A assessoria de imprensa do Sinpoljuspi divulgou uma nota onde classifica o governo do Estado como “irresponsável e arbitrário” por continuar punindo os agentes penitenciários.
<div align="justify">A assessoria de imprensa do Sinpoljuspi divulgou uma nota onde classifica o governo do Estado como “irresponsável e arbitrário” por continuar punindo os agentes penitenciários. Um dos casos recentes foi o agente penitenciário de Picos, Rogério Bezerra, que é bacharel em Direito pela Universidade Estadual do Piauí (Uespi) e formado em Letras pela Universidade Federal do Piauí (Ufpi). Ele, além de ter sido punido porque denunciou irregularidades na Penitenciária João de Deus Barros, em Picos, ainda teve faltas descontadas pela greve recente da categoria.</div>
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<p>“Isso mostra a fúria com o que o governo vem agindo contra os trabalhadores. Rogério Bezerra já estava suspenso ilegalmente, ainda teve faltas descontadas por conta da greve. Como é que ele já estava suspenso e teve faltas descontadas?. É uma postura irracional do Governo", questiona Jacinto Teles, presidente do SINPOLJUUSPI, lembrando que a suspensão de Rogério e outros agentes de Picos já estava sendo objeto de um mandado de segurança impetrado no TJ, pelo SINPOLJUSPI.</p>
<p>“Sabem qual foi o ato que levou Rogério a ser punido? Simplesmente porque denunciou as irregularidades ocorridas na Penitenciária José de Deus Barros (PJDB) e pediu o afastamento (através de abaixo-assinado que contou com o apoio de 37 dos 39 agentes) do diretor da PJDB”, acrescenta a nota.</p>
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<p>Rogério teve suspenso cerca de R$ 1.200,00. “É uma irresponsabilidade sem tamanho, mas não vamos calar diante dessa posição salafrária do Governo do Estado. O sindicato está entrando com uma ação de indenização contra o Governo do Estado e também contra a secretária Cleia Coutinho Maia, porque foi ela que autorizou os descontos ilegais”, comentou Jacinto Teles.</p>
<p>Outro exemplo é do agente penitenciário Mauro Antonio de Oliveira, que teve 2 faltas, com desconto total de R$ 560,00. Lotado na Penitenciária Irmão Guido, Mauro tem em mãos o relatório do chefe de plantão, Claumir Moraes da Silva, afirmando que o agente trabalhou. “Inclusive, foi um dos dias que mais trabalhei. Acredito que isso ocorreu porque eu estava usando a camisa da Chapa 02”, comentou ele, que é agente há mais de 25 anos.</p>
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<div align="justify">“O objetivo dessas retaliações é calar a boca do sindicato, em decorrência das denúncias revelando diversas irregularidades dentro do sistema penitenciário do Piauí, através da Sejus. O Governo deveria descontar era dos fantasmas, que não comparecem ao trabalho mas recebem todo mês. Em vez disso, de forma covarde, faz retenção dolosa dos salários de quem trabalha com honestidade”, ressaltou.</div>
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<p>“Além dos fantasmas, o Governo do Estado ainda paga adicional noturno e extraordinário a vários funcionários que trabalham na sede da Secretaria de Justiça, ou seja, que não têm direito, mas recebem o adicional noturno e extraordinário. Mas o SINPOLJUSPI não vai ficar calado. O Tribunal de Justiça do Piauí, através do desembargador Antônio Peres Parente, já solicitou à Secretaria de Justiça para que justifique o motivo que a levou a descontar o salário dos dias parados dos agentes penitenciários que estiveram em greve entre os dias 30 de maio e 10 de junho deste ano. A secretária Cléia Maia tem 10 dias corridos (a contar da última segunda, 29, quando o despacho foi publicado no Diário da Justiça), para apresentar sua defesa”, acrescenta a nota.</p>
<p>De acordo com a assessoria de imprensa do sindicato, Antônio Peres Parente procurou a Sejus porque o SINPOJUSPI entrou com um mandado de segurança junto ao Tribunal de Justiça do Piauí para que os descontos sejam repostos aos trabalhadores. “O governo também havia descontado o salário na última greve que tínhamos feitos, mas conseguimos na Justiça a devolução dos descontos posteriormente”, lembra Jacinto Teles, presidente do sindicato.</p>
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<div align="justify"> com informações do Sinpoljuspi</div>