Ele começou a tocar aos oito anos de idade em jaicós e hoje já participou de novela da Globo, tocou no Fantástico e dividiu palco com músicos renomados
<div align="justify"><strong>Portal O Povo: Quando começou sua carreira?</strong></div>
<p align="justify">Eu comecei a tocar aos 8 anos de idade, eu acompanhava meu avó Zezinho Barbosa, grande sanfoneiro da região de Jaicós e meu interesse surgiu através dos laços familiares, meu bisavô já tocava sanfona, o meu avô também, um tio, e assim comecei a tocar, fui embora e hoje é um privilégio poder voltar e ser reconhecido.</p>
<div align="justify"><strong>Portal O Povo: Há quanto tempo você foi embora de Jaicós?</strong></div>
<p align="justify">A minha história com Jaicós é bela, por que na verdade eu não nasci no Piauí, só que aos dois anos de idade vim pra cá, morei até os oito anos e fomos pra São Paulo, depois retornamos onde morei mais cinco anos, daí pra frente comecei a minha carreira profissional e sempre que posso venho visitar a família e os amigos no Piauí.</p>
<div align="justify"><strong>Portal O Povo: Além de tocar, você canta e compõe. Quantos CDs já gravou?</strong></div>
<p align="justify">Tenho um trabalho gravado em demo, com a música tema “Entre no meu sonho amor”, e está saindo agora um novo CD em homenagem a Luis Gonzaga, como sou discípulo do Rei do Baião decidi fazer um trabalho com 25 músicas, totalmente ao vivo relembrando as obras do nosso mestre Luis Gonzaga. E para o ano que vem tenho o projeto de um trabalho com a participação de Dominguinhos e Elba Ramalho.</p>
<div align="justify"><strong>Portal O Povo: Você já tocou com inúmeros artistas de representatividade nacional, quem você pode citar?</strong></div>
<p align="justify">Tive o privilégio de acompanhar Morais Moreira, a Família Gonzaga, Gilberto Gil, abri shows para Dominguinhos, que é um grande incentivador da cultura nordestina, fiz uma turnê em Portugal com a banda Forró na Pressão, esse ano participei da novela A Favorita acompanhando Thiago Rodrigues que interpretava Cassiano Copola, esse ano no aniversário de São Paulo eu participei do Fantástico cantando a música Sampa de Caetano Veloso, através dessa aparição fiz shows por todo Brasil, no São João toquei na Bahia, ano que vem já estou na Bahia outra vez.</p>
<div align="justify"><strong>Portal O Povo: O que é mais difícil na carreira de um músico que opta pelo acordeon?</strong></div>
<p align="justify">É complicado porque nos tempo de hoje são poucas as pessoas que valorizam a cultura popular nordestina, por isso optei pelo forró tradicional, para não deixar morrer a nossa história. No meu caso não foi tão difícil porque venho de uma família de berço musical, em São Paulo tive a facilidade de ter professores ao meu redor, São Paulo é um palco cultural, lá tem aproximadamente 10 mil nordestinos, então hoje eu vivo de tocar forró para pessoas da nossa região.</p>
<div align="justify"><strong>Portal O Povo: Como é a sua receptividade em Jaicós?</strong></div>
<p align="justify">É muito boa, eu venho de uma família do interior de Jaicós, aproximadamente 27 km da cidade. Várzea Queimada, já tem cerca de 800 pessoas morando e pelo menos a metade é primo meu.</p>
<div align="justify"><strong>Portal O Povo: Depois dessa breve passagem por Jaicós, quais são os próximos projetos?</strong></div>
<div align="justify">Vou aproveitar os festejos de Nossa Senhora das Mercês, provavelmente algumas festas com músicos da região, porque eu não trouxe a minha equipe, vim com o propósito só de rever os parentes e amigos. Em seguida viajo para Fortaleza participando de alguns eventos, e estarei de volta porque a minha intenção é divulgar o meu trabalho aqui no Piauí, já tem um bom tempo que eu estou em São Paulo e graças a Deus sou bem reconhecido com acordeonista e produtor musical, a minha idéia é divulgar na região.</div>
<p align="justify"><strong>Portal O Povo: Você vive exclusivamente da sua carreira artística?</strong></p>
<div align="justify">Sim, vivo exclusivamente da música, faço arranjos, trabalho artistas, em São Paulo a gente toca forró pé de serra, chorinho. O bom do músico que estuda é isso, poder tocar tango, tocar choro, o que vier na frente nos tentamos fazer.</div>
<p align="justify"><strong>Portal O Povo: Você estuda para ser músico?</strong></p>
<p align="justify">É preciso estudar, mas a minha escola é autodidata, nunca estudei em escolas de música, não tenho diploma, mas estudei com um músico chamado Chico Ceará que atualmente toca com Alceu Valença, e já tocou com Elba Ramalho, Chico Cesar. Ele me deu um pouquinho da lição do que é tocar sanfona.</p>
<p align="justify"><strong>Portal O Povo: O que você diz para pessoas que tem interesse na música, principalmente em trilhar uma carreira que enalteça a cultura popular?</strong></p>
<div align="justify">Primeiramente precisa ter muita força de vontade, o talento é relativo. É preciso ter talento também, mas eu acho que a força de vontade muitas vezes supera o talento dos artistas. É preciso perseverança e se puder estudar, estude para saber o que está fazendo e conhecer o interior da música, não pensar somente na música comercial, saber o que é MPB, o que é um chorinho, que é uma ciranda, uma dança do boi, por aí.</div>