A Cepisa foi eleita a distribuidora cujos consumidores ficam mais tempo sem energia em toda a região Nordeste
<p align="justify">A qualidade dos serviços de eletricidade piorou nos últimos anos, apesar do aumento no custo da conta de luz. Depois de alcançar o menor nível da história, no período após o processo de privatização do setor elétrico iniciado em 1995, o volume de blecautes voltou a subir em todo o País.</p>
<div align="justify">Em algumas localidades, os indicadores estão no pior nível da década, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).</div>
<p align="justify">O levantamento foi divulgado ontem pelo Estadão. No ano passado, os brasileiros ficaram, em média, 16,61 horas sem eletricidade - número superior às 16,57 horas de 2001, quando o racionamento deixou a rede de distribuição mais folgada e menos vulnerável aos blecautes. A média nacional, no entanto, esconde casos extremos, como o de São Luís do Anauá, em Roraima, onde as interrupções somaram 1.007 horas, em 2008. Isso significa ficar um mês e 11 dias sem eletricidade no ano. Apesar disso, a tarifa média da região está em R$ 290 o MWh, a maior do País.</p>
<p align="justify">A Cepisa foi eleita a distribuidora cujos consumidores ficam mais tempo sem energia em toda a região Nordeste. Em média, o piauiense passa 47 horas por ano às escuras por conta de cortes no fornecimento. É difícil encontrar um município do Estado que não enfrentem problemas com a qualidade do fornecimento de energia.</p>
<div align="justify">Em vários municípios, há decisões judiciais proibindo a cobrança da conta de energia, em função da má qualidade dos serviços. São constantes as reclamações dos consumidores relacionadas com a danificação de equipamentos de eletrodomésticos por causa das violentas oscilações de corrente.</div>