Geral
Dívida
Estado deve mais de 100 mil reais a ex-funcionários do Hospital Regional
A ação é referente ao FGTS que não foi recolhido pelo Estado do Piauí ao longo de cinco anos
Lana krisna - 12/11/2008

<div align="justify"> <p>Funcion&aacute;rios demitidos do Hospital Regional Justino Luz entraram na justi&ccedil;a para receber d&eacute;bito superior a 100 mil reais. O objeto da a&ccedil;&atilde;o &eacute; referente ao pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Servi&ccedil;o do Trabalhador-FGTS que deveria ter sido corrigido ao longo do curso do contrato e n&atilde;o foi recolhido pelo Estado do Piau&iacute;.</p> </div> <div align="justify"> <p>No inicio do m&ecirc;s de outubro foram ajuizados na Vara do Trabalho de Picos 46 a&ccedil;&otilde;es individuais promovidas por ex-funcion&aacute;rios do Estado do Piau&iacute; lotados na secretaria de sa&uacute;de com exerc&iacute;cio no HRJL, a a&ccedil;&atilde;o movida atrav&eacute;s da representa&ccedil;&atilde;o de advogados que s&atilde;o regularmente constitu&iacute;dos e assistidos pelo sindicato da categoria.</p> </div> <div align="justify"> <p>De acordo com o Dr. Jo&atilde;o Luis, Juiz da Vara do Trabalho em Picos, esses ex-funcion&aacute;rios ingressaram no servi&ccedil;o p&uacute;blico do Estado do Piau&iacute; sem que fossem submetidos a concurso p&uacute;blico que &eacute; uma exig&ecirc;ncia da Constitui&ccedil;&atilde;o Federal, &ldquo;todo ingresso no servi&ccedil;o p&uacute;blico, com ressalva dos cargos de livre nomea&ccedil;&atilde;o e dire&ccedil;&atilde;o, requer previamente um concurso p&uacute;blico&rdquo;, informou.</p> </div> <div align="justify">A contrata&ccedil;&atilde;o ocorreu no ano de 2003, assim, esses contratos de trabalho s&atilde;o considerados nulos, segundo a jurisprud&ecirc;ncia dominante do Tribunal do Trabalho e a Constitui&ccedil;&atilde;o Federal, por conta da viola&ccedil;&atilde;o e da n&atilde;o observ&acirc;ncia de uma exig&ecirc;ncia que &eacute; o concurso p&uacute;blico.</div> <div align="justify"> <p>&nbsp;Ainda informou que &ldquo;apesar de se tratar de contratos nulos, de acordo com s&uacute;mula predominante do TRT, &eacute; direito do trabalhador, do servidor p&uacute;blico receber esse fundo, est&aacute; garantido na pr&oacute;pria lei do FGTS, a lei 8.036 que diz que nos casos de contrato nulo sem concurso publico o FGTS &eacute; devido ao servidor&rdquo;.</p> </div> <div align="justify"> <p>Todos os processos ser&atilde;o instru&iacute;dos na pauta da quinta-feira (13), a previs&atilde;o de julgamento &eacute; de 10 dias ap&oacute;s a realiza&ccedil;&atilde;o da instru&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Por se tratar de mat&eacute;ria efetivamente jur&iacute;dica n&atilde;o h&aacute; necessidade de provas, fatos e testemunhas, visto que n&atilde;o a h&aacute; d&uacute;vida da rela&ccedil;&atilde;o de emprego desses servidores com o Estado, os pr&oacute;prios contracheques anexados aos processos apontam o v&iacute;nculo&rdquo;.</p> </div> <div align="justify"> <p><strong>Para compreender:</strong></p> </div> <div align="justify"> <p>Por se tratar de um contrato nulo, nos quais os funcion&aacute;rios n&atilde;o t&ecirc;m nenhum tipo de estabilidade, todos eles foram dispensados em maio de 2008, ent&atilde;o no per&iacute;odo de junho de 2003 a maio de 2008 esses servidores prestaram servi&ccedil;o para o estado lotados no hospital e o Estado n&atilde;o recolheu o FGTS que deveria recolher m&ecirc;s a m&ecirc;s.</p> </div> <div align="justify"> <p>O valor do FGTS corresponde &agrave; contribui&ccedil;&atilde;o de 8% em cima do sal&aacute;rio todos os meses. O valor m&eacute;dio de cada a&ccedil;&atilde;o corresponde a 2.533,33 mil reais multiplicados por 46 funcion&aacute;rios d&aacute; o equivalente a 116.520 mil reais, mais os juros e a corre&ccedil;&atilde;o por tempo de atraso, ser&atilde;o retirados dos cofres do Estado.</p> </div> <div align="justify"> <p>Certamente o Estado dever&aacute; recorrer dessa decis&atilde;o para Tribunal Regional do Trabalho podendo seguir at&eacute; o TST o que levaria em m&eacute;dia 1 ou no m&aacute;ximo 2 anos para se obter um decis&atilde;o definitiva.</p> </div> <div align="justify"> <p>Se a decis&atilde;o for julgada procedente o Estado ainda tem o prazo de um ano de precat&oacute;ria, para colocar o cr&eacute;dito dentro do seu or&ccedil;amento e deve pagar at&eacute; o final do exerc&iacute;cio do ano seguinte.</p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>(Reprodu&ccedil;&atilde;o autorizada mediante cita&ccedil;&atilde;o do Portal O Povo, seja em sites, r&aacute;dio, revistas ou TV)</strong></p> </div>
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