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De Picos, no interior do Piauí, para São Januário
Confira matéria exclusiva concedida ao Globoesporte.com, onde o jogador picoense, Rômulo, fala um pouco de sua história
Da redação - 19/08/2010

<div align="justify"> <p>De Picos, no interior do Piau&iacute;, para S&atilde;o Janu&aacute;rio. Essa &eacute; a trajet&oacute;ria da vida do apoiador R&ocirc;mulo, de apenas 19 anos. Da inf&acirc;ncia dif&iacute;cil, no Nordeste, mas sem passar fome, como o pr&oacute;prio <span>jogador costuma lembrar, &agrave; afirma&ccedil;&atilde;o sob o comando do t&eacute;cnico Paulo C&eacute;sar Gusm&atilde;o. Dificuldades para comprar um par de chuteiras e trabalho no mercadinho do av&ocirc;, seu Jo&atilde;o Francisco (Jo&atilde;o Tuntum), s&atilde;o apenas alguns dos momentos marcantes na carreira do garoto, que passou de meia de liga&ccedil;&atilde;o a volante. <br /> <br /> Foi dif&iacute;cil, mas nunca passei necessidade - relembra o meia vasca&iacute;no, sempre com um sorriso no rosto. <br /> <br /> R&ocirc;mulo chegou ao Vasco no fim do ano passado ap&oacute;s ser indicado pelo diretor executivo de futebol do clube, Rodrigo Caetano, que j&aacute; havia tentado em v&atilde;o a sua contrata&ccedil;&atilde;o nos tempos em que trabalhava no Gr&ecirc;mio. Ap&oacute;s muito negociar, o Porto de Caruaru aceitou liberar o atleta para a equipe carioca. No Gigante da Colina, ele tem duas conquistas nas categorias de base - o Torneio Oct&aacute;vio Pinto Guimar&atilde;es, em 2009, e o Estadual de juniores, em 2010. <br /> <br /> E foi de Caruaru que o garoto saiu com a esposa J&eacute;ssica e a filha Nicole, de apenas dois anos. Filha? &Eacute; isso mesmo. R&ocirc;mulo foi pai cedo. Hoje, as duas moram com o jogador em um apartamento em S&atilde;o Crist&otilde;v&atilde;o, bem pr&oacute;ximo do est&aacute;dio vasca&iacute;no. Mas ele n&atilde;o se importa de j&aacute; ter constru&iacute;do uma fam&iacute;lia t&atilde;o cedo. <br /> <br /> - Elas veem sempre ver os jogos em S&atilde;o Janu&aacute;rio. Gosto muito de crian&ccedil;a, a Nicole &eacute; muito apegada a mim. Isso foi muito bom para a minha carreira. Foi um salto enorme. &Eacute; por ela que venho trabalhar todos os dias - contou o jogador, que j&aacute; prometeu homenagear a filha quando balan&ccedil;ar a rede pela primeira vez nos profissionais.&nbsp;</span><br /> <br /> Mas at&eacute; chegar ao Vasco, R&ocirc;mulo precisou trabalhar duro. &Eacute; com orgulho que ele relembra dos momentos que passou com o av&ocirc;. Em Picos (PI) (PI), ele trabalhou vendendo alimentos em um mercado, que hoje &eacute; comandado por sua m&atilde;e, dona Luciana. Este m&ecirc;s, por sinal, ela vai fazer uma visita ao filho, que admite muita saudade dos familiares. <br /> <br /> - Sempre ajudei no mercadinho. O meu av&ocirc; j&aacute; tinha uma certa idade e eu ficava l&aacute; com ele. Sou muito apegado aos meus familiares e, &agrave;s vezes &eacute; dif&iacute;cil ficar longe - contou o jogador. <br /> <br /> E &eacute; justamente do av&ocirc; que R&ocirc;mulo tem uma hist&oacute;ria curiosa. O garoto revelou um di&aacute;logo que teve com Jo&atilde;o Francisco ap&oacute;s o in&iacute;cio de sua trajet&oacute;ria como titular do Vasco. <br /> <br /> - Quando eu vou jogar, ele n&atilde;o assiste. Ele &eacute; operado do cora&ccedil;&atilde;o e n&atilde;o aguenta a emo&ccedil;&atilde;o. Ele diz: &quot;meu filho, o m&eacute;dico falou que para o cora&ccedil;&atilde;o acelerar e eu morrer pode ser coisa boa ou ruim e por isso eu n&atilde;o assisto&quot; - lembrou R&ocirc;mulo. <br /> <br /> O apoiador vasca&iacute;no iniciou a carreira com 11 anos no Palmeirinha, uma equipe montada por um vizinho de sua fam&iacute;lia, em Picos. Tr&ecirc;s anos depois, ele teve a oportunidade de defender o Porto de Caruaru.</p> <p><strong>Confira a entrevista na &iacute;ntegra na edi&ccedil;&atilde;o do Jornal O Povo&nbsp;desta sexta-feira</strong></p> </div>
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