A presidente do SINTE - Sindicato dos Trabalhadores em Educação, da região de Picos fala sobre a atual situação da classe de professores
<div align="justify"><strong>Portal O Povo: Como tem sido a mobilização do SINTE com relação à busca de direitos para a classe</strong>?</div>
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<div align="justify"><strong>Gisele Dantas:</strong> O SINTE tem se mobilizado no sentido de garantir a paz, nós fizemos eleição de representantes de escola, nós estamos com um grupo bem fortalecido, estamos preparados para qualquer situação que a classe queira enfrentar, porque o Sindicato está em condições de dar suporte e fazer uma grande mobilização de luta dos nossos direitos, como é o caso das melhores condições de trabalho.</div>
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<div align="justify"><strong>Portal O Povo: Que promessas foram feitas e não cumpridas pelo Governo do Estado em relação à classe de educadores?</strong></div>
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<div align="justify"><strong>Gisele Dantas:</strong> Temos a questão do acesso, mudança de letra que não foi cumprida, a formação que é um direito garantido, onde isso era pra ter acontecido em maio, em outubro já era outra quantidade de trabalhadores na educação que adquiram a formação e que também está prejudicada, porque não foi assinado nenhum acesso esse ano, temos a questão do piso salarial, que nós estamos ai com a perda, porque não estamos recebendo o piso correto com o reajuste, tem a questão das gratificações, então são várias coisas que o governo se comprometeu e não cumpriu.</div>
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<div align="justify"><strong>Portal O Povo: O que o Governo tem alegado para não atender essas necessidades?</strong></div>
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<div align="justify"><strong>Gisele Dantas:</strong> O problema está tão gritante que o Governo senta, como das últimas vezes e diz vamos fazer, tal data vai sair, e não acontece, por isso é que no ano passado os trabalhadores recuaram um pouco. Como se trabalha com aluno, com pessoas em formação, se a outra parte sinaliza uma negociação, então os trabalhadores desistem de ir em frente, como no ano passado, onde eles recuaram da grave acreditando que o Governo iria cumprir as promessas.</div>
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<div align="justify"><strong>Portal O Povo: Muitas vezes a classe de professores não esteve unida em um consenso, para a senhora essa atitude pode implicar em algum descrédito por parte dos governantes, com relação às lutas encampadas pelos educadores?</strong></div>
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<div align="justify"><strong>Gisele Dantas:</strong> Toda organização para enfrentar um movimento tem que ter a maioria, então no ano passado nós fizemos até pesquisa nas escolas para que os funcionários manifestassem sua posição no enfretamento de uma luta maior, no caso a greve e, infelizmente nós não tivemos essa unidade. Então nós só podemos enfrentar algo se a classe estiver unida, temos que lutar com 70% a 80% de unidade, para a gente conseguir vencer o Governo.</div>
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<div align="justify"><strong>Portal O Povo: A senhora acredita que o Governo vai se manifestar com relação ao problema?</strong></div>
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<div align="justify"><strong>Gisele Dantas:</strong> Pode até ser que o Governo nos chame para cumprir a sua parte, mas não estou otimista, porque isso já vem se estendendo há vários meses, então se não tivermos uma luta forte, bem radical não iremos conseguir.</div>
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