SAÚDE
Maternidade x tabaco: uma relação perigosa
O número de mulheres fumantes já chega a 20% do total da população que utiliza o tabaco.
Portal O Povo - 08/06/2010

<div align="justify">No dia Mundial contra o tabaco, comemorado segunda-feira (31/05), uma quest&atilde;o que vem crescendo nos &uacute;ltimos tempos, aflige os especialistas e os profissionais da &aacute;rea de sa&uacute;de: atualmente, o n&uacute;mero de mulheres fumantes chega a 20% de toda a popula&ccedil;&atilde;o que utiliza o tabaco.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Outra informa&ccedil;&atilde;o importante, &eacute; que o tabagismo feminino, causa mais danos do que aos dos homens. O uso do tabaco interfere na fertilidade, na gesta&ccedil;&atilde;o e pode causar s&eacute;rios problemas aos rec&eacute;m nascidos.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Sobre a quest&atilde;o f&eacute;rtil, a mulher fumante apresenta uma menor capacidade de formar o &oacute;vulo, podendo em alguns casos chegar &agrave; infertilidade. Para ginecologista Alexandre Faisal, &quot;os &oacute;vulos podem perder em qualidade&quot;.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">J&aacute; no in&iacute;cio da gesta&ccedil;&atilde;o &eacute; recomendado para todas as mam&atilde;es parar de fumar imediatamente. Segundo a ginecologista e obstetra Silvana Chedid, caso o conselho n&atilde;o seja seguido, um aborto espont&acirc;neo pode acontecer. &quot;Em fumantes, podem ocorrer problemas cromoss&ocirc;micos que resultam em abortamento e maior probabilidade de incid&ecirc;ncia de &oacute;bitos&quot;.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Al&eacute;m desses, mais problemas podem acontecer para gestantes usu&aacute;rias de tabaco. &quot;Os nutrientes chegam em menores quantidades, impedindo que o beb&ecirc; ganhe peso. Doen&ccedil;as hipertensivas tamb&eacute;m tem maiores chances de acontecerem&quot;, diz Silvana. Faisal explica que &quot;quanto mais a m&atilde;e fuma, menor ser&aacute; o peso do rec&eacute;m nascido. &Eacute; uma quest&atilde;o proporcional&quot;.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>Ap&oacute;s o nascimento do beb&ecirc;</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Para quem acha que os problemas da maternidade para fumantes acabam por a&iacute;, est&aacute; enganado. O per&iacute;odo p&oacute;s-natal oferece muitos riscos para o rec&eacute;m nascido. &quot;H&aacute; uma associa&ccedil;&atilde;o entre os problemas respirat&oacute;rios de um beb&ecirc; com pais que fumam em casa&quot;, diz Faisal.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Ainda assim, com todos estes perigos em vista, as mulheres t&ecirc;m mais dificuldades em parar de fumar do que os homens. Isso porque, muitas delas relacionam o fim do uso do tabaco com o aumento de peso.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&quot;Uma mulher que planeja a sua gesta&ccedil;&atilde;o deve refletir seriamente na sua responsabilidade diante do beb&ecirc; que vai nascer e abandonar mitos bobos como este que impede as mulheres de largar o v&iacute;cio: ela n&atilde;o engordar&aacute; se n&atilde;o substituir o cigarro por comida&quot;, observa Silvana.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">No Brasil, 200 mil pessoas morrem devido ao tabagismo por ano. J&aacute; no mundo, s&atilde;o cerca de 4,3 milh&otilde;es de &oacute;bitos, segundo dados a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS).</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Diversas formas de tratamento para ajudar as pessoas a pararem de fumar j&aacute; foram criadas. &quot;Adesivos, medicamentos, al&eacute;m de outros procedimentos t&ecirc;m como fun&ccedil;&atilde;o diminuir a depend&ecirc;ncia dos indiv&iacute;duos. Por&eacute;m parar &eacute; uma quest&atilde;o pessoal&quot;, finaliza Silvana.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>Os principais problemas causados pelo uso do tabaco</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Respirat&oacute;rios: c&acirc;ncer de pulm&atilde;o e enfisema pulmonar. A mortalidade por c&acirc;ncer de pulm&atilde;o entre fumantes &eacute; cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram na vida, enquanto entre ex-fumantes &eacute; cerca de 4 vezes maior. Fumantes de 1 a 14 cigarros, 15 a 24 cigarros e mais de 25 cigarros t&ecirc;m, respectivamente, risco 8, 14 e 24 vezes maior de morte por este tipo de c&acirc;ncer do que pessoas que nunca fumaram.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Card&iacute;acos: aumenta o risco de infarto - principalmente em pessoas que est&atilde;o realizando tratamentos (uso de p&iacute;lulas).</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A cessa&ccedil;&atilde;o de fumar reduz consideravelmente o risco de morte por causas associadas ao tabaco, aumentando em 9 anos a sobrevida m&eacute;dia de uma popula&ccedil;&atilde;o.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Bruno Godoy</div> <div align="justify">&nbsp;</div>
Facebook
Publicidade