O Ministério Público investiga uma denúncia de maus-tratos praticados por agentes contra presos do presídio José de Deus Barros
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<p>O Ministério Público investiga uma denúncia de maus-tratos praticados por agentes contra presos do presídio José de Deus Barros, em Picos. As investigações analisam se as denúncias são verdadeiras. Segundo as denuncias alguns presos que tentaram se rebelar no presídio na última terça-feira teriam sido espancados antes de serem transferidos para Teresina.</p>
<p>O promotor Flávio Teixeira de Abreu em entrevista ao Jornal da 95 informou sobre as investigações do caso. A denúncia de maus-tratos foi feita por familiares de presos. A agressão teria sido praticada após uma tentativa de fuga. O Ministério Público vai investigar se houve abuso de poder ou crime de tortura na penitenciária.</p>
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<p>“No dia 7 o Dr. Arilson chegou acompanhado de mães que estariam relatando casos de espancamento nesses presos e que esses presos teriam sido atendidos no Hospital Justino Luz, imediatamente fomos informados que lá só tinha um preso e no dia 8 entramos em contato com o Dr. Meton que é promotor e imediatamente ele se deslocou a Casa de Custódia de Teresina e conversou com os presos e constatou lesões, tirou uma série de fotografias e encaminhou esses presos para a fazer o exame de corpo de delito e o exame constatou o espancamento”, disse o promotor.</p>
<p>“Fomos ouvir os presos em companhia de defensores públicos e do advogado do sindicato dos agentes. Ouvimos três presos, só que eles estavam muito temerosos e um chegou a dizer que não ia fazer nada. Os três que ouvimos relataram violência em Picos. Que houve espancamento não há duvidas e que possivelmente tenha acontecido até tortura e vamos apurar direitinho”, acrescentou.</p>
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<p>No dia 1º os presos tentaram se rebelar, mas o problema foi contornado. Dias depois agentes prisionais fizeram vistoria nas celas e encontraram 16 pedras de crack, 126 trouxas de maconha, 44 comprimidos de rivotril, cinco celulares, e artefatos que poderiam ser usados para fugas. A penitenciária Jose de Deus Barros, com capacidade para 144 detentos, conta atualmente com mais de 215 presos recolhidos.</p>
<p>O capitão Felipe diretor da unidade prisional e a Secretaria de Justiça ainda não se pronunciou sobre o caso.</p>
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