Polícia
VIOLÊNCIA
2011: Vinte e seis mulheres foram assassinadas no Piauí
A taxa de homicídios de mulheres no Estado chegou a 2,6 dentro de um grupo de 100 mil habitantes.
Da redação - 28/12/2011

<div align="justify"> <p>Na noite da &uacute;ltima segunda-feira, dia 26, Renata Soraia de Sousa foi encontrada morta na rodovia federal BR 407, pr&oacute;ximo ao campus do Instituto Federal de Educa&ccedil;&atilde;o, Ci&ecirc;ncia e Tecnologia do Piau&iacute; (IFPI) da cidade de Paulistana, localizada a 474 km de Teresina. A jovem de apenas 22 anos de idade estava desaparecida desde a noite do dia 25, quando informou a familiares que se encontraria com um suposto ex-namorado. O corpo, segundo policiais militares que atenderam a ocorr&ecirc;ncia, apresentava requintes de crueldades. Renata Soraia teria sido assassinada a pedradas.<br /> <br /> O corpo de Renata estava em matagal de dif&iacute;cil acesso. Sua morte soma-se a de Silvana dos Santos (de 26 anos), em Alto Long&aacute;; a da dom&eacute;stica Eliana Francisca de Jesus (44), Jaic&oacute;s; Sueli Afonso Moreno (32), Elesb&atilde;o Veloso - morta com 18 facadas -; a vendedora Francisca Rodrigues de Sousa (45), no bairro Buenos Aires, zona Norte de Teresina; Gracilda Raimunda da Concei&ccedil;&atilde;o (46), Picos e v&aacute;rios outros casos de viol&ecirc;ncia contra mulher que marcaram 2011.</p> </div> <div align="justify"> <p>Ao todo, conforme c&aacute;lculo da delegada Vilma Alves, titular da Delegacia de Prote&ccedil;&atilde;o &agrave; Mulher, foram 26 mulheres piauienses assassinadas neste ano. Em 2010, segundo o Mapa da Viol&ecirc;ncia 2012 - Novos Padr&otilde;es da Viol&ecirc;ncia Homicida no Brasil, a taxa de homic&iacute;dios de mulheres no Estado chegou a 2,6 dentro de um grupo de 100 mil habitantes. O &iacute;ndice coloca o Piau&iacute; em &uacute;ltimo lugar no ranking das viol&ecirc;ncias contra mulheres.</p> </div> <div align="justify"> <p>Os n&uacute;meros, segundo a delegada, refletem a cultura interiorana de machismo ainda praticada em todo o pa&iacute;s. &quot;O homem fala que a mulher &eacute; sua propriedade. Isso &eacute; errado, n&atilde;o existe&quot;, considera Vilma Alves. Em muitos dos casos, de acordo com levantamento feito pela Confedera&ccedil;&atilde;o Nacional dos Munic&iacute;pios (CNM), divulgado em 2011, geralmente o agressor &eacute; o pr&oacute;prio marido, ex-marido, namorado ou companheiro da v&iacute;tima frutos de brigas e desentendimentos.</p> </div> <div align="justify"> <p>Ainda segundo a pesquisa do CNM, a faixa et&aacute;ria mais afetada &eacute; a dos 20 a 29 anos, 30%. Depois, v&ecirc;m &agrave;s mulheres de 30 a 39 anos, as de 15 a 19 e as de 40 a 49 anos de idade. Os n&uacute;meros divulgados pela delegacia consideram apenas as mortes, n&atilde;o contabilizando as amea&ccedil;as, discuss&otilde;es, les&otilde;es corporais com socos, pontap&eacute;s ou quaisquer outros tipos de objetos e as constantes humilha&ccedil;&otilde;es morais. &quot;Na sexta passada [23] efetuamos a pris&atilde;o de homem com 30 anos de idade. Foi encaminhado para a Casa de Cust&oacute;dia, mas prometeu que no dia que sa&iacute;sse da unidade, mataria a companheira que o denunciou por viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica&quot;, relata Vilma Alves.<br /> <br /> &Aacute;lcool, ci&uacute;mes, drogas e o final do relacionamento s&atilde;o apontados como os principais motivos da viol&ecirc;ncia contra mulheres. A &uacute;nica alternativa &eacute; a den&uacute;ncia. De acordo com a delegada, para 2012 a delegacia planeja a&ccedil;&otilde;es voltadas para uma mudan&ccedil;a na conscientiza&ccedil;&atilde;o. &quot;A educa&ccedil;&atilde;o deve ser mudada. Estamos na &eacute;poca da informa&ccedil;&atilde;o. A mulher &eacute; dona de sua consci&ecirc;ncia, n&atilde;o deve obedecer a ordens. Merece respeito&quot;, finaliza a delegada. O n&uacute;mero 180 &eacute; a central de atendimento sobre viol&ecirc;ncia contra a mulher oferecido pelo Governo Federal.</p> <p><em>180graus.com</em></p> </div>
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