O número de mulheres fumantes já chega a 20% do total da população que utiliza o tabaco.
<div align="justify">No dia Mundial contra o tabaco, comemorado segunda-feira (31/05), uma questão que vem crescendo nos últimos tempos, aflige os especialistas e os profissionais da área de saúde: atualmente, o número de mulheres fumantes chega a 20% de toda a população que utiliza o tabaco.</div>
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<div align="justify">Outra informação importante, é que o tabagismo feminino, causa mais danos do que aos dos homens. O uso do tabaco interfere na fertilidade, na gestação e pode causar sérios problemas aos recém nascidos.</div>
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<div align="justify">Sobre a questão fértil, a mulher fumante apresenta uma menor capacidade de formar o óvulo, podendo em alguns casos chegar à infertilidade. Para ginecologista Alexandre Faisal, "os óvulos podem perder em qualidade".</div>
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<div align="justify">Já no início da gestação é recomendado para todas as mamães parar de fumar imediatamente. Segundo a ginecologista e obstetra Silvana Chedid, caso o conselho não seja seguido, um aborto espontâneo pode acontecer. "Em fumantes, podem ocorrer problemas cromossômicos que resultam em abortamento e maior probabilidade de incidência de óbitos".</div>
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<div align="justify">Além desses, mais problemas podem acontecer para gestantes usuárias de tabaco. "Os nutrientes chegam em menores quantidades, impedindo que o bebê ganhe peso. Doenças hipertensivas também tem maiores chances de acontecerem", diz Silvana. Faisal explica que "quanto mais a mãe fuma, menor será o peso do recém nascido. É uma questão proporcional".</div>
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<div align="justify"><strong>Após o nascimento do bebê</strong></div>
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<div align="justify">Para quem acha que os problemas da maternidade para fumantes acabam por aí, está enganado. O período pós-natal oferece muitos riscos para o recém nascido. "Há uma associação entre os problemas respiratórios de um bebê com pais que fumam em casa", diz Faisal.</div>
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<div align="justify">Ainda assim, com todos estes perigos em vista, as mulheres têm mais dificuldades em parar de fumar do que os homens. Isso porque, muitas delas relacionam o fim do uso do tabaco com o aumento de peso.</div>
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<div align="justify">"Uma mulher que planeja a sua gestação deve refletir seriamente na sua responsabilidade diante do bebê que vai nascer e abandonar mitos bobos como este que impede as mulheres de largar o vício: ela não engordará se não substituir o cigarro por comida", observa Silvana.</div>
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<div align="justify">No Brasil, 200 mil pessoas morrem devido ao tabagismo por ano. Já no mundo, são cerca de 4,3 milhões de óbitos, segundo dados a Organização Mundial da Saúde (OMS).</div>
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<div align="justify">Diversas formas de tratamento para ajudar as pessoas a pararem de fumar já foram criadas. "Adesivos, medicamentos, além de outros procedimentos têm como função diminuir a dependência dos indivíduos. Porém parar é uma questão pessoal", finaliza Silvana.</div>
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<div align="justify"><strong>Os principais problemas causados pelo uso do tabaco</strong></div>
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<div align="justify">Respiratórios: câncer de pulmão e enfisema pulmonar. A mortalidade por câncer de pulmão entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram na vida, enquanto entre ex-fumantes é cerca de 4 vezes maior. Fumantes de 1 a 14 cigarros, 15 a 24 cigarros e mais de 25 cigarros têm, respectivamente, risco 8, 14 e 24 vezes maior de morte por este tipo de câncer do que pessoas que nunca fumaram.</div>
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<div align="justify">Cardíacos: aumenta o risco de infarto - principalmente em pessoas que estão realizando tratamentos (uso de pílulas).</div>
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<div align="justify">A cessação de fumar reduz consideravelmente o risco de morte por causas associadas ao tabaco, aumentando em 9 anos a sobrevida média de uma população.</div>
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<div align="justify">Bruno Godoy</div>
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