Não tenho obrigação de prestar contas para Conselho Tutelar nem para o Movimento das mulheres, diz delegada
Lorena Rodrigues argumenta ainda que há casos que inquéritos são repassados a Justiça na metade do prazo.
<div align="justify"><a class="linkvermelho" href="http://www.portalopovo.com.br/noticia_detalhe.php?id=2362">Em entrevista ao <strong>Portal O Povo</strong> a gerente adjunta da penitenciaria feminina de Picos, Maria José Alves do Nascimento (Nega Mazé), também militante do Movimento de Mulheres de Picos disse que uma Comissão da Secretaria de Justiça do Estado do Piauí vai estar em Picos</a> para saber como andam os processos e se está havendo punições dos agressores que praticam crimes contra a mulher, crianças e adolescentes na cidade. A Delegada da Mulher da cidade de Picos, a advogada Lorena Rodrigues contestou as declarações feitas e disse que ainda não tomou conhecimento da solicitação para a vinda desses policiais que foi encaminhado pelo Movimento de Mulheres .</div>
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<p>A Delegada argumenta que até o momento não sabe da vinda dessa força tarefa e que entrou em contato com a Secretaria de Segurança e com a Delegacia Geral. “Não estou sabendo da vinda do secretario Robert Rios ou do delegado geral James Guerra ou que tenham destacados policiais que venham até aqui”, declarou.</p>
<p>No entanto o Movimento de Mulheres garante que a solicitação feita e atendida pela primeira-dama do Estado, Rejane Dias, coordenadoria Estadual para Inclusão da Pessoa com deficiência (CEID), que determinou que fosse enviado a Picos uma força tarefa para fazer uma pesquisa nos processos e saber como está o andamento de cada caso, denunciados pelas entidades picoense.</p>
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<p>Quanto às declarações que em Picos falta informação e que a sociedade não tem sido informada de como andam os processos, prisões e que falta dados repassados para a imprensa e para aos movimentos sociais e Conselho Tutelar, a delegada avisa que o trabalho realizado na Delegacia da Mulher é efetivado sigilosamente como orienta o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).</p>
<p>“Eu não posso repassar informações para Conselho Tutelar, nem para o Movimento da Mulher, nem para a sociedade, porque são processos sigilosos e eu não posso informar o nome das pessoas que estou pedindo prisão preventiva, mas uma coisa eu posso garantir todos os casos que aparecem na delegacia da mulher seja encaminhado pelo Conselho Tutelar ou pelas vítimas estão sendo solucionados, inclusive aqui o procedimento é de urgência total e prioridade máxima”, disse.</p>
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<p>Lorena Rodrigues argumenta ainda que há casos que inquéritos são repassados a Justiça na metade do prazo. “Os inquéritos são concluídos de 7 a 10 dias um prazo bem menor que a lei me dar justamente porque nós entendemos que são casos sérios e que precisam de prioridades, então as providências estão sendo tomadas, agora eu não posso está divulgando quem estou pedindo prisão preventiva nem o nome das crianças e adolescentes que são vítimas, pois este procedimento ocorre no mais absoluto sigilo, então eu não tenho como prestar conta nem obrigação de prestar contas para Conselho Tutelar nem para o Movimento das mulheres, pois o estatuto é muito claro e não posso divulgar informação, é sigiloso”, acrescentou.</p>
<p>A delegada avisa ainda: “Quem estar expondo e divulgando nome de criança e adolescente vítima de violência sexual estar cometendo crime e eu vou começar a apurar os nomes das pessoas que estão divulgando os casos. Eu vou bater com rigor”, alertou.</p>
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<p>Com relação a falta de providências com os processos, a delegada rebate afirmando que em todos os processos e casos são tomadas as atitudes previstas em Lei e que não há nenhum caso com processo atrasado, todos já foram encaminhados a Justiça.</p>
<p>“Todos estão com o juiz aguardando a decisão judicial e não se encontram na delegacia. Inclusive o caso citado que uma criança de 12 anos a família teve que sair de Picos o caso já estar com o juiz e o trabalho da polícia já foi feito e estar nas mãos da Justiça e todos casos estão tendo celeridade, as prisões preventivas estão sendo pedidas e quando a Lei permite eu estou pedindo”, rebateu.</p>
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<p>Quanto à apresentação de quantas prisões preventivas são pedidas, de como andam esses processos, ela visa novamente. “Eles não vão ter acesso a essa delegacia de forma nenhuma porque é protegido por Lei, e jamais vou divulgar para eles, pode ser Conselho Tutelar, pode ser Movimento de Mulheres por que a Lei fala, sigilo total”, disse Lorena Rodrigues.</p>
<p>Lorena Rodrigues formada pela Academia de Polícia do Piauí assumiu o cargo até então ocupado pela advogada Vanda Abreu que trabalhava na Delegacia da Mulher, localizada próximo ao 4° BPM no bairro Canto da Várzea, disse ainda que o que o Movimento de Mulheres estar apresentando a população “não é verdadeira e utilizando o nome de autoridades de pessoas e em relação a devassa isso não existe em nenhuma Delegacia da Mulher nenhuma. Eu trabalho com casos que envolvem sigilo e como é que vai haver devassa se a delegacia trabalha com casos sigilosos? Questionou.</p>
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<p>“Eu não digo mesmo e não direi jamais, prisão preventiva não é brincadeira, eu não posso sair divulgando. Isso declarado pelo Movimento é um absurdo”, disse.</p>
<p>“Muito me entristeceu que nossos representantes desses movimentos estejam tomando esse tipo de atitude que não estejam agindo de acordo com a Lei, pois se eles tivessem conhecimento do estatuto da criança e do adolescente eles nunca teriam falado isso, porque estou agindo de acordo com o estatuto e eles nem sabem sobre o estatuto que o mínimo que deveriam saber, pois se soubessem não iriam para imprensa falar essa besteira”, concluiu.</p>
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