o governo enviará a Delegada Geral da Polícia Civil, Hildeth Evangelista e o próprio Robert Rios para avaliar como andam esses processos. Nós queremos eles aqui para que possamos fazer um levantamento e colocar para sociedade o que de fato estar acontecendo, pois ainda não temos conhecimento que esses estupradores estão presos, se foi decretada alguma prisão preventiva ou como anda a situação. Queremos uma posição”, declarou Mazé.</p>
<p>Ela acrescenta que durante três dias os policiais irão observar processos, e tomar as providências necessárias. “Já houve até família de Picos que teve um estupro de uma criança de 12 anos e eles tiveram que sair da cidade porque nenhuma providência foi tomada, ou se foi, a sociedade não tem conhecimento. Então a gente precisar saber, porque Picos é uma cidade de um povo que já avançou muito na consciência política e que já sabe qual é a obrigação dos poderes públicos e que não vai mais se acomodar diante das coisas, por falta de providência”, disse.</p>
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