CAOS: Rodoviária de Picos não tem fiscalização e está sem limpeza há mais de uma semana
Porta de entrada para Picos e cartão postal da cidade, o terminal rodoviário não tem policiamento ou fiscalização de natureza alguma.
<div align="justify">O Terminal Rodoviário Zuza Baldoíno, a conhecida rodoviária de Picos vive um caos: Há nove meses o Governo do estado não repassa verbas para manutenção e limpeza, os funcionários estão há cinco meses com os salários atrasados, as taxas de embarque não estão sendo cobradas e o diretor ainda não foi definido.</div>
<p align="justify">Porta de entrada para Picos e cartão postal da cidade, o terminal rodoviário não tem policiamento ou fiscalização de natureza alguma. Existem apenas dois funcionários que dão os vistos nas passagens no momento de embarque, e estes estão sem trabalhar por conta do atraso nos salários, ou seja, o controle de embarques está há quinze dias sem ser feito.</p>
<div align="justify">Francisco Antonio Portela Leal, diretor que está com a portaria vencida e sem saber se fica no cargo desabafa: “eu só fico aqui se o Governo garantir que vai dar apoio. Funcionário aqui não tem segurança, trabalha sem a mínima condição de segurança. O terminal rodoviário de Picos é o cartão postal da cidade, é um absurdo se encontrar nesta situação.”</div>
<p align="justify">Desde agosto de 2010 o governo não repassa a verba de manutenção do terminal, mesmo sendo feito diariamente um depósito em conta do governo com tudo que é arrecadado na rodoviária. “Estamos comprando material de limpeza fiado esse tempo todo, pra pagar ninguém sabe quando”, relata Francisco Antonio. No ano de 2009 o terminal rodoviário recebeu 11 verbas de 1.500,00 para manutenção; em 2010, apenas 6 verbas de 1.800,00.</p>
<div align="justify">A Rodoviária estava com 28 funcionários entre encarregado, auxiliar técnico e serviços gerais; no ultimo dia 25 de fevereiro o Secretário de transportes Avelino Neiva comunicou ao Presidente da FAMEPI – entidade contratada para manter os funcionários – que uma nova empresa, no caso a Limpel estava sendo contratada. O numero de funcionários foi reduzido para 16.</div>
<p align="justify">O coordenador de convênios da FAMEPI, Riomar Sales falou sobre o caso: “o governo descartou a FAMEPI como se a gente fosse lixo. Ele fez uma rescisão de contrato devendo mais de 500 mil a nossa associação”. Os funcionários demitidos foram afastados do terminal e aguardam pagamento dos salários atrasados e encargos sociais.</p>
<div align="justify">Francisco Antonio disse ainda que já solicitou diversas vezes policiamento e fiscalização para a rodoviária, porém nunca foi atendido: “aqui é a porta de entrada para as drogas em Picos, porque quem quiser entrar e sair aqui com qualquer produto ilícito consegue porque não tem fiscalização, todos os locais tem segurança, nós não temos”.</div>
<p align="justify">No fechamento da edição fomos informados que a Limpel já está começando os trabalhos de limpeza na rodoviária.</p>