Nacionais
DECISÃO
Justiça anula 13 questões do ENEM
A decisão é válida para todo o País. Cabe recurso.
Da redação - 01/11/2011

<div align="justify"> <p>A Justi&ccedil;a Federal do Cear&aacute; decidiu na noite desta segunda-feira (31) anular 13 quest&otilde;es copiadas do pr&eacute;-teste realizado em outubro de 2010 e antecipada pelo Col&eacute;gio Christus aos seus alunos uma semana antes do Exame Nacional do Ensino M&eacute;dio (Enem). Cabe recurso. Pelo Twitter, o Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o afirmou que vai recorrer: &quot;MEC e Inep consideram a decis&atilde;o do Juiz Luiz Praxedes desproporcional e arbitr&aacute;ria, e v&atilde;o recorrer em Tribunal de Recife ainda esta semana.&quot;</p> </div> <div align="justify"> <p>Foram anuladas as quest&otilde;es 32, 33, 34, 46, 50, 57, 74 e 87, da prova amarela do 1&ordm; dia, al&eacute;m das quest&otilde;es 113, 141, 154, 173 e 180, da prova amarela do 2&ordm; dia. A decis&atilde;o &eacute; v&aacute;lida para todo o Pa&iacute;s.</p> </div> <div align="justify"> <p>O juiz federal Luiz Praxedes Vieira da Silva afirma em sua decis&atilde;o que n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel afirmar que apenas os estudantes do 3&ordm; ano do Ensino M&eacute;dio tiveram acesso &aacute;s quest&otilde;es e que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An&iacute;sio Teixeira (Inep) cometeu um erro &ldquo;grav&iacute;ssimo&rdquo; ao n&atilde;o usar quest&otilde;es &ldquo;in&eacute;ditas&rdquo; nas provas. O iG antecipou que estudantes do cursinho do Christus tamb&eacute;m tiveram acesso &agrave;s quest&otilde;es.</p> </div> <div align="justify"> <p>&ldquo;O fato &eacute; que as quest&otilde;es foram divulgadas antes da prova e, ao que parece, obtidas h&aacute; bem um ano antes. N&atilde;o se sabe se apenas os 639 alunos do 3&ordm; ano do ensino m&eacute;dio do Col&eacute;gio Christus tiveram acesso&rdquo;, alega o magistrado. Ele lembrou que, conforme o iG mostrou, &ldquo;alunos do mesmo col&eacute;gio, integrantes do cursinho, pouco mais de 300 alunos, tamb&eacute;m tiveram acesso&rdquo;.</p> </div> <div align="justify"> <p>&ldquo;E quantos mais de amigos ou via redes sociais tamb&eacute;m n&atilde;o tiveram acesso? E dos mais de 100.000 alunos que fizeram o pr&eacute;-teste ano passado, no Pa&iacute;s todo, o vazamento das quest&otilde;es foi apenas no Col&eacute;gio Christus? S&atilde;o indaga&ccedil;&otilde;es pertinentes que nos levam &agrave; conclus&atilde;o de que anular o Enem apenas para os 639 alunos do Col&eacute;gio Christus foge da l&oacute;gica do razo&aacute;vel, ofende o princ&iacute;pio da isonomia e da proporcionalidade&rdquo;, defendeu o juiz.</p> </div> <div align="justify"> <p>Ele argumenta ainda que anular todo o Enem &ldquo;&eacute; algo desproporcional e implicaria um grande preju&iacute;zo, sob v&aacute;rios aspectos&rdquo;. Em sua recomenda&ccedil;&atilde;o ao Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o (MEC) e na a&ccedil;&atilde;o coletiva que ingressou na Justi&ccedil;a Federal, o procurador da Rep&uacute;blica no Cear&aacute;, Oscar Costa Filho, pede a anula&ccedil;&atilde;o somente das quest&otilde;es copiadas ou do Enem 2011. Ele tamb&eacute;m n&atilde;o concorda com a determina&ccedil;&atilde;o do Inep de que apenas os 639 alunos do Christus refizessem as prova.</p> </div> <div align="justify"> <p>&ldquo;H&aacute; uma afronta grave ao princ&iacute;pio da isonomia nesta atitude do Inep de anular o Enem para apenas os 639 alunos do Col&eacute;gio Christus. Acho que a grande maioria dos alunos jamais aceitaria participar de uma situa&ccedil;&atilde;o como esta, supostamente criada por integrantes do col&eacute;gio e s&atilde;o t&atilde;o v&iacute;timas como o instituto requerido. Outra circunst&acirc;ncia que desiguala &eacute; que estes estudantes ter&atilde;o um tempo a mais de estudo, n&atilde;o extensivo aos demais, at&eacute; a prova no final de novembro de 2011&rdquo;, afirma o juiz.</p> </div> <div align="justify"> <p>Vieira da Silva critica ainda o fato de o Inep ter utilizado quest&otilde;es do pr&eacute;-teste de 2010 no Enem de 2011. Ele classifica como &ldquo;erro grav&iacute;ssimo&rdquo;: &ldquo;As quest&otilde;es do pr&eacute;-teste jamais poderiam ser utilizadas no ano seguinte, principalmente porque n&atilde;o estavam lidando com institui&ccedil;&otilde;es comandadas por Irm&atilde;s Carmelitas Descal&ccedil;as, e sim por entidades com um alto grau de disputa entre as elas, para angariar novos alunos&rdquo;, ponderou.</p> </div> <div align="justify"> <p>Antes da decis&atilde;o, Malvina Tuttman, presidente do Inep, dissera que estava &ldquo;confiante&rdquo; de que o juiz federal n&atilde;o decidiria pela anula&ccedil;&atilde;o das quest&otilde;es id&ecirc;nticas as do Enem oficial. &ldquo;Isso n&atilde;o &eacute; o encaminhamento pedag&oacute;gico, t&eacute;cnico, cientifico que o Inep apresenta na pe&ccedil;a que hoje entregou &agrave; Justi&ccedil;a&rdquo;.</p> </div> <div align="justify"> <p>Durante a tarde, ela argumentou que, caso a Justi&ccedil;a Federal do Cear&aacute; resolvesse que as quest&otilde;es ou todo Enem seriam anulados, o Inep iria recorrer. &ldquo;Se a decis&atilde;o da Justi&ccedil;a for diferente da tese de argumentos que estamos apresentando, o Inep ir&aacute; analisar juridicamente possibilidades de fortalecer sua posi&ccedil;&atilde;o&rdquo;.</p> <p>IG</p> </div> <div align="justify">&nbsp;</div>
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