Geral
CAJUÍNA
Cajuína ganhará identificação geográfica
Bebida será reconhecida como Cajuína do Piauí
Suzana Prado - 24/09/2008

<p align="justify">Caju&iacute;na do Piau&iacute;.&Eacute; dessa forma que a caju&iacute;na fabricada no Estado dever&aacute; ser conhecida nacionalmente dentro de pouco tempo. Atrav&eacute;s do Projeto de Cajucultura executado pelo Servi&ccedil;o de Apoio &agrave;s Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piau&iacute;, est&aacute; sendo iniciado todo o processo de identifica&ccedil;&atilde;o geogr&aacute;fica, um termo que conceitua a certifica&ccedil;&atilde;o de produtos de uma regi&atilde;o.</p> <div align="justify">A identifica&ccedil;&atilde;o geogr&aacute;fica &eacute; determinada por aspectos culturais e/ou geogr&aacute;ficos, agregando valor ao produto e garantindo a qualidade para o consumidor.&nbsp; &ldquo;A caju&iacute;na &eacute; um produto tipicamente piauiense e precisamos valorizar ainda mais essa bebida e suas caracter&iacute;sticas culturais. O processo de identifica&ccedil;&atilde;o geogr&aacute;fica trar&aacute; reconhecimento, mais qualidade ao produto e mais competitividade para o setor. Temos uma consider&aacute;vel produ&ccedil;&atilde;o de caju&iacute;na no Estado, mas precisamos ampli&aacute;-la, al&eacute;m de abrir novos mercados para essa bebida saborosa e genuinamente piauiense&rdquo;, afirma o presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae no Piau&iacute;, Ulysses Gon&ccedil;alves Nunes de Moraes.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A iniciativa surge atrav&eacute;s do Arranjo Produtivo da Cajucultura, que envolve quinze micro e pequenas empresas e trinta associados da Cooperativa de Produtores de Caju&iacute;na do Estado do Piau&iacute;, Cajuespi, localizados nas cidades de Teresina, Picos e Ipiranga do Piau&iacute;.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;Com a identifica&ccedil;&atilde;o geogr&aacute;fica ser&aacute; poss&iacute;vel manter os atuais mercados e conquistar outros, al&eacute;m de fortalecer a produ&ccedil;&atilde;o de caju&iacute;na atrav&eacute;s da melhoria dos processos, tornando-a mais competitiva. Haver&aacute; tamb&eacute;m o reconhecimento da qualidade e valoriza&ccedil;&atilde;o do produto caju&iacute;na&rdquo;, explica a gestora do Projeto de Cajucultura do Sebrae no Piau&iacute;, Ge&oacute;rgia P&aacute;dua.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A identifica&ccedil;&atilde;o geogr&aacute;fica da caju&iacute;na &eacute; uma iniciativa do Sebrae Nacional, Sebrae no Piau&iacute;, Programa de Combate &agrave; Pobreza Rural, PCPR; Cajuespi e dos demais empreendedores do setor de cajucultura do Estado.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>Sabor com hist&oacute;ria</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Para o consultor do Sebrae Nacional, Roberto Castelo Branco, o trabalho de identifica&ccedil;&atilde;o geogr&aacute;fica da caju&iacute;na exige todo um embasamento hist&oacute;rico do caju e dessa bebida feita a partir do ped&uacute;nculo da fruta.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;Primeiro &eacute; preciso resgatar a mem&oacute;ria do caju e da caju&iacute;na, como surgiram, caracterizando a bebida do ponto de vista degustativo, olfativo, n&atilde;o apenas f&iacute;sico-qu&iacute;mico&rdquo;, informa o consultor que tamb&eacute;m est&aacute; conhecendo todo o processo artesanal de produ&ccedil;&atilde;o da caju&iacute;na.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">De acordo com Castelo Branco, ser&aacute; feito todo um estudo de viabilidade econ&ocirc;mica da caju&iacute;na. &ldquo;O consumidor piauiense sabe escolher a caju&iacute;na, mas os consumidores de outras regi&otilde;es do pa&iacute;s desconhecem todas as caracter&iacute;sticas que a identificam como colora&ccedil;&atilde;o, sabor, cheiro, como deve ser consumida, enfim, todas as especifica&ccedil;&otilde;es do produto&rdquo;, esclarece o consultor.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O nome caju vem do tupi acaiu que significa &ldquo;noz que se produz&rdquo;. A caju&iacute;na &eacute; feita a partir da &ldquo;&aacute;gua do caju&rdquo;, ou numa linguagem mais t&eacute;cnica, do suco de caju clarificado.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Do caju aproveita-se praticamente tudo: a am&ecirc;ndoa consome-se ao natural ou torrada; o ped&uacute;nculo tem uma polpa da qual se produzem doces, sucos, licores, sorvetes e vinhos, al&eacute;m da &ldquo;carne do caju&rdquo;, que quando retirada a acidez, &eacute; mat&eacute;ria-prima para muitos pratos da culin&aacute;ria regional.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A dissemina&ccedil;&atilde;o do caju foi feita pelas correntes ind&iacute;genas migrat&oacute;rias que percorriam o nordeste brasileiro, popularizando o consumo da fruta como alimento e como propriedade medicinal. Quando a castanha garantiu alto valor mercadol&oacute;gico, em especial nas exporta&ccedil;&otilde;es, as pol&iacute;ticas agroindustriais no Brasil inclu&iacute;ram o caju como produto importante, surgindo as grandes planta&ccedil;&otilde;es.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>Produ&ccedil;&atilde;o</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O Piau&iacute;, atualmente, tem o maior percentual de &aacute;reas plantadas no cultivo do caju. Segundo dados do Instituto de Assist&ecirc;ncia T&eacute;cnica e Extens&atilde;o Rural, Emater, em 2005, o Piau&iacute; tinha 190.213 hectares de p&eacute;s de caju, o que rendeu uma produ&ccedil;&atilde;o para o Estado de 24.497 toneladas de castanha.</div> <div align="justify"> <p>A partir da&iacute;, a produ&ccedil;&atilde;o de caju&iacute;na entra em processo de expans&atilde;o.No Estado, n&atilde;o existem estat&iacute;sticas atualizadas, mas de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica, IBGE, este segmento agr&iacute;cola movimenta cerca de trinta e sete mil empregos diretos no campo e um volume de quase R$ 70 milh&otilde;es.</p> </div> <div align="justify">&ldquo;A cajucultura &eacute; uma realidade dentro da economia piauiense, mais particularmente, uma voca&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica, que tem gerado renda e novas oportunidades de trabalho. A identifica&ccedil;&atilde;o geogr&aacute;fica da caju&iacute;na vai fortalecer ainda mais as a&ccedil;&otilde;es do setor, dando reconhecimento a essa bebida que j&aacute; foi imortalizada pelo cantor e compositor baiano Caetano Veloso. Toda essa a&ccedil;&atilde;o &eacute; um esfor&ccedil;o conjunto do Sebrae, da Cajuespi e dos demais empreendedores que atuam no segmento&rdquo;, justifica o diretor superintendente do Sebrae no Piau&iacute;, Delano Rodrigues Rocha.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>Patrim&ocirc;nio Cultural</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Dentro dessa iniciativa de valorizar a caju&iacute;na e de reconhec&ecirc;-la como um produto t&iacute;pico do Estado, os empreendedores do setor de cajucultura e os associados da Cajuespi fizeram uma solicita&ccedil;&atilde;o junto ao Instituto do Patrim&ocirc;nio Hist&oacute;rico e Art&iacute;stico Nacional, Iphan, para que a caju&iacute;na seja considerada patrim&ocirc;nio cultural piauiense e, conseq&uuml;entemente, patrim&ocirc;nio cultural brasileiro, com o objetivo de preservar sua identidade local, como tamb&eacute;m estimular o surgimento de pol&iacute;ticas destinadas &agrave; qualidade do produto.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>Metas</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O trabalho posterior &agrave; identifica&ccedil;&atilde;o geogr&aacute;fica envolve a dinamiza&ccedil;&atilde;o da comercializa&ccedil;&atilde;o da caju&iacute;na dentro e fora do mercado nacional.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;Dentre os resultados que pretendemos atingir est&atilde;o o aumento em 10% da comercializa&ccedil;&atilde;o da bebida at&eacute; agosto de 2009, com formaliza&ccedil;&atilde;o das empresas do setor e com a indica&ccedil;&atilde;o da proced&ecirc;ncia do mesmo&rdquo;, explica o gerente da Unidade de Atendimento Coletivo Agroneg&oacute;cio do Sebrae no Piau&iacute;, Francisco Holanda.</div> <div align="justify">O gerente acrescenta que ser&atilde;o repassadas aos empreendedores do setor mais ferramentas de gest&atilde;o.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Servi&ccedil;o:</div> <div align="justify">Unidade de Atendimento Coletivo Agroneg&oacute;cio do Sebrae no Piau&iacute;: (86) 3216-1333</div> <div align="justify">Gerente: Francisco Holanda - (86) 9427-6427</div>
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