Caso se confirme a veracidade dos fatos o ex-presidente da Câmara, vereador Chico de Chicá poderá perder a função ou outras penas previstas na Lei de improbidade administrativa.
<div align="justify">Divida acumulada com a previdência, encargos sociais em atraso, internet e telefones cortados, energia em corte e um aumento de 71 mil reais com folha de pagamento em dezembro. Esta foi à situação encontrada pelo Vereador Iata Rodrigues ao assumir a Presidência da Câmara Municipal de Picos, condição que o levou a convocar o Ministério público para investigar a administração do ex-presidente Chico de Chicá.</div>
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<div align="justify">Na presidência da Casa, o vereador Iata Rodrigues recebeu o Dr. Marcelo de Jesus Monteiro, representante do Ministério Público para entregar a folha de pagamento referente a novembro e dezembro, para que seja instaurado o inquérito civil para apurar a situação. A denúncia aconteceu porque através do decreto 01/2010 de 10/12/2010 o então presidente Chico de Chicá exonerou quarenta assessores parlamentares com a seguinte alegação: “<em>considerando a necessidade de racionalizar a administração da Câmara, considerando a necessidade de quitar todos os débitos existentes do poder legislativo, como 13º salário, etc.</em>”. No entanto, dezenove dias após as demissões quarenta novos funcionários receberam 1.110,00 (mil cento e dez reais) cada, o que aumentou 71.663,18 na folha de pagamento da casa em dezembro.</div>
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<div align="justify">Segundo o Dr. Marcelo de Jesus Monteiro, os documentos necessários para a investigação serão requisitados e caso se confirme a veracidade dos fatos o ex-presidente da Câmara, vereador Chico de Chicá poderá perder a função ou outras penas previstas na Lei de improbidade administrativa como ressarcimento do dano e pagamento de multa.</div>
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<div align="justify">Para o vereador Iata Rodrigues, aconteceu “uma manobra porque a liminar aplicada no mês dezembro dizia que o único movimento permitido na conta da Câmara seria o pagamento dos funcionários, nos últimos dias do mês e do ano foi criada uma nova folha de pagamento onde naturalmente houve um inchaço de 71 mil reais”. O vereador Zé Luis, disse ter ficado surpreso com as demissões e contratações: “a Câmara estava de recesso, ele aproveitou e fez essas demissões e contratações de funcionários sem nosso conhecimento; nós não tivemos acesso a essas informações”.</div>
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<div align="justify">O Presidente da casa explicou a real situação do poder legislativo picoense, que tem dívidas como parcelamento com a previdência referente a 2009 e 2010 (até dezembro) no valor de 280 mil reais, acumulo de 2005 a 2008 também de previdência dividido em 240 meses, 8 mil reais da previdência de dezembro, 20 mil reais de encargos sociais, 5.086,93 de energia, além de internet e telefone em atraso, uma divida maior na ordem de 700 mil reais foi deixada das ultimas quatro gestões (legislatura passada).</div>
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<div align="justify">Em relação aos exonerados, Iata Rodrigues explicou: “alguns voltarão aos empregos, porque é preciso que a câmara produza, mas de maneira racional, enxuta. Nós estamos empregando o mínimo, só o necessário pra que a casa funcione. Janeiro e fevereiro serão pra deixar dinheiro em caixa e a partir de março recontratar”. E assumiu: “a falta de fiscalização é uma falha dos próprios vereadores”.</div>
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<div align="justify">Nossa reportagem tentou, sem sucesso, falar com o vereador Chico de Chicá através do celular (89) 9974-4910, e com seu advogado Thiago Saunders no escritório, onde fomos informados pela secretária Lena que o mesmo estava em Teresina.</div>
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