Nacionais
ECONOMIA
Ipea recomenda diversificação da produção agrícola e redução dos custos para consolidar programa do biodiesel
Por outro lado, a viabilidade econômica da produção com mamona, pinhão, girassol, canola e outras oleaginosas depende ainda de pesquisas e avanços tecnológicos.
Agência Brasil - 01/03/2012

<div align="justify"> <p>O Instituto de Pesquisas Econ&ocirc;micas Aplicadas (Ipea) aponta como uma das solu&ccedil;&otilde;es para consolidar o programa do biodiesel no pa&iacute;s a diversifica&ccedil;&atilde;o da produ&ccedil;&atilde;o agr&iacute;cola, a redu&ccedil;&atilde;o da depend&ecirc;ncia de incentivos fiscais e a diminui&ccedil;&atilde;o dos custos finais do produto. Estudo divulgado hoje (1) por t&eacute;cnicos do Ipea mostra que, da capacidade industrial instalada de produ&ccedil;&atilde;o, que hoje &eacute; mais de 6 milh&otilde;es de litros por ano, 57% est&atilde;o ociosos.</p> <p>A produ&ccedil;&atilde;o efetiva &eacute; 2,5 milh&otilde;es de litros, ofertados para as distribuidoras. &ldquo;A produ&ccedil;&atilde;o &eacute; altamente dependente da soja, que responde por 80% do volume produzido de biodiesel&rdquo;, diz o estudo. Por outro lado, a viabilidade econ&ocirc;mica da produ&ccedil;&atilde;o com mamona, pinh&atilde;o, girassol, canola e outras oleaginosas depende ainda de pesquisas e avan&ccedil;os tecnol&oacute;gicos.</p> </div> <div align="justify"> <p>Al&eacute;m do foco na produ&ccedil;&atilde;o, &eacute; preciso mudan&ccedil;as na legisla&ccedil;&atilde;o do biodiesel, sugere o Ipea. Segundo o estudo, as discuss&otilde;es sobre a poss&iacute;vel eleva&ccedil;&atilde;o dos atuais 5% para 7%, chegando a 20% de adi&ccedil;&atilde;o do biodiesel ao diesel, de forma paulatina, ao longo dos pr&oacute;ximos anos, &eacute; tema central.</p> <p>Os est&iacute;mulos &agrave; cadeia produtiva podem ocorrer por meio do incentivo &agrave; competi&ccedil;&atilde;o e tamb&eacute;m com o est&iacute;mulo a pr&aacute;ticas j&aacute; adotadas, como o Selo Combust&iacute;vel Social, que tem como meta estimular o fortalecimento da agricultura familiar na produ&ccedil;&atilde;o nas regi&otilde;es Norte, Nordeste e Sul, mas que, segundo o estudo, seus benef&iacute;cios servem muito mais &agrave;s ind&uacute;strias do que aos agricultores familiares. &ldquo;O Selo Combust&iacute;vel Social, poderia voltar &agrave; pauta de debates como forma de estimular o alcance da autonomia econ&ocirc;mica do setor, em m&eacute;dio prazo, e evitar maiores problemas no futuro&rdquo;, atesta o estudo.</p> </div> <div align="justify"> <p>Um dos principais efeitos do Selo Combust&iacute;vel Social foi ter aumentado em R$ 0,30 a margem operacional das ind&uacute;strias. Essa margem cobre custos, lucros e investimentos das ind&uacute;strias detentoras do Selo.</p> <p>Entretanto, o estudo faz um alerta: a cada aumento do percentual de biodiesel na mistura com o diesel, nas condi&ccedil;&otilde;es atuais, mais longe o pa&iacute;s fica das diretrizes sociais e regionais que previu no Plano Nacional de Agroenergia (PNA) e no Plano Nacional de Produ&ccedil;&atilde;o e Uso do Biodiesel (PNPB).</p> </div> <div align="justify"> <p>&ldquo;Pela aus&ecirc;ncia de novas mat&eacute;rias-primas e pela impossibilidade moment&acirc;nea de competitividade de oleaginosas no Norte e no Nordeste, a pesquisa e o desenvolvimento, o aprimoramento da assist&ecirc;ncia t&eacute;cnica devem ter seu tempo de amadurecimento considerados, antes do aumento obrigat&oacute;rio do percentual de biodiesel ao diesel&rdquo;, diz o estudo.</p> <p>Outro aspecto abordado pelo estudo &eacute; a oportunidade de o pa&iacute;s caminhar para o dom&iacute;nio dos processos de produ&ccedil;&atilde;o, incluindo a produ&ccedil;&atilde;o dos equipamentos industriais e insumos. &ldquo;Apesar de haver algumas empresas fornecedoras de projetos, plantas industriais e de reposi&ccedil;&atilde;o nacionais, somos ainda importadores de equipamentos e tecnologias, al&eacute;m do atraso em pesquisa e desenvolvimento&rdquo;.</p> </div>
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